Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2014

O EFEITO DE NADA ARRISCAR

Na balada do tempo dançam as horas e, com elas, perdem-se, encantadas e embaladas, as oportunidades dadas pelo Tempo. Logo depois, passa esse a gargalhar daqueles que as deixaram escapar. Nesse instante, de nada vale o arrependimento, já que ele sempre vem tardio e, por isso, coisa alguma acrescenta, a não ser a dor de nada ter arriscado realizar.  Talvez por medo, insegurança ou orgulho, deixaram passar a chance de viver uma nova e deliciosa história. Restando, apenas, o lamento pela inércia diante do trem das oportunidades. Criado em:  23/02/2014  Autor:  Flavyann Di Flaff

O ENCANTO DE IR TE DESCOBRINDO

A criança de tudo se encanta por nada saber do que vê! Por isso, nada mais eu quero saber a respeito de ti. Basta-me, apenas, por hoje, saber que existes. Para que, assim, a cada encontro, estando diante do ainda desconhecido, possa olhar-te sempre com um encanto novo. Tenho medo de, um dia, tudo saber de ti, perdendo, com isso, o encanto das descobertas diárias, nas quais a surpresa me leva a emoções indescritíveis. Oxalá, que esse dia não chegue nunca! Para que eu possa ter tempo de sentir todos os encantos e emoções possíveis em relação à tua companhia. Enquanto juntos estivermos, quero cultivar a criança na qual a paixão me transformou. Alimentando-a, sempre, com a emoção de quase nada saber de ti. Proporcionando a ela, na forma do não te conhecer, o encanto de poder descobrir, aos poucos, e, em momentos intensos vividos contigo, tudo o que tens a me revelar. Criado em:  15/02/2014  Autor:  Flavyann Di Flaff

PLACEBO

Devido à frágil condição psicológica em que se encontrava, acreditou nos efeitos medicinais que lhe propuseram as palavras intermitentes de alguém aparentemente altruísta. Mas, o tempo passava e nada de perceber melhoras, pelo contrário, à sua fragilidade psicológica fora acrescentada a angústia de não ter o conforto de um abraço e a impotência de ver definhar algo que pensava ser saudável para ambos. Tudo só contribuía para o enfraquecimento do interesse de ver dar certo o que parecia verdadeiramente existir. Entretanto, tal existência só se evidenciava em suas ações e nunca nas ações do outro, com isso, deixava de perceber a neutralidade dos efeitos daquelas palavras anteriormente proferidas. Assim, seguiu sofrendo, sem entender o porquê de tantas desculpas ditas, quando o que mais queria era ter uma companhia para compartilhar afetos. Criado em: 09/02/2014 Autor: Flavyann Di Flaff

APELO ÀS FORÇAS ESPIRITUAIS

Das estações vividas, das frutas saboreadas, nenhum saudosismo ou ranço ficou. Só não sei dizer sobre aquela fruta que ficou no pé, provocando, insinuando-se, mostrando-se bela, cheirosa, de pele macia e brilhante. Não que o desejo de tê-la e prová-la, não tenha surgido, longe de aderir à hipocrisia cotidiana de todos os mortais. Apesar dos contratempos, aquele veio e vingou forte, resistindo a tudo com bravura, mas, aí, chegam de mansinho as obrigações sociais, que tanto nos são necessárias para que tenhamos um porto seguro e, a partir dele, possamos navegar por mares nunca dantes navegados, com a confiança necessária para nunca nos arrependermos das viagens – experiências de vida – com a certeza de podermos regressar e renovarmos as forças. Porém, aquelas nos absorvem por um tempo, que julgávamos infinito, só que, na verdade, ele é escasso e essa constatação perturba nossa mente, a ponto de, muitas vezes, inconscientes, deixarmos de lado o que tanto nos fazia bem, dando-nos a certeza