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Mostrando postagens de julho, 2021

A LEI NA TERRA DA ILUSÃO

“Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que disser, poderá ser usado contra você em um tribunal.” Assim também é regido o mundo virtual (Internet) – um imenso repositório de arquivos pessoais, construído e abastecido por cada um de nós, usuários desse mundo. A qualquer tempo, dependendo da situação e das ações praticadas, todo aquele conteúdo ou parte dele, poderá ser utilizado convenientemente contra nós. Criado em: 29/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

CONDICIONAMENTO CIDADÃO

Pesquisa de opinião pública cujas perguntas baseiam-se em maniqueísmos limitantes do tipo: concorda ou não concorda, certo ou errado, sim ou não, contra ou a favor, etc. Não pode ser qualificada como pesquisa, mas de Programa de condicionamento da opinião pública, uma vez que o cidadão, de fato, não emite nenhuma. Apenas, responde aos comandos preestabelecidos pelo pretenso instrumento em questão, fornecendo subsídios essenciais para a fabricação de uma opinião particularizada e simplista, cujo intuito é tornar-se hegemônica entre o público-alvo. Criado em: 29/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

SOMATÓRIO EXISTENCIAL

  Frases e ações soltas, jogadas intermitentemente em um tempo que não para, quando somadas umas às outras, respondem a dúvidas cruciais sobre assuntos capazes de mudar vidas, seja para melhor, seja para pior.   Criado em: 27/07/2014 Autor: Flavyann Di Flaff

ASSUMINDO-SE

  Seguia a doutrina de cor, mas não se deixava dominar! Vestia timão, com galhardia, para não ouvir sermão, o corpo em que a juventude ardia. No louvor, era a primeira, nunca dos cultos se fez ausente, porém não era nenhuma freira, e o desejo se fez premente. Do timão, fez vestido cintado; no cabelo alongado, a tesoura usou; e nos lábios, um rubro batom passou. Para muitos, ela perdeu a fé; para poucos, a renovou. Agora, venha o que vier, o coração a Deus já devotou, e para nenhum santo do pau oco, a cabeça baixará.   Criado em: 19/06/2021 Autor : Flavyann Di Flaff

A VIDA

  A vida é como um rio que corre rumo a um imaginário mar! Às vezes, voltamos em seu curso, na ilusão de rever o que passou, mas são águas passadas que, no máximo, permite-nos ver o reflexo do que fomos, e nesse ínterim, já somos novas águas a correr no leito da existência afora.   Criado em: 18/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

JOGOS DE LUTA

Habito em um mundo onde, para cada histeria, há um pastor a nos guiar. São tantas as versões de um só deus, que criaram outros deuses para cultuar, já que o céu nasceu para todos. O sol da justiça só bronzeia aquele sem cor, para os que já a têm, não precisam mais dele, podem andar na obscuridade. Neste mundo de reis e rainhas, deuses e deusas, não há crença, apesar de todos serem religiosos. Nos templos erguidos por douradas palavras – ouro de tolo –, o amor aboletou-se e lá ficou. Depois da idolatria, ele parece não acompanhar quem daqueles saiu. Prefere ater-se aos púlpitos sob o verniz da oratória, nos quais muitos dos santos dão testemunhos de uma vida de valor – ouro alheio –, uma vez que este não reflete a verdade de suas ocas vidas. O espelho disputa com a moeda o posto de metáfora contemporânea dos valores. Assim segue a rotina deste mundo em um fluxo alucinante. Peitos e bundas, ostentação e farras, marginalidade e libertinagens influenciam essas gerações idolatras, ama

PARABÉNS A VOCÊ

Em uma visão estruturalista, definimos o tempo como algo dividido em unidades, estas, assim conhecidas: segundos (décimos, centésimos e milésimos), minutos, horas, dias, meses, anos, séculos e milênios. Mas deixando de lado esse convencionalismo, prefiro ter uma visão mais lúdica daquele que rege nossas vidas. Então, digo que o tempo reflete a nossa vida dividida em vários e distintos momentos. Quantas vezes nos pegamos atribuindo qualidades humanas ao tempo, quase sempre, as piores, só porque ele não colaborou ou correspondeu às nossas expectativas. Todavia, não deixamos de ter certa razão, já que parece ter humanidade quando nos permite usufruí-lo ao nosso bel prazer, dividindo-o com outras pessoas ao longo de nossas vidas. Portanto, o tempo é o que podemos e fazemos com ele. Mais uma unidade de tempo foi adicionada à sua vida, sendo, a partir de então, composta por inúmeros e distintos momentos. Alguns divididos com pessoas que conseguiram ganhar a sua simpatia, respeito, consid

