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Mostrando postagens de novembro, 2022

O JOGO DA VIDA

O jogo da vida é avaliado sob quatro perspectivas: a de quem já jogou e ganhou e desfruta da vitória, a de quem acabou de entrar, a de quem está jogando e a de quem jogou, perdeu e tem que decidir se desiste ou segue jogando. Quem jogou e ganhou, desfruta os louros da vitória, por isso pode assumir a postura que mais lhe convier diante da vida. Quem acabou de entrar no jogo, chega cheio de esperança e expectativas, que logo podem ser confirmadas ou frustradas, levando-o a ser derrotado ou a pedir para sair, permanecendo à margem, impotente diante da vida. Quem está jogando, sente a pressão da competição e, por isso, não se deixa levar por comentários de quem só está na arquibancada da vida, sem coragem de lutar. Quem jogou e perdeu, sente todo o peso das cobranças sociais pelo fracasso, por isso não se permite o luxo de desistir, pois sabe que tem que continuar jogando, seja por revolta, seja para se manter vivo nessa eterna disputa. Criado em: 20/11/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

A VIAGEM

  Certo dia, chegou a indesejada das gentes, invadindo o meu cotidiano, aboletando-se nos bastidores do dia a dia. Não tive como fugir. Os que estavam ao meu redor é que não conseguiam esconder o incômodo dessa presença. Para mim, a cada dia, era desfazer as malas que não levaria. Assim, ia sentindo-me leve, já quase sem amarras, livre. Os semblantes dos que me olhavam já anunciavam o dia da viagem sem alarde, silenciosamente. Até que chegou o dia em que partimos.   Criado em: 13/11/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

HOJE E SEMPRE

  Chegou de mansinho e aboletou-se na sala de estar do meu peito. Como uma velha conhecida, começou a falar sobre pessoas queridas, trazendo à tona inúmeras lembranças de uma agradável e inesquecível convivência que tive com elas. Conversamos sobre tantas coisas, principalmente, àquelas que estão guardadas em minhas memórias afetivas. Foi uma tarde de conversa longa e silenciosa, repleta de histórias e causos, que me fez reviver ternos momentos de minha vida. Assim que teve vontade, partiu, mas não sem antes se despedir de mim. Demo-nos um longo e apertado abraço, e enquanto envolvido estava por ele, coloquei o meu rosto em seu ombro e me desfiz em copiosas lágrimas. Nesse ombro amigo, senti-me de novo no aconchego do abraço daqueles que se foram, deixando uma incessante saudade que sempre vem visitar-me aleatoriamente, como ocorreu no dia de hoje. Criado em: 01/11/2022 Autor: Flavyann Di Flaff