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Mostrando postagens de maio, 2013

SONETO DA VOLTA POR CIMA

O que dizer do que fora dito? Apenas que fora mentira, verdade?! Não! Retórica de um orador maldito, que no peito só tinha maldade! Reflexo pálido de vis atitudes, que de tão dissimuladas pareciam verdadeiras virtudes. Apenas encenações capituladas! Pantomima descarada, na qual a vítima, deslumbrada, cedia às falsas qualidades! Mas o tempo expôs as verdades, e o vilão, desmascarado, pela vítima fora execrado! Criado em: 27/05/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

O PASSAR DO NOSSO TEMPO

Os dias estão a passar como uma paisagem vista da janela de um trem-bala, da qual quase nada conseguimos aproveitar, a não ser, apenas, a finitude desse momento diante dos nossos olhos.  Bom seria, se aqueles passassem, feito procissão, pelas ruas de nossas vidas, tão devagar, que nos pareceriam nunca findar.  Parafraseando um trecho daquela música do cancioneiro nordestino, que a gente pudesse de fato, ir oiando e vivendo coisa a grané, coisas qui, pra mode vê e viver, o tempo tinha que passar como se andássemos a pé. Criado em:  19/05/2013  Autor:  Flavyann Di Flaff

UMA VIDA FLAMEJANTE

Ele, com aquela forma longilínea, em uma sociedade em que o culto ao corpo perfeito é regra, não teria problema algum para se preocupar. Mas, um dia, a natureza inflamável de jovem impulsivo, incitada por vontades alheias, fê-lo esquentar a cabeça, a ponto de incendiar comentários, de níveis distintos, em bocas estranhas. Depois de tudo se acalmar, e a mente esfriar; ele, para a sociedade que lhe criara e uma função lhe dera, já nada mais valia. Criado em: 09/05/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

ETERNAMENTE GRATO

Hoje, inexplicavelmente, quis olhar para o alto. Mas tão logo olhei, com uma piscadela de estrela, o céu me disse algo e recolhi o olhar. Entendi que o que a saudade me fazia procurar não estava perdido no espaço. Então, voltei o olhar para dentro de mim e lá encontrei uma parcela tua, imutável, indestrutível, eterna. Se hoje sou o que sou, foi porque fizeste de minha criação o teu sacerdócio. Por muito tempo, foste a guardiã dos meus passos. O porto seguro para onde sempre pude retornar, quando dos fracassos de minhas impulsivas jornadas. Lembrar-me dos momentos contigo não é fruto do arrependimento ou do remorso, mas de uma coisa boa chamada gratidão! Reconheço sempre que, se eu voltasse à vida mil vezes, mesmo assim, não conseguiria devolver o que, em uma única existência, deste-me. Partiste, bem sei! As lembranças são o produto dessa ausência, porém não sigo a lamentar tal fato, pois o momento de luto já foi cumprido. Hoje, sigo esforçando-me para fazer valer cada sacrifício que fi

FIM DE CASO

Quando conheceu o mar, pela primeira vez, ficou maravilhado! Amou o vaivém de suas ondas e o quis para si. Toda manhã, dirigia-se à praia para o encontrar. Angustiava-se por não o reter, e vendo que o mar, ao seu lado, não parava, chorou. Prometendo a si mesmo que não mais o procuraria. Fez-se distante, mas toda vez que a saudade batia, as lágrimas rolavam e o gosto salobro o fazia recordar daquele que lhe encantara. Então, por não entender o porquê de não ser correspondido, a tristeza o habitava. Fingia não saber que, enquanto houvesse sentimento pelo mar em seu coração, não teria paz. Uma vez que o amar traz coisas boas, e também inquietações em relação ao outro e, nem sempre, esse é capaz de percebê-las, não por indiferença, contudo por pensar que não há compromisso algum, a não ser o de se verem e, em silêncio, sentirem apreço um pelo outro. Quando o sol, ensejando o fim da reclusão imposta, voltou a brilhar, sentiu o cheiro marinho no vento. Então, como que atendendo a um chamado,