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Mostrando postagens de maio, 2024

ARMADILHA

  Em um mundo dominado por imagens, aparentar é fundamental! Na visão torpe do predador, a afetação é paixão, e como toda, é dever satisfazê-la. Então, em suas demonstrações sentimentais, exagera no tom, fingindo nada perceber. Força a barra de algo imprevisível, ser ou não ser. Satisfaz a seu ego narcisista, a educada aflição alheia. Sufoca a autonomia do outro com a enxurrada de palavras doces treinadas, moldadas na arte da coerção. Contudo, a mão que aperta o pássaro longamente, vacila, e este, desperto, por um momento, faz-se entregue, para, em seguida, voar liberto. Da armadilha narcisística, pragueja o predador – falso lamento – pois logo se refaz e mira outra caça.   Criado em : 18/05/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

POLITICALHA

  Tanto quanto a maquiagem, antes do sepultamento, prepara um cadáver para a ressurreição, as promessas eleitoreiras de “melhorias definitivas” terão um efeito prático e eficiente no contínuo caos socioeconômico em que vive a população brasileira.   É como diz Jessier Quirino, no causo “O matuto e o coroné”: “[...] prometer como sem falta e faltar como sem dúvida; [...].”   Criado em : 14/05/2022 Autor : Flavyann Di Flaff

DESENREDO

  Enferrujada a sensibilidade, a parca simulação de afeto cativa o ser antiquado. Faz cair, por terra, a ilusória fortaleza que ergueu o fraco, simulacro de grande opressor. Desmancha o riso pérfido da cara do manipulador que, manipulado por seu narcisismo, entrega-se sagaz ao objeto pretendido. Este, desinteressado, percebe, naquele, a ansiedade paquiderme que, desajeitada e evidente, delata o jogo assaz malicioso. Ciente deste, o objeto animado enrola o fio condutor da trapaça, assumindo o controle. Então, o caçador vira caça, enervado pelo desenredo do ato pensado.   Criado em : 13/05/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

CONDUTA SOCIAL

  O parecer ser te abre portas! Faz de ti um ser socialmente aceito, o perfeito cidadão de bem. Predicativos que só serão averiguados, quando, por alguma má ação, fores denunciado. Contudo, se nada fores nessa vida, o nada ser já te classifica socialmente, de forma automática e inquestionável, em um perfeito marginal. Até que proves ou simules que não estás à margem da sociedade.   Criado em : 27/04/2024 Autor : Flavyann Di Flaff