NOSSA ESTÓRIA SURREAL

         Recordo-me de nós, quando ainda éramos, simplesmente, palavras soltas numa tela de computador. Eram noites infindas de fins de semana repletas de diálogos descompromissados, mas recheados de alegria, ingenuidade e amizade.          Lembro-me das vezes, quando, por algum motivo fútil, brigávamos. Passávamos meses sem conversar, porém o engraçado era que, mesmo assim, estávamos sempre presentes no mesmo chat. Falávamos para os colegas virtuais que ali se encontravam, que nunca mais voltaríamos a dialogar um com o outro e, ingenuamente, comentávamos detalhes que motivaram a intriga. Os colegas, sacanas que eram, apimentavam ainda mais o que a gente começara. No final, acabávamos por retomar a nossa pacífica convivência virtual, descobrindo, mais tarde, que deixamos ser manipulados por todos eles.          Parecia coisa de maluco, já que tudo ocorria no mundo virtual da internet. Eram amizades que surgiam ou se acabavam, eram emoções encenadas, eram frases plagiadas e ditas co

AFETO SINCRONIZADO

O amor, antes gritado aos quatro cantos do mundo, sem nunca ter sido notado, agora segue os passos do ser amado. Aquele entendeu que, para ser reparado, não necessita de ser desbocado. Hoje, sutil e ponderado, parece ter encontrado a exata sincronicidade com o sentimento e o olhar atento do seu escolhido namorado.   Criado em: 17/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

CULTURA DA PERSONALIDADE

Quando vim ao mundo, imputaram-me uma armadura psicológica. Diziam que ela me ajudaria a viver neste mundo hostil. Como se me blindasse de todos os males. Cresci absorvido por essa crença, que nada mais era que a constituição de todas as convenções sociais. A partir da cronicidade entre certa idade física e um momento de elevação da consciência, percebi que muitas delas não me serviam, a ponto de me sufocarem diante de alguns problemas, limitando-me. Quis, então, livrar-me delas, para que a essência do que realmente sou aflorasse, mas nada vem fácil. Necessita-se de paciência, persistência e dedicação, só assim é que se consegue formar a própria personalidade, muito além daquela que lhe é imposta. Afinal, nascemos originais e somos forçosamente aleijados dessa originalidade no transcorrer de nossa existência. Criado em: 17/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

EFEITOS DE UMA DISSIMULADA RELAÇÃO

          Minha presente musa, por que teimas em me enganar com tão doces palavras, dignas de compor as mais belas trovas de amor, se a tua boca não fala o mesmo idioma do teu coração? Não brinques assim comigo, meu coração não suportaria tamanha travessura, pois ele é frágil como a mais bela rosa do teu jardim.          Ah, minha esplêndida musa! Por que queres me induzir a ter esperanças numa insinuada relação? Uma vez que percebo que apenas um só coração vai amar, e tudo ao nosso redor me faz pressentir que será o meu.           Oh, minha inusitada musa! O encanto de tuas palavras é tão forte, que acredito na ilusão de que por mim te apaixonarás e, devido a esse devaneio, eu a ti me deixo prender.          Ah, minha adorável musa! Acreditei que por ti esperei a minha vida inteira, desprezando inúmeros amores, pensando que tu, igualmente, me desejavas. Então, quando por fim chegaste, descobri, a duras penas, que perdera uma vida toda por nada. Já que disseste que nunca me amast

FELIZ ANIVERSAUDADE

Dez anos de saudades e trinta e quatro anos de lembranças eternas de uma convivência terna. Parece que foi ontem, logo ali na esquina do tempo. Mas já se passaram dez anos da sua indesejável partida. Hoje, ao comemorar mais um ano de vida, não tinha como não me lembrar da senhora, que além de genitora, foi um exemplo de ser humano íntegro. Agradeço a Deus por tê-la tido como mãe! Mesmo que morresse e revivesse mil vezes, só valeria à pena se fosse para ser novamente seu filho. Hoje, quero reverenciá-la mais uma vez, escrevendo esse texto para lembrar a sua partida do nosso mundo particular. Criado em: 01/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

RELATO DE UM PAÍS ENCOBERTO

Vais, caminhas, ou melhor, corres tu, Sergio! Descreves, em teus versos, a verdade do mundo que te cerca – microcosmo da realidade de um país continental esquecido por quem deveria resgatá-lo todo santo dia. Evitando as calmarias das rotas institucionalizadas que tanto paralisam as ações da massa, o vasto mar da Linguagem te levou a expor, com perícia e exatidão, a nova “Primavera de Praga”. Revelas as dores e a beleza do teu povo e lugar, o lúdico que resiste no íntimo de cada um dos teus. Falas da missão evangelizadora que é “salvar as almas” desprovidas de conhecimento, vítimas fáceis do viciado e inescrupuloso sistema. Por fim, ratificas tua posição, confirmando a criação da Cooperifa como centro de formação e resistência. Criado em: 14/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

DESCOBERTA

Descobri a diferença entre o amor carnal e o Amor fraterno! Neste, o benquerer é sempre presente, tomando conta de todos, mesmo quando se faz ausente. Naquele, o desejo vem em primeiro, Consumindo-se (nos)  por inteiro, deixando, quase sempre, para o final, o fraternal.   Criado em: 13/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

