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Mostrando postagens de janeiro, 2019

ANA KOLUTO

Aquela paixão, espero em vão um transporte. Talvez me sirva o coletivo de pessoas Amorosamente (des)iludidas, Reunidas em pencas, Vagando pela cidade como zumbis, Totalmente alheios às pessoas e às coisas ao redor. Rastejando sobre os pedaços  de seus sentimentos rejeitados, Remoendo momentos que não voltam mais. No coletivo, cruzando a cidade, Alguém pergunta o nome dela – Típico dos (des)iludidos, Sempre doidos por comparar as suas dores, Numa tentativa vã de amenizá-las. Desfaço-me em palavras transitórias E nome próprio algum revelo, Desagradando ao meu interlocutor, Que se quiser saber quem é ela, Que busque nas entrelinhas. Aquela menina, foi-se o tempo da dor. O carnaval está chegando E o tempo de desvario só começou! Criado em: 30/01/22019 Autor: Flavyann Di Flaff

OMITIDO SENTIMENTO

Oh, pressão! Quanto vale satisfazer a vontade alheia? A permanência da convivência ou a eterna angústia de ter dado munição a um iminente inimigo? Na dúvida, respondo aos seguintes questionamentos: Você curte a liberdade; eu, a companhia. Você aprecia as flores; eu, o perfume de alguém. Você sorri para o mundo; eu, para um ser em especial. Você ama as noitadas; eu, a maria. Se nelas tivesse a companhia, daquela a quem nada revelo, não por zelo, mas por timidez. Sofro o imenso desespero de tudo pensar e tudo omitir. Assim, sem coragem para me expressar, deixo tudo subentendido – omitido sentimento. Criado em: 22/01/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

(IN) SANIDADE ONÍRICA

Aquela que me enfeitiça é uma deusa do Olimpo, e nesse monte, de Vênus  é a que mais me apeteço. Perto dela deixo  de ser um simples omem para me transformar  em um homem, no qual cabem todos  os melhores predicados. Minha deusa vê-nos desfrutando o néctar da vida juntos, o que sempre imaginei. Por isso, dá-me a certeza  de que esta existência não fora de toda vã, e que toda essa minha loucura tem alguma coisa de sã. Criado em: 05/01/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

PROFANAÇÃO

Corpo suado Calor a mil Trio ligado Carnaval vai começar! Agitação, Sedução, Pegação. Nesta festa vou aproveitar E enganar meu coração, Que procurando um amor eterno, Vai cair num xaveco E a um amor etéreo Vai se entregar. Haja fôlego, Haja fogo, Até esta festa Em cinza se acabar. E eu que não sou besta, Quando à realidade voltar, Ao Senhor do Bonfim vou logo Me confessar.   Criado em: 01/01/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

VAI SOFRÊNCIA

Chega de curar sofrência Com horas fúteis de cama e muita pinga Já é verão, carnaval Vou curtir o circuito Barra/Ondina Seguir os trios de Ivete a Durval Vai sofrência Se dissipar no ar Quero mais a efervescência Desse povo a festejar É sóbrio que vou extravasar Essa dor que deveras sente meu coração É puro fingimento, chantagem emocional Agora já liberto, vou festejar no Candial Astuto coração, não caio mais na sua enganação Vai sofrência Se dissipar no ar Quero mais a efervescência Desse povo a festejar E nesse festejo momesco Não há sofrência que dure Mesmo a dos outros, que é refresco, Pois não há nada que o tempo rítmico não cure. Vai sofrência Se dissipar no ar Quero mais a efervescência Desse povo a festejar Criado em: 07/01/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

MULHER EMPODERADA

Cheguei à balada e dei de cara com ela, linda, seduzente, vestida para matar. Matar o preconceito com suas roupas, seu cabelo, sua pele, suas opções. 007 de saia, curtinha, da modinha, com licença para encantar, se expressar, dizer sim ou não, ser o que quiser, ter opinião. Agora com posse e porte da arma mais perigosa do mundo: A Palavra – na versão 5G de caracteres infinitos! Assim é ela, Empoderada – Mulher consciente e plena de sua força e poder!   Criado em: 29/01/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

HOMO SUBLIMINARIS

Dos armários saem fantasias que nos vestem, que nos mascaram, que nos alegram. Quem no dia a dia não se entrega a seu preto forte, cheiroso, energizante, gostoso, quente e viciante? E logo ao cair da noite, o trai com outro, atirando-se nos convidativos novos braços, seduzido por lânguidos olhos, deixando-se inebriar, até perder os sentidos −  brinquedo do sono. Sou omem, sou homem, não nego a fraqueza de desejar o desejável, Suprindo as minhas necessidades mais básicas.   Criado em: 07/12/2018 Autor: Flavyann Di Flaff