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Mostrando postagens de maio, 2021

ETERNOS MENTECAPTOS

A miríade há muito está dividida, assim querem que pensemos. Quando, na verdade, jamais estiveram em desacordo, principalmente, em se tratando de assumir o poder. A manipulação massiva dos meios midiáticos impõe meias-verdades às mentes incautas. Sugestionam a todo instante que a salvação está com estes eternos paladinos, porque assim cada séquito crê. Nesse contexto, juntos se apresentam como os legionários da boa vontade, mas tanto um quanto o outro busca a vitória a qualquer custo, uma vez que a essência de seus projetos políticos é, única e exclusivamente, estar no comando máximo da nação. Não para o bem desta, todavia para o deleite de seus caprichos, que em nada acrescentam ao bem-estar de seus concidadãos. Rei deposto, rei posto! Depois da posse, tudo continua na mesma, não há mudanças reais, só maquiagens governamentais e midiáticas. Ao término de mais um reinado, o descaso é mais uma vez escancarado de acordo com a Lei da Conveniência. Por fim, continuamos, cada um de nós,

ÀS GRANDES CAUSAS

Façamos das nossas palavras estandarte de falange revoltosa abrindo caminho, nas várias frentes do sistema, para os direitos determinados pela Constituição. Façamos também daquelas, longas lanças afiadas prontas para combater as injustiças a nós impostas por inúmeros e distintos desgovernos, travestidos de salvadores da pátria. Ouriçados pela sede de justiça social, sigamos em busca daquilo que nos legaram, mas não nos deram até hoje. Para tanto, que cada avanço seja planejado para que surta o efeito desejado. Não há pressa, porém regularidade. A cegueira dos desejos não nos guia, porque as nossas palavras não se subjugam a eles. Exaltá-los é perda desnecessária de energia, não nos acrescentará nada, só nos afastará daquele propósito. Porque de desejos as nossas carnes são fartas, contudo a arte de viver obriga-nos a ter prioridades que, em sua grande maioria, nada têm a ver com eles. Portanto, que nossas palavras sejam lanças afiadas servindo a grandes finalidades, e jamais às efe

TEMPO E SEPARAÇÃO IRREVERSÍVEIS

Pudera reverter o ontem no hoje, pois, só assim, conseguiria tê-la mais uma vez em minha companhia. Lembro-me do ontem como se fora hoje! Estavas bela e o teu perfume me embriagava, trazias contigo a felicidade que tanto sonhara. Beijando-te, experimentei o doce sabor do amor. Tudo isso acontecia naquele nosso momento de plena entrega e que fora tão agradável para nós. Bastante tempo se passou desde o nosso último encontro, mas ainda não me refiz totalmente dessa tua ausência e, com isso, um turbilhão envolvente de lembranças nossas continua a preencher o meu confuso pensamento.   Agora tenho que reconhecer que jamais poderei reverter o tempo vivido, fazendo do ontem o hoje. Pior do que isso é ter a certeza de que não posso mais te possuir, uma vez que estais, devido ao longo tempo distante de mim, com um novo amor. Criado em: 16/08/1993 Autor: Flavyann Di Flaff

AMARGURANDO O CORAÇÃO

         Não aguentando ficar em casa, saio à procura de alívio para essa minha solidão, mas andando pela praia, observando a brancura da areia, lembrei-me do teu sorriso. Olhando o maravilhoso brilhar do sol, lembrei-me do teu cintilante olhar; vendo o vaivém das ondas, lembrei-me da inconstância do teu sentimento por mim. Sentindo a fria brisa marítima, recordei-me da tua inesperada decisão, e ao seguir andando em plena segunda-feira pelo calçadão, onde é visível a ausência de transeuntes, relembro-me de que estou sem a tua companhia. Então, percebo que não fora uma boa ideia sair de casa e, rapidamente, decido retornar.         Voltando solitário para casa, sinto que se tivesse ficado em meu quarto, estaria, com certeza, livre dessas angustiantes lembranças que só fazem amargurar ainda mais o meu abandonado coração. Criado em: 28/06/1999 Autor: Flavyann Di Flaff

