Toda vez que via aquela imagem a me seduzir, a libido aumentava e consumia o meu ser. Era tanta expectativa em vê-la mais e
mais, que perdia horas preciosas de sono e nem percebia que corria o risco de
virar obsessão, tamanha era a vontade de estar direto a observá-la.
A desinibição daquele ser era tanta, que me fazia
fantasiar cenas de uma provável realidade. Esta, sem nenhum conhecimento prévio, logo
seria concretizada.
Em curto espaço de tempo, o que já era sentido e
trocado virtualmente, fora acertado para ser convertido na mais pura e
prazerosa realidade. Depois de decidido e realizado o encontro, tudo fora
fluindo bem. Estando a sós, os desejos foram tomando formas, cheiros, força e
sons. Foram palavras, gestos, afagos, beijos, abraços, suspiros e lambidas.
No ápice do vivenciar dos desejos, carícias orais
foram feitas e o gozo no outro, logo chegara. Mas não se sabe como ou o porquê,
aquele fogo que, desde o início, ardia, esvaiu-se, deixando ambos sem
graça, a ponto de um indesejável desânimo preencher o ambiente e os seres ali
presentes. Após o desencanto, cada um seguiu seu caminho, um com
uma indisfarçável frustração e o outro, com a esperança de ainda ter um novo
encontro, só para compensar o que fora tão desagradável.
Criado em: 08/01/2008 Autor: Flavyann
Di Flaff
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