A folha caída clama por uma intervenção poderosa do processo criador. Lastima o descaso a ela imposto, não entendendo o porquê dele, se tudo o que fez foi servir, sem nunca murmurar, aos caprichos daquele que tudo nomeia. Ela chora pelo mal que não é só temido pelos homens, mas também pelas coisas inanimadas, o esquecimento. Esse que é gerado pela obsolescência e que é considerado a morte em vida, agora lhe acomete ferozmente, já que não é mais procurada para exercer o que lhe foi legado, arquivar e preservar todo o processo criativo nos mínimos detalhes. Com o passar do tempo e a evolução das coisas, foi substituída, paulatinamente, por um arquivista tecnológico, uma nova ferramenta que reproduz a folha através de um processo digital. Sob o manto da abstração coletiva de uma contribuição à preservação ambiental, o arquivista tecnológico foi inserido no cotidiano do criador, acabando com a magia da tinta azul se eternizando na brancura do papel, dessa forma, a troca se fez. A t
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!