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Mostrando postagens de abril, 2023

UM JOGO QUALQUER

  Hoje, impositivamente, tive que ver e ouvir, repetidas vezes, um lance executado em uma furtiva partida de vôlei. Nela, participavam figurinhas conhecidas, por isso a cobertura incansável da mídia. O lance não era nada de novo, já que fazia parte do rol de jogadas da referida modalidade esportiva, e consistia em um jogador levantar a bola, no momento oportuno, para que o outro a cortasse. Porém, achar chifre na cabeça de gato é função e especialidade dos comentaristas convocados convenientemente para analisar aquela situação de sentido óbvio. Como sempre, no apurado das hipóteses possíveis, vi que a subjetividade se fazia hegemônica naquelas análises. Era a mídia fazendo o seu papel, tirando o proveito que bem lhe convinha da situação, podendo ou não convencer o público. Então, desliguei-me das fontes midiáticas e fui dormir, com a certeza de que tudo não passara de mais uma jogada típica de quem quer ganhar o jogo. Criado em : 22/04/2022 Autor : Flavyann Di Flaff

PATHOS CONSUMMARE

É evidente o estado patológico grave em que a sociedade se encontra. Ele abrange, principalmente, a parte que envolve o relacionamento, seja com pessoas, seja com situações que demandam uma certa dose de equilíbrio emocional. Todos nós passamos por isso, ou por um momento, ou corriqueiramente. Mas, como ratinhos presos em um experimento, não pensamos em fugir dessa situação, apenas focamos na recompensa, ignorando a dor que a busca por ela nos causa. Deixando de perceber que, por trás das patologias sociais que nos acometem, está o sinal claro de que o nosso ser não suporta mais esse estilo de vida. Assim, vamos conformando-nos com esse estado doentio que mina, lenta e continuadamente, os valores e instituições basilares de uma sociedade saudável, levando-nos ao autoextermínio muito em breve. Criado em: 16/04/2023 Autor: Flavyann Di Flaff

HÁBITO

  é, para alguns, uma roupa sagrada que se veste cotidianamente para cumprir com   as próprias convicções. Criado em: 15/04/2023 Autor : Flavyann Di Flaff

ALFAFETIZADO

  No prato do meu vocabulário raso, a sopa de letrinhas é pouca, não há pro fundo, permaneço na superficialidade do que é a regra. Desconheço as receitas prontas da culinária letrada, mas garanto que há gramaticalidade nos meus sentimentos, tornando-os inteligíveis a todos os de corações sensíveis.   Criado em: 07/04/2023 Autor: Flavyann Di Flaff

À REFLEXÃO PERFEITA

  Aqui na terra, enquanto os poderosos, com seus vícios peculiares, arrotam virtudes pelos quatro cantos, vamos apegando-nos a uma pálida expressão de um ser divino, advinda de um mundo perfeito. Talvez ela nos salve ou nos fique indiferente, deixando-nos à mercê da nossa própria sorte, para, quem sabe, melhorados pelas provas, aperfeiçoá-la um pouco mais, caminhando lentamente para o reflexo perfeito da divindade – a representação sublime entre o ideal e o concreto.   Criado em: 07/04/2023 Autor: Flavyann Di Flaff

AÇÕES REVELADORAS

  A partir do nosso nascimento, as convenções sociais vão colocando camadas sobre a essência de cada um de nós, levando-nos a adotar personas de acordo com o espaço-tempo em que estamos inseridos. Como diz Jung em sua teoria, persona é a “personalidade que o indivíduo apresenta aos outros como real, mas que, na verdade, é uma variante, às vezes, muito diferente da verdadeira”. Os vernizes sociais são produzidos e aplicados a partir de nossas posições ideológicas, nossa cultura e de nossos desejos mais ocultos, entre outras questões. Para percebermos a essência do outro, não nos basta ouvi-lo, temos que vê-lo agir, pois, só assim, a conheceremos de fato. Portanto, não nos encantemos com a bela retórica e, muito menos, com a estética refinada dos indivíduos; estejamos, sim, atentos às ações espontâneas daqueles que nos cercam, uma vez que elas são por demais reveladoras. Criado em: 06/04/2023 Autor: Flavyann Di Flaff

MUDANÇA

 

AMOR INESPERADO

  O amor é algo transcendente. Ele é uma força que nos conecta com o outro, que nos leva a agir de maneira altruísta, ou seja, a nos preocupar com o bem-estar daqueles a quem amamos. Quando pensei que estava amando e sendo amado, enganei-me profundamente. Mas a vida, complexa e cheia de mistérios, já havia reservado algo para mim, só não imaginava o quê e quando seria, por isso permanecia numa relação em que o amor, cotidianamente, apresentava-se em um tedioso e sofrido monólogo. Foi quando, no tempo certo, alguém surgiu sem aviso, pegando-me de surpresa, proporcionando um renovo no meu sentimento, fazendo-me experimentá-lo de uma maneira mais intensa e plena. Então, resolvi finalizar o que não me fazia bem, sair daquela falsa zona de conforto e me entregar ao que chegava com frescor. Hoje, já não me lembro do que se foi, uma vez que o presente é de festa recíproca. Nela, a felicidade, outrora escondida, agora, como uma criança bem-amada, vive a saltitar em dois corações, no meu e

SEM CULPAS

A transgenia não combina com aquela memória afetiva do arroz com feijão da nossa infância, cujo tempero era o amor materno. A preguiça mental reinante desqualifica a poesia atemporal que sempre nos inspirou, cujo significado real se encontra sob um vestido emblemático chamado metáfora  – tessitura intransponível para olhos desinteressados . Por isso, não nos culpemos por não traduzirmos, novamente, com fidelidade, as delícias que pertenciam à nossa saudosa infância e nem por perdermos, de forma momentânea, o entusiasmo pela escrita poética, afinal foi o mundo que optou por se converter à insensibilidade, e não nós, que somos amantes da empatia entre as gentes. Criado em: 02/04/2023 Autor: Flavyann Di Flaff