RECUPERANDO O DIA PERDIDO

“És responsável pelo que cativas!” Hoje, esqueci-me de aguar a minha flor, fazendo-a murchar. Insensivelmente irresponsável, só fui notar quando já era noite e nada mais podia fazer, restou-me apenas a dor da consciência, como pena justa. Justamente, hoje, percorrendo o caminho que havia pensado durante toda a semana que antecedera aquele fatídico dia, fui analisando como subestimei o valor de um gesto tão simples. Mas que, por ter essa essência, se faz possuidor dessa mais valia. Com essa reflexão, dei-me conta da dimensão do estrago que causara no coração daquela que estimo e amo. Um gesto correto não desfaz o gesto errôneo executado, porém ajuda a amenizar as sequelas.   Então, torço, através desse singelo gesto, para que a ferida sare e a marca sirva apenas para lembrar que somos frágeis e vulneráveis, em vez de servir de referência para magoar ainda mais. Quando executar tal gesto, que a ansiedade sentida, outrora causada pela expectativa de receber uma coisa boa, não possa

A REALIDADE DOS FATOS

Não podemos negar que os políticos trabalham arduamente, uns até são acometidos por uma estafa causada pela extrema dedicação ao serviço público, porém tal afinco, só é visto e intensificado durante as campanhas eleitorais. Nestas sim, os pretensos legisladores labutam de verdade, seja dia, seja noite, faça sol ou chuva, eles percorrem desde os bairros periféricos até o submundo selvagem das cidades. Talvez algumas pessoas estejam surpresas por não ter citado os bairros ditos como “nobres”, é que alguns candidatos residem neles e para não incomodarem os seus vizinhos, que tanto os conhecem e sabem do quanto não são capazes de fazer pela devida melhoria da cidade, mal fazem as suas campanhas nesses ambientes. Tamanha labuta nessa fase eleitoral tem uma razão: Todos são sabedores de que, se forem eleitos, terão quatros anos para descansar e recuperar todo o dinheiro gasto durante a campanha. Tal reposição, na maioria das vezes, é sempre multiplicada por 7 vezes 70 mil, realizada de m

INDECISÃO CONTEMPORÂNEA

− Compro fumo ou comida? − Compra fumo! Quem liga para a larica?! − Né! Bebe um copo d'água que j á acaba a sede e enrola a fome! − É mesmo! Então, fica assim: − Vamos "fazer" a cabeça, levar o pensamento para outra dimensão, viajar além das estrelas, tendo os pés no chão!   Criado em: 08/08/2014 Autor: Flavyann Di Flaff

COMPARAÇÃO

A comunidade de Palesrael vive sob a tirania polarizada entre o poder oficial e o paralelo, quando um confronta o outro, a população é que leva o troco. Para esta só há dor, àqueles nem vencido ou vencedor. Segue em luto o povo contrito, enquanto os poderes seguem em um secular conflito. Eles dizem lutar por um estado e, por isso, não importa quantos serão ainda massacrados. Assim a pária pátria chora o seu eterno martírio, enquanto os seus senhores criam mártires para enaltecer os seus delírios, é a fórmula deles atraírem mais idolatria. O conflito é a lei daquela fronteira, porque não é interessante a paz para um poder dividido, já que ela encerraria o controle dos locais. As tensões são criadas para mostrar poder e os líderes se manterem nele, independentemente da vontade dos cidadãos. Por isso, comparo o povo daquela região com os habitantes das outras favelas que sofrem da mesma mazela.   Criado em: 22/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

VISÃO DE SEMEADOR

Plantei um grão na terra do mundo, o tempo passou e algo brotou. Entendimentos divergentes surgiram, uns diziam que era flor, outros, erva daninha. Até as velhas amigas entraram na dissensão, Mari e Joana, esta falava uma coisa e aquela, coisa com coisa, numa viagem sem noção. Quando semeei, quis que brotasse poesia, mas nesse mundo de somiticaria de pensamento não há espaço para metáforas – significados em desenvolvimento. Então, com olhos de semeador, preferi vê o açaflor que do desumano asfalto floresceu.   Criado em: 20/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

