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Mostrando postagens de outubro, 2014

MENOS FALÁCIA E MAIS MUDANÇAS REAIS

Alardeia-se o uso de 10% dos royalties do pré-sal na Educação, como se fosse a salvação da lavoura que tanto se ansiava. Puro engodo de quem tem outros propósitos, que, de longe, correspondem ao que é imprescindível. Não é preciso ser um especialista da área para saber que, se esses tais 10% forem realmente (sub)utilizados na educação do jeito que ela se encontra, será o mesmo que lançar pérolas aos porcos, já que o sistema educacional brasileiro está sucateado em todos os se ntidos. Como também sabemos que aumentar alguns dígitos nos contracheques dos funcionários, não se traduz, de fato, na melhoria da produtividade e, muito menos, em excelência na execução dos serviços. Temos como exemplo cristalino do que foi dito, a situação dos três poderes (Legislativo, Executivo e o Judiciário) do nosso país. As folhas de pagamento sempre vultosas, frutos advindos de uma “recente” irmandade entre os poderes, do tipo, se não posso vencê-lo, me junto a ele, adquirindo as mesmas benesses. Apesar

DESCOBERTA TARDIA

Consecutivamente, o pensamento fora acionado em um momento no qual o pensar – fronteira tênue entre a certeza e a hesitação – não é uma ação recomendável. Já que mais vale exercer uma impulsividade adolescente do que a precaução desmedida, advinda de uma maturidade sofrida. Entretanto, ao pensar, avaliou. Avaliando, optou. Optando, escolheu. Escolhendo, descartou, até então não sabia o quê. Com o passar do tempo, descobriu que fizera a pior escolha de sua vida sentimental. Assim lamentou, ficou triste, chorou, por fim, resignou-se. Hoje, restam-lhe apenas as lembranças que ficaram escondidas pelos cantos da casa... da mente, do coração. Essas, quando visitadas, trazem-lhe os cheiros, os gestos, formando uma presença etérea daquela que já não mais está presente no seu dia a dia. Criado em: 18/10/2014 Autor: Flavyann Di Flaff

LAMENTO PUERIL

Lá no interior da velha casa, em um quartinho secreto, estava a criança que nela ontem frequentou. Não brincava de esconde-esconde, como outrora fazia. Ali estava a se trancar, para preservar a antiga casa, onde fora soberana por um tempo que lhe pareceu eterno. Não queria que seu soluçar incomodasse, a ponto de quebrar a atmosfera austera que, ao longo do tempo, assim se tornou. Apenas queria extravasar toda a tristeza que em seu cândido peito doía, pois não aguentava ver aquele ambiente, onde outrora frequentava e fartava-se de prazeres frívolos, hoje tão metódico, sóbrio e sombrio, sem nenhum resquício da naturalidade pueril do seu tempo. Quis findar-se, mas se lembrou de que já não existia de fato. Tornara-se apenas lembranças que, neste dia, viera à tona em um saudosismo medido em horas, precisamente, em vinte e quatro horas. Porque amanhã, já será treze deste mês, e a velha casa voltará à realidade da vida formal. Criado em: 12/10/2014 Autor: Flavyann Di Flaff