Ainda ontem, a casa estava repleta de
sorrisos, cabelos, perfumes e afins. Hoje, só o resquício de tudo isso a
alimentar lembranças frescas de conversas e de momentos prazerosamente
agradáveis. Em razão disso, está difícil ficar indiferente à ausência deixada
de forma tão brusca. A saudade, tal como moleca, veio zombeteira, tornando os
últimos dias insuportáveis. Ah, criança danada, até nisso faz lembrar-me de
quem partiu!
Uma presença que durante anos se fez
constante, independente das situações vividas, fazendo-se marcante nesses
últimos meses. Não soaria estranho, vê-la em cada lugar de comum convivência.
Passar por tais lugares, traz à tona a imagem de quem partiu – um holograma
perfeito –, como se ela estivesse ali no recinto.
Por ter feito parte do cotidiano, hoje, cada caminho refeito, proporciona uma situação inusitada. Seja na feirinha, na esquina da farmácia, no restaurante popular ou na lanchonete, enfim, nos lugares que já foram da convivência de ambos, há uma onipresença que alicia. Fortalecendo algumas palavras que foram ditas informalmente, sem o protocolo de um compromisso de fato, mas que deixaram ecos de uma promessa de regresso no íntimo de quem ficou.
Criado em: 26/08/2014 Autor: Flavyann
Di Flaff
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