SAUDADE

Pela rua seguia a Saudade, por onde ela entrava, eu a perseguia como cão perdigueiro em um ato corriqueiro. Ela entrou em um bistrô, e eu sentado lá estava ao lado de quem já me deixou. De repente, fui tomado por uma sensação angustiante de quando fora abandonado e, em um instante, lá eu já não estava mais. Pisquei os olhos, e a Saudade, num zás-trás, logo entrava noutro recinto. Bicha sutil e matreira, fez-me sentir o que não senti a vida inteira.   Criado em: 19/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

SEPULCRO CAIADO

Quando criança passava na tua frente e ficava fascinado com tamanha beleza e imponência. Ao chegar em casa, ficava imaginando que o dono era muito rico, poderoso e gostava de tudo arrumado, pois olhando a ti, era assim que o via. O tempo passou, eu cresci e conheci um pouco de tudo, meu conhecimento de mundo foi ampliado. Movido pela curiosidade daqueles tempos de criança, quis conhecer-te por dentro. A expectativa me consumia, a ansiedade de lá para cá só cresceu e, enfim, entrei naquela bela morada que há muito só conhecia por fora. Tudo era lindo, limpo, organizado, de um silêncio convidativo à oração e, pondo-me de joelhos, orei. Parti dali, quase satisfeito, uma vez que não conhecera o dono daquele belo lugar. Sempre que me sentia tocado por um silencioso chamado, para lá eu me dirigia. De tanto frequentar, conheci outros que faziam dali uma extensão de seus cotidianos. Nessa convivência, reconheci-me e os conheci mais de perto, e vi que todos, como eu, eram falhos – barro pro

TENDO ESPERANÇA

       Todo dia em que me pego só, em um canto qualquer da casa, meu coração sangra... sangra pela dor dessa solidão, desse abandono, desse desprezo. Dores que bem conheço.         Quando retorno à vida real, essa ferida aparentemente se fecha. Mas sei que ela não cicatriza, pois parece esperar o próximo sofrer.         Faço o impossível para não ficar sozinho e nem sempre é o suficiente, porquanto não encontrei ninguém. Só para não ser tão pessimista comigo mesmo, um alguém ainda não me encontrou.         Será que sempre meu coração sangrará? Será que esta contínua ferida cicatrizará? De nada sei! Apenas, tenho certeza de que continuarei a ter esperanças de que uma boa e bela companhia estará comigo um dia desses. Criado em: 29/03/2002 Autor: Flavyann Di Flaff

SÚPLICA DE UM FRACASSADO

Diante da impulsividade da carne, fraquejei. Não tive maturidade suficiente para resistir, uma vez que, na juventude, somos assolados por arroubos constantes. Alguém apressou-se em ti contar uma versão sórdida do momento, interpretação convincente e conveniente para a tua presente curiosidade. Absorveste tudo como um sedento perdido no deserto da dúvida, e disso não te recrimino, visto que nele te coloquei. Sofreste por noites, bem sei. Porém, digo-te que palavras alheias em demasia, só fizeram o teu sequioso coração afogar em prantos vãos. Forjaram-me como o grande vilão, todavia eu também fui vítima da insegurança que prevalecia em nossa relação. Diante disso, assumo que fui fraco e não resisti à primeira tentação que me assolou, por isso, peço-te perdão. Retomemos, resolutos, o que abalado estava. Criado em: 11/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

