Pular para o conteúdo principal

MOMENTO DE UM ATORMENTADO



Naquela noite, caiu prostrado de joelhos! Um choro compulsivo o tomou de súbito, deixando à mostra toda a dor que sentia e que se acumulou no decorrer de sua existência até o presente momento. Um misto de súplicas e de murmúrios poderia ser ouvido por alguém que porventura ali também estivesse. Esse é o retrato fiel de alguém que viu seu limite de superação de adversidades ser mais que testado, ser totalmente ultrapassado.

Nesse cair, seu murmurar fora em forma de questionamento, pois desejava saber o porquê de inúmeros e distintos acontecimentos ruins em sua maioria, acometiam e acometem a sua vida, fazendo-o sentir-se um completo derrotado. Sendo tal resposta essencial para compreender o carma em que se transformou a sua vida.

As súplicas – pedidos de socorro – foram todas para o Ser Superior, nas quais ele pedira compaixão e graça para ter forças e ânimo a fim de tentar mudar essa má fase, que não fora a primeira que o assolara.

Depois da prostração, do choro, das súplicas e dos murmúrios, pelo menos, naquela noite, pôde sentir-se aliviado. Mas ciente de que, no dia seguinte, continuaria imerso no turbilhão de problemas, ainda insolúveis, que, constantemente, atormenta-o. 

Criado em: 19/08/2009 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANDAR NA LINHA

  Quem se disfarçar por entrelinhas, um dia, o trem pegará!   Flavyann Di Flaff      03/10/2020

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff