Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2019

PROVOCADOR ALADO

... E num xô despretensioso, o passarinho se assustou e voou. Agora, só de pirraça, passa desfilando, aereamente, para lá e para cá, distribuindo simpatia e beleza com as suas penas de cores e brilho variado. Com seu canto mavioso, a cada amanhecer, vai provocando os sentimentos que ficaram no coração de quem, um dia, dera-lhe aconchego.   Criado em: 30/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

RESSACA MORAL

Em razão da mente estar cheia, embriagou-se o coração. Ébrio, ouviu o que não diziam, falou o que não devia. No dia seguinte, a ressaca bateu forte, mas não tanto quanto o arrependimento de ter cedido a pedidos que não fizeram e de ter declarado o que não tinha plena consciência.   Criado em: 30/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

VERBOSIDADE

Passada a euforia que fora motivada por vocábulos repletos de esperanças dúbias (ou terá sido dúbio o entendimento?), o bom senso se faz necessário para voltarmos à realidade. Um dos fatos a ser destacado, durante este episódio, foi a confirmação de que a vontade dá e logo passa, bem diferente de quando se quer algo verdadeiramente. O outro foi a face real que estava por trás da ação insinuada, deixando-nos espertos quanto a não abrir a guarda, tão ingenuamente, por meros sobejos. A partir de hoje, estejamos atentos ao que for dito, policiemo-nos para não cairmos diante daquele que, na sua elocução, expressa o bem. Mas que, em sua literalidade, só existe um sentido: o de nos provocar o mal. Criado em: 29/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

BELLICOSE MEMORY

Napalm da mão, mantenho o outro em submissão, para construir o meu castelo, monumento para o belo.   Napalm da mão, guardo um instrumento que proporciona a destruição de fora para dentro.   Napalm da mão, entre as linhas, te vi, mas não te enxerguei! E, contra ti, lutei.   Porém, que decepção, não consegui te derrotar! Então, fugi para jamais voltar! Criado em: 27/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

EXPECTATIVA FRUSTRADA

A noite insinuada chegou, mas a estrela não surgiu! A vontade tão bem expressada de sua vinda esmoreceu, a ponto de fazê-la desistir.  O eterno expectador, de ansioso, transformou-se em descrente. Não conteve a sua desilusão e dirigiu-se ao quarto, recolhendo-se. A mente a revirar os pensamentos na vã tentativa de entender o que se mostrava indesvendável, sem entendimento para o momento, porque lhe fugia e era coisa alheia, já não lhe pertencia. Parte superior do formulário Parte inferior do formulário Criado em: 27/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

FRUTO DO DESEJO

A Humanidade escolheu viver em uma constante e eterna perturbação geral, como se tivesse uma ferida, e ela ao parecer cicatrizada, fosse esfolada e inflamada novamente. É curar-se das patologias do caos, mergulhando no mundo abissal do próprio caos. É tudo fruto da prevalência hegemônica do Desejo, que para ver-se satisfeito, não recorre a valores morais ou éticos, mas, apenas, ao que seja conveniente ou não, para a sua plena realização. Logo saciado, parte em busca de outras fontes, sempre escondendo-se sob a máscara de um ser moral, quando, na verdade, age como um falso moralista. Criado em: 26/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

QUEDA PASSIONAL

Eis que mais um marujo, como tantos outros, é atirado às profundezas do mar revolto da paixão! Atraído pelo encanto sonoro de Loreley, ele perde a razão e segue seu desejo. Sem noção, arrisca a única coisa que possui, a sua sanidade. Louco, não mais se reconhece, apenas, sente, sofre e vive o outro. Criado em: 26/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

NOS BRAÇOS DO OCASO

Com a morte, quantas vezes tenho flertado, só porque a aflição de viver uma vida que não desejei, sufoca-me. Mas aquela não é dama de fácil conquista, pelo contrário, requer sedução mais apurada, e não um pretexto qualquer. Súplicas doridas, sussurros melancólicos, nada disso a convence a nos levar para um passeio sem volta. Jogamo-nos a seus pés, implorando uma migalha de sua atenção, mas nada parece atraí-la, e como desesperados, loucos por romper a relação com a vida inviável que as circunstâncias nos impuseram, apelamos. Até que, cansada de tão enfadonha pantomima, pois não sentira verdade em nossos propósitos, resolve dar-nos o ar de sua graça, e assim, caímos em seus braços, já esgotados pelo esforço em resistirmos ao peso existencial. Criado em: 25/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