ANGÚSTIA

Pensava em voltar, mas, no fundo, não queria esse retorno! Dentro de mim, algo perturbava a ponto de me deixar inseguro e hesitante. A razão se fazia forte, forçando-me a não querer esse regresso. Porém, o meu corpo − pobre invólucro de anseios carnais −, suplicava por ter outro corpo para somente os seus ardentes desejos saciar. Tentei escapar de um temerário encontro contigo, entretanto o destino, acossado pelas circunstâncias, nos fez dialogar. Durante esse momento, insisti em fugir do já inevitável desfecho, pois percebi súplicas explícitas, por beijos, em teu olhar. Duvidei da veracidade delas, todavia era tarde demais, visto que me peguei totalmente preso em teus braços e sufocado por teus beijos. Instantes depois, parti e, do nada, uma súbita angústia me invadiu. Tenho certeza de que ela desaparecerá, tão logo, finde-se essa recaída. Criado em: 15/04/1996 Autor: Flavyann Di Flaff

APENAS UMA ESTÓRIA PARA CONTAR

... e se deram aquele tão esperado beijo, naquele ônibus com destino certo, ao contrário dos seus distintos destinos. Logo após se despediram, sem ter a certeza de que novamente se veriam. Se a tênue convivência mudaria ou se estagnaria a partir dali. O tempo transcorreu a passos longos, sem dar a mínima chance para uma reflexão sobre o porquê do repentino afastamento, da mudança do jeito de se dar comigo e da presença de uma indisfarçável indiferença. Enfim, do motivo da imensa e múltipla ausência na vida de um e na do outro. Hoje, seguimos caminhos distintos, e enquanto pareço estar chegando à metade do percurso, você ainda está a se deslumbrar com o iniciar do caminhar. Cada um segue em seu ritmo pessoal, e apesar do meu ser lento agora, avanço mais e mais no caminhar. Enquanto o seu, apesar de ser alucinado, só lhe faz avançar no percurso existencial por partes, mas não se preocupe com isso, você chegará até o fim do trajeto já programado por Deus. Quanto a mim, apenas terei

O ÔNUS DO APRENDIZADO

Aprender custa caro! Não falo no sentido do vil metal, relação mais que evidente em um mundo capitalista globalizado. Refiro-me ao que cada indivíduo tem que desprender de si, para conquistar conhecimento e experiência de vida. Não pense que para aprender novos conhecimentos é só sentar em uma carteira na sala de aula e pronto, o conhecimento já está internalizado. Não é bem assim, pois, para tanto, devemos ter disciplina, determinação, curiosidade e, acima de tudo, interesse. Só então, com a soma desses fatores, é que apreenderemos os conhecimentos que abrirão as portas para conquistas pessoais maiores. Quanto ao aprendizado em relação à vida, este, sim, é o mais caro de todos! Para tanto, necessitamos sempre de alguém ou de outros para conquistá-lo, visto que não há como fugir desta regra. Somos senhores de nós mesmos, uma vez que temos o poder de decidir, entretanto, até chegarmos a esse ponto, já sofremos influências mil. Veremos com o fluir da nossa existência que, para adqu

NEOCOLONIZAÇÃO

Conquistar o novo velho mundo, assim, partiu o novo conquistador determinado! Com sua caravela movida a Terabytes, velejou por esse info mar até chegar à terra dos novos velhos selvagens. Ao aportar, cuidou de adaptar todo o sistema ali existente para demandar as suas ordens, não de forma arrogante, porém de forma sutil, subliminar. Afinal, os tempos são outros, já que não é permitido agir como os antigos que impunham enfaticamente as suas vontades aos demais, imperando o politicamente correto. A colonização se deu como mamão com açúcar! Tudo instalado com o consenso dos nativos, sob a promessa de futuros Gs de força. Apesar de os novos velhos selvagens serem cabeça dura para as mudanças interiores, eram escancarados para a mudança exterior. O colonizador, então, trocou as bugigangas primitivas por peças tecnologicamente mais bem elaboradas, o que permitiu uma maior capacidade de conversão mental daqueles habitantes. Tudo sob os desígnios de um deus onipresente, onisciente e onipoten

POR QUANTO TEMPO

             Por quanto tempo ainda terei de suportar o desviar do teu olhar, só para não me veres?          Por quanto tempo ainda terei de ouvir, por outras pessoas, que estás a me dar um falso desprezo?          Por quanto tempo ainda continuarás a tomar rumos distintos, só para não nos encontrarmos?          Por quanto tempo ainda permanecerás com um estranho, na vã tentativa de me esquecer?          Por quanto tempo ainda evitarás falar ou ouvir o meu nome, na intenção de não te lembrares de nós dois?          Por quanto tempo ainda insistirás em permanecer longe de mim, no intento de evitar, com isso, um provável recomeço?          Sei que em mim esse tempo nunca existiu, pois quando partiste, ficou mais forte a tua presença em minha vida. Quanto a ti, não sei quando darás fim a esta penitência que a ti impões. Já que o único pecado que cometeste, foi o de tentar não me querer. Criado em: 02/05/1999 Autor: Flavyann Di Flaff

PEQUENA REFLEXÃO DO VIVER

Não, não leve a vida a sonhar! Prefira ter sempre os pés no chão, só assim, sentirás a terra onde nasceste. Abraçarás aqueles que estão próximos e verás aqueles conhecidos que de longe se aproximam. A vida, já dizia os Tamoios, é luta renhida, portanto, é aquela vivida com ardor e não a sonhada, devido ao temor de viver.   Criado em: 30/01/2015 Autor: Flavyann Di Flaff

MOMENTO NOSTÁLGICO

Houve um lugar mais que chamado de Lar doce Lar, chamava-se a Casa de Mainha e Painho. Nele, habitavam o afeto e o respeito em perfeito equilíbrio, sem espaços vazios para o excesso que só causa extremismos que adoecem as relações. Lugar simples de permanente e impecável arrumação. De mesa farta e dedicação exclusiva às coisas do lar. A qualquer hora que chegasse, tinha sempre uma sobremesa para degustar e um bom papo para pôr em dia. Todo fim de semana era certo: tinha uma deliciosa torta de chocolate à nossa espera. Mãos de fada que, além dessa delícia, fazia inúmeras outras, tudo fruto do vasto aprendizado nas mais variadas artes manuais, o que proporcionava confeccionar verdadeiras joias para a decoração dos ambientes. Neste ser, que em silêncio tudo fazia, habitava tudo o que necessitávamos, e a quem chamávamos ternamente de Mainha. Aquele lugar também tinha muito da presença dele, pessoa de poucos sorrisos, sinal de que os que distribuía eram sinceros, sem a falsidade do ag

PRATO FEITO

  Vivemos, com irrestrito apoio da tecnologia, sob a ditadura hegemônica das verdades de recortes dos fatos. Nela, pega-se um determinado fato, cria-se um recorte e vende-se como sendo a verdade absoluta dele. Com isso, faz do cidadão incauto, aquele que não tem nenhum interesse em conhecer a veracidade dos acontecimentos, um crente fervoroso daquilo que lhe é ex(im)posto massivamente.   Criado em: 07/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

DE VOLTA AO MUNDO REAL

Enquanto o mundo em que vivia gravitava em torno do que a sua imaginação gerava, a terra onde nascera, mantinha-se perfeita, a cada volta que os seus olhos davam. Era de um céu azul com poucas nuvens, casas lindas e acolhedoras, gente boa e hospitaleira, vida simples e compartilhada. Mas quando a sua imaginação cessou e o seu mundo parou, não pôde mais descer na terra em que nascera. Uma vez que esta já não era mais a mesma, mudara, nada do que vira antes existia. O céu estava sombrio com nuvens carregadas, anunciando futuras tempestades; as casas descuidadas com aparência opressora, as pessoas indiferentes e hostis; a vida complicada e individualizada, fruto de uma sobrevivência selvagem. Triste ficou por tudo, não esperava tamanha mudança. Diante da dura realidade, refez as malas e retornou para o que restou do seu mundo imaginário. Criado em: 07/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

MINICONTO I

A mão levemente sobre o coração roubado.   Criado em: 03/05/2021 Autor: Flavyann Di Flaff