Veio um vento e sacudiu a árvore esquecida do Desejo, balançando seus galhos e fazendo agitar-se as flores, espalhando o pólen fertilizador. Estava quase estagnada, em um jardim qualquer, a flor dos anseios, até que uma nuvem, daquele que dissemina e renova as vontades, caiu sobre ela. O que antes estava adormecido, despertou, só o direcionamento foi refeito, agora, em prol de um novo agente. Todo o cerimonial já é conhecido daqueles que por esta estação passaram, mas a forma como o encaramos nunca é a mesma, já que o estímulo é sempre novo. Lindo e prazeroso, aquele ritual transcorre. Bom seria se nada desgastasse esse momento, porém, naturalmente, as coisas ocorrem de acordo com os seus protagonistas e, nem sempre, há uma harmonia generalizada. Então, o vento passou, e a árvore do Desejo voltou ao esquecimento. Em um jardim qualquer, as flores dos anseios, de novo, estagnaram-se, e o que fora provocado, aquietou-se mais uma vez. Criado em: 28/03/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!