Enche a cacimba os olhos-d’água para dar de beber àquela que não deixa esquecer, cotidianamente, a quem não está presente. Refeita, alimenta a fogueira de sentimentos com pequenas lascas de lembranças, das quais estavam órfãos os que permaneceram. Com o passar do tempo, aumenta a distância, estreitam-se os laços, efeito que não se explica, apenas, sente-se. Águia faminta que, incessantemente, vem dilacerar a natureza humana do ser penitente, na qual impera a lei da sobrevivência, razão pela qual se renova sempre. Para, em ato contínuo, ser dilacerada por seu algoz de novo, enquanto durar a eternidade dos atos e fatos presentes. Simultaneamente, segue a carpideira em constante e exaustivo ofício, tendo como pagamento uma pesada e ingrata carga emocional. Quanto de dor ainda suportará o peito contrito? Por quanto tempo ainda permanecerá o vazio deixado? O tempo nada responde, apenas segue adiante como um corredor obstinado em uma maratona sem fim! Restando, para todos, o dever de te
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!