ESPONTANEIDADE

O que sempre me leva até você é a incerteza do pertencer, a dúvida do corresponder e a insegurança do querer. Se de tudo isso tivesse certeza, convicção e segurança, seria perfeito! Mas, como alguém já falou, toda perfeição é artificial; então prefiro a naturalidade do meu sentimento por você, que tantas emoções controversas causam.   Criado em: 22/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

RESTAURAR-ME É PRECISO

Já fui Gigante, agora estou Davi! Não na sua glória, no seu esplendor, mas no momento de suas provações, quando exposto e suas fraquezas são descobertas. As consequências são as mais variadas possíveis, desde as emocionais e espirituais, até as físicas. Restaurar-me dependerá, não só de mim mesmo, mas também de fatores externos. Reconhecer as minhas limitações, concorrerá, positivamente, para este processo de restauração pessoal, que tomara, inicie-se logo. Já que não possuo as características da Fênix, que renasce assim que fenece. Criado em: 13/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

UM DIREITO QUE CUSTA CARO

O único momento em que os políticos parecem ser acometidos por uma pretensa consciência pública, é no período eleitoral. De tão ensaiada que é, até parece ser o esboço de um governo idealizado por todos nós, no qual a sociedade é tratada como sujeito no processo democrático de governar. Nesse, o chefe do executivo vai até o povo e ouve atentamente as queixas de suas reais necessidades, prometendo, afirmativamente, que as suprirá. Mas que doce e fugaz ilusão! Tão logo cedemos os nossos votos, voltamos a vivenciar a cruel realidade cotidiana da nossa democracia.   Vemos que o valor que nos fora dado até sairmos da cabine de votação, rapidamente, diluiu-se e, novamente, somos jogados ao ostracismo a que a praticidade no uso das urnas nos impõe. Eis um preço alto demais a se pagar para exercermos um direito que nos é imposto “democraticamente”, a cada dois anos, por um capataz de luxo que cumpre as ordens de um sistema eleitoral cheio de vícios. Criado em: 07/10/2012 Autor: Flavyann

PUTARIA OBRIGATÓRIA

Mais uma vez estarei indo à zona! Agora não mais como um jovem iniciante que viaja em como satisfazer seu humano desejo de ser correspondido, proporcionando, assim, um prazer imensurável, mas só equiparável, com certeza, e somente à intensidade do prazer coletivo. Coisa esta que hoje, já maduro nesta missão, descobri ser impossível de alcançar, já que a obrigatoriedade que sempre regeu e rege o ato de ir à zona, não permite o efeito final – o dito êxtase coletivo. Quisera um dia poder sentir o verdadeiro prazer ao me dirigir à zona, totalmente liberto de dogmas hipócritas, produzidos por representantes públicos dúbios, oportunistas e aproveitadores, os quais vivem em um país de estruturas e sistemas viciados. Expurgá-lo, só a longo prazo e ao custo de inúmeras gerações. Criado em: 06/10/2012 Autor: Flavyann Di Flaff

CICLO VICIADO

Nesta eleição como na regular, percebemos, de forma descarada, a atuante presença do mirífico corporativismo das necessidades individuais. Essas subjugam, subvertem e relegam a utilidade coletiva do órgão (Conselho Tutelar) a mero puxadinho (vínculo) empregatício, no qual são recebidos e colocados os amigos e parças da administração pública municipal, como nos tempos de outrora. Criado em: 06/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

CONTROLE REMOTO

A tecnologia homogeneizou a Humanidade! Transformando-a em uma criança mimada, que, uma vez sem o seu brinquedinho favorito, entra em estado convulsivo de birra. Revolta-se com tudo e com todos, até que consiga, por meio dessa circunstância afetada de exasperação da sensibilidade alheia, reaver o seu controle remoto. Criado em: 17/09/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

O QUE PASSA E FICA

O afeto, o sorriso, a boa palavra, o acolhimento. Enfim, tudo aquilo que não cause patologias para os outros e para si. Criado em: 05/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff