Certo dia, um ser peregrino, depois de um dia cansativo, sentou-se à margem de um rio a fim de descansar naquela noite. Afinal, logo cedo, recomeçaria o seu caminhar. Deitou-se e, antes de adormecer, contemplou o esplendor das estrelas e da lua. Assim fez até chegar a seu destino. Ao longo dessas noites de contemplação, percebeu certa familiaridade das fases da lua com a vida, sendo elas compostas por quatro fases principais e quatro intermediárias, fazendo-se necessário que, para mudar e alcançar nova fase, a lua não se demore em nenhuma delas. Muitas vezes, nós, por deixarmos que a emoção se sobreponha à razão, insistamos em nos prender a uma única fase de nossas vidas, impossibilitando-nos, com isso, de vivenciarmos um novo ciclo. Que sejamos, então, como a lua que, ciente de sua natureza, não lamenta a mudança, em vez disso, abraça-a, pois é consciente de que ela é essencial para que se cumpra, de forma plena, a sua existência neste plano. Criado em: 03/01/2023 Autor: Flavy