FAÇA-VOCÊ-MESMO

O alheamento  à realidade se dá graças ao sentimento de impotência diante do poder avassalador de um sistema corrompido e viciado, que tudo promete e nada faz. Sistema que se defende por trás do discurso de um mundo idealizado – marketing ético – que a todos convence. Diante disso, o cidadão se sente sem forças perante a realidade que se apresenta sempre imutável. No desespero, entrega-se ao entorpecimento geral em festas e bebedeiras constantes, tentando, com isso, afogar a sua subserviência consciente. Esperando que a solução venha desse sistema, morrerá de inanição fomentada por essa utopia. Portanto, se não for pela força do faça-você-mesmo, nenhuma mudança conseguirá em sua vida e sucumbirá lentamente a cada gestão. Criado em: 08/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

ANSIOSA ESPERA

                                                 Estou em um permanente delírio de amor por você! Meus sentimentos são tão fortes, que não encontro forças para negar ou esconder este amor. Por isso, é que não sei mais o que fazer! Sei também que não deveria lhe escrever e falar desta paixão, apenas por um único motivo: o de que você já não está mais sozinha.          Pessoalmente, não teria coragem de lhe abrir o meu coração! Portanto, escrevo estas linhas, sem saber se este é o momento certo para tal ação. Muito embora, para mim, seja mais difícil conseguir manter este sentimento ainda em sigilo.          Olha! Agora que você já sabe que eu faria o impossível para ter o seu reconhecimento ao meu amor, quero dizer que os seus olhos me atraem e cativam; que a sua boca é a fruta proibida mais cobiçada do paraíso dos meus desejos, que a sua feminilidade e o seu charme me fazem ser seu prisioneiro.          Hoje, ouço uma música de amor e me emociono, antes, eu nada sentia! Só que ag

ÚLTIMO PEDIDO

       Por que vieste provocar os sentimentos que em mim existiam e que sempre ocultei, se depois partirias bruscamente, magoando-me?         Não me deste a esperança de uma volta, eu bem sei! Mas me dizes, então, por que teimas em me procurar nos sonhos, pensamentos, nas lembranças, provocando enorme saudade nas horas em que a solidão me aflige?         Não suporto mais esta tua onipresença a me torturar! Não te ver, nem te tocar e nem te beijar de verdade, angustia-me. Reconheço, com isso, que ainda te desejo demais, seria uma enorme hipocrisia se negasse este sentimento.         Se eu pudesse fazer um único e último pedido a ti e se ele fosse realizado, pediria o teu regresso, para juntos recomeçarmos o que ficou mal resolvido e fora acabado inexplicavelmente. Criado em: 22/08/1999 Autor: Flavyann Di Flaff

PRIMEIRO AMOR

Houve momentos, quando eu era jovem e livre, em que amei alguém em segredo, só por pensar que não teria lugar naquele coração. Mas esta fase não durou para sempre! Aquele meu desejo além de não se tornar realidade, porque não fui capaz de escalar a montanha da timidez que tanto me isolou de você. Fez-me ver que tudo que sonhei para nós dois, hoje, são apenas memórias líquidas de um rio de amor que corre para o imenso mar de um destino solitário e sem fim. Oh, como queria fazer esses meus sonhos se tornarem realidade! Porém, eu nunca estive tão sozinho, eu nunca estive tão triste, como estou agora. Oh, eu preciso, preciso de um amor! E você sabe que bem poderia sê-lo. Esta vida não dura para sempre, garota! Hoje à noite, podemos tudo realizar, basta você me aceitar e se iniciará o encanto do amor.   Criado em: 18/04/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

EUFORIA

Mesmo que, às vezes, saísse para visitar as flores dos parques da cidade, meu coração permanecia fechado – receoso não sei do quê. Sempre se justificava, dizendo que sentimentos não têm bula, quando menos se esperava, já se estava destrambelhado. Outro dia, tendo saído para as visitas habituais e já estando a uma certa distância, escuto alguém a gritar: abriu! abriu!!! Eu, que nada via, ignorei alheia euforia, já que estávamos em pleno mês de abril. Mas o que eu não imaginava, era o que realmente aquele entusiasmo representava: era o meu coração, outrora ensimesmado, que se abria definitivamente para o amor. Criado em: 12/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

MEDO PARALISANTE

  Eu, impotente no ir e vir, sinto-me como uma nau dentro da garrafa − protegido das procelas −, mas estático diante do vasto mar da existência!   Criado em: 01/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

DO RIO AO MAR

A vida foi feita da convivência com seu pai, sua mãe e seus irmãos! Anos de privações fartos, de muitas alegrias e tristezas, de vivências singelas. Relações com a mais completa ausência de artificialismos, interações repletas de humanidade. Crianças, todas senhoras da mais tenra criatividade na qual imperava o artesanal, e nem de longe se falava no industrial. Viver era fácil, sobreviver um pesadelo distante. Seguiram o curso natural de suas vidas como o de um rio que, ao nascer, faz até chegar ao mar. Hoje, as nascentes que lhes deram origem secaram! Dos filhos, uns chegaram ao mar, outros permaneceram riachos sem forças para continuar. Estes foram ficando à sombra de árvores, sentindo a maresia que o vento traz e ainda sonhando encontrar-se com aquele azul líquido. Criado em: 22/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff