Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março, 2022

SIMULACRO

Em toda esfera de poder, este nunca é passado, de fato, democraticamente. Antes, é tomado de assalto por aqueles que se autodenominam apenas adversários e não inimigos. As tensões existentes nesse micro universo faz desse ato algo recorrente, regra entre seus frequentadores, fruto de uma democracia corrompida. O cidadão, como um mero espectador, condicionado midiaticamente, de nada toma ciência, não só porque tem desinteresse, mas também pelo sentimento de impotência diante do que lhe parece imutável. Uma vez que o mundo em que vive não passa de um simulacro de uma democracia ideal, construído propositalmente para entorpecê-lo e mantê-lo alheio à realidade dos fatos que os cerca. Portanto, uma ferramenta de controle social utilizada pela esfera de poder que rege o seu universo. Criado em: 03/07/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

METAVERSO

A vida entrou em um automatismo irreversível. No piloto automático, fazemos de um tudo. Atribuímos e agradecemos este fabuloso conjunto, praticidade e comodidade, ao mundo virtual, como se as nossas vidas fossem preservadas a cada não esforço exercido. Assim, seguimos fingindo não ter consciência de que o sedentarismo existencial é a aceitação passiva de nossa finitude. Afinal, somos a espécie topo de cadeia, não admitimos jamais falhar, muito menos aceitar o game over passivamente, pois a vida é um bônus infinito que recebemos ao vencer as complexas fases de Life is strange. A mente resumida a nada guardar; a vida, a um fardo insuportável; o amor, a um eufemismo de posse; a empatia, a uma fraqueza emocional; o respeito, a um ato de inferioridade; a vivência de uma experiência, a um mero status nas redes sociais. É a técnica de  machine learning convertendo as ações do ser humano em um perfil sintético complexo, já quase em um caminho sem volta. Assim caminha a Humanidade em um c

TEATRO NONSENSE

  No tabuleiro do jogo político, temos que ver atentamente os movimentos feitos pelos respectivos jogadores. Não só ouvir, mas também decifrar o que está nas entrelinhas dos discursos proferidos por eles. A tabela é feita pelas forças políticas hegemônicas e apoiada por inúmeras outras instituições ilibadas da sociedade. A final já fora há muito planejada, toda a mediação foi feita para que apenas aqueles dois a disputassem. Tornando os demais em coadjuvantes nessa disputa – meros enchimentos do sistema democrático eleitoral. Nessa disputa, não há derrotados, o que existe são pessoas que se candidataram a um posto mais elevado e não obtiveram êxito, porém continuarão dentro do jogo, exercendo as mesmas funções ou em cargos administrativos dentro de uma nova gestão. Para os diretamente envolvidos, essa peleja é só mais um espetáculo e como tal merece toda pompa e circunstância. Caras e bocas, trocas de farpas, simulacro de uma DR (com as perguntas do tipo “o povo quer saber”), tud

CRENDICES POPULARES

 

PROVÍNCIA

Na minha cidade natal, quando exerce a sua governança, o rei até parece criança de uma cidade provincial.   É só olhar a praça, que logo se vê a mudança. Ontem, os canteiros verde-esperança; Hoje, azul e branco, cor da Graça.   Às calçadinhas novas, não resisti. Aquelas por onde andei, já não são como as que hoje vi. As suas antigas pedras na lembrança guardei. Elas já foram brasileiras; Hoje, eu sei, são portuguesas.   Na minha cidade natal, quando exerce a sua governança, o rei até parece criança de uma cidade provincial.   A cidade fica toda faceira, quando está inteira maquiada. Tem obra no centro e na feira, com muitas outras licitadas.   Em um ritmo frenético, acelerado, segue aquela o passo municipal, tal qual martelo agalopado.   O esquecimento é o mal que toma conta da cabeça do povo. Quem antes errou, é rei de novo.   Na pressa de mostrar serviço, mete-se os pés pelas mãos, faz-se de tudo um pouco, ficando tudo por dar conclusão.   O poder é um vício. Quem provou, por ele fic

DESEPERO

Neste mundo globalizado, só semeiam a dor e a destruição. Distribuem soluções em cápsulas, que não passam de paliativos, já que nada curam.   Manhã, tarde e noite, sinfonia de gritos, num desconserto institucionalizado – fundo musical insólito de um caos generalizado.   É o Mal travestido de fatalidade, fruto do culto à banalidade – princípio normativo lógico de um grupo social patológico.   Até gritarmos: ─ Parem! Para assim, podermos viajar no escuro, sendo, um do outro, pajem; Usando-nos, mutuamente, como escudo.   Nesse caos autoconstruído, habitamos por conveniência. Nesse inferno constituído, eterno labor é a sobrevivência.   Mergulhados nesse mundo abissal, os ouvidos se enchem de ruídos, o corpo só do que faz mal. A razão e a sabedoria – o bom senso – é destruído.   Como afogado que, depois do mergulho, da água sente pavor. Sentimos um forte engulho e emergimos com lavor desse nosso mundo extraviado.   De volta à superfície, o desespero é o Sumo Pontífice, só quem dele tá pr

VENDEDORES DE ILUSÃO

Na propaganda institucional, a cidade ideal numa só filmagem. O povo lá não chora, só ri, para não desmanchar a maquiagem. Estilizada assim, a vida parece perfeita. Sem revelar as dores e as mazelas, a cidade fica até mais bela. O segredo do negócio é vender ilusão, assim agem os salvadores da pátria em tempos de eleição.   Criado em: 04/03/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

SIMPLES ASSIM...

  Por mero interesse eleitoral, podem até prometer baixar o preço dos combustíveis. Porém, quando assumirem o cargo, nada farão realmente, pois não é uma coisa tão simples como querem que acreditemos. Segundo especialistas, depois da quebra do monopólio estatal (1997), da capitalização (2010) e da adoção da Política de Preços Internacionais (dolarização do preço dos combustíveis, em 2016), o governo federal entrou numa armadilha, pois, se não intervir na Petrobras para reduzir o preço dos combustíveis, o valor vai aumentar ainda mais. Se atuar para que a estatal reduza os preços, como o governo vem tentando, será acusado pelo mercado financeiro de "intervir" na empresa. O que acarretará prejuízos financeiros à Petrobras, não só através da perda de valor de mercado, mas também   das ações judiciais que os acionistas minoritários impetrarão, como já vimos, quando foram detectados indícios de corrupção na compra de equipamentos pela empresa petrolífera nacional. Criado em

PÓS-MODERNIDADE

  Quando quase tudo é lixo, o assunto, que está bombando, transforma-se na coisa mais importante. (Flavyann Di Flaff)

MEU ERRO

Tudo aconteceu tão rápido. Você apareceu ingênua, insinuando-se toda para mim... Respeitei, e por ter sido tão honesto ao me conter, o destino lhe convenceu a se afastar de mim... Mas não desisti e lutei! Paguei um alto preço por ter insistido nesse sentimento sincero e inocente, o qual você desprezou ao pensar que, as rosas remetidas por mim, fora outro quem enviou. Hoje vejo que insistir foi o meu erro, mas aprendi a lição! Segui em frente, sem olhar para trás, tentando não lembrar de você nunca mais.   Criado em: 05/03/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

EMPODERAMENTO

A fiar em casa, como Penélope ficava. Da fresta da janela, via que aos poucos a Humanidade se degenerava. Pessoa de defeitos parcos, um poço de virtudes, onde muitos vinham a sede matar. Porém, neste mundo globalizado, mostra-se os tornozelos em particular e o escândalo é generalizado, transformando-se em trending topic – coisa típica das redes sociais. Então, cai a Bolsa, a máscara da vergonha, e os antigos valores vão junto, engole-se a peçonha e o caráter vira defunto. Vira-se noites e copos, reviram-se corpos em coitos na cama do autoengano – leito de quem não se ama. Assim, festejando só o prazer, finge celebrar o poder de liberdade – Gaiola de ouro dos alienados (os sem sanidade)!   Criado em: 08/03/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

APOLOGIA

Pode apagar os velhos traços, diminuir as rugas, arrumar a antiga face. Mas, dentro da minha cabeça, você será sempre você.   Sei que a realidade não é mais o que se vê. Ela agora é aquilo que nos impõe o modismo com sua intencionalidade persuasiva.   Não posso reverter o que está posto, nem bater de frente com a escolha que lhe deram. Apenas fecharei os olhos, para não vê o que agora você é. Nesse mundo distinto, vejo você autêntica, em sua natureza primordial. Aquela que fez meu coração sentir o poder da paixão.   O amanhã chegará, libertando a mim e liberando o novo você.   Criado em: 05/03/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

SER SOCIAL

  Em uma sociedade de aparências, acumular mentiras é normal. Seja no trabalho, seja no lazer, ou no ambiente familiar, ou em qualquer outro lugar, mentir é o bilhete premiado. Com ele, seremos inseridos em um caos organizado, no qual a inverdade conveniente abre as portas certas para solucionar os nossos problemas. A partir disso, obtemos nova identidade, registro legal do que nos tornamos. Com o tempo, o que fomos um dia, já não importa, pois Inês já se faz morta. Reclamar já não faz mais sentido, uma vez que estamos inseridos nessa sociedade de aparências, onde se faz bem mentir, desde que seja com ordem e decência. Assim, manteremos a virtude cívica, que é a hipocrisia, sempre perene, a nos vivificar.   Criado em: 04/03/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

OS INOCENTES

  A Rússia está invadindo a Ucrânia. A Ucrânia é um país com muitas milícias neonazistas. Neonazistas são novos adeptos do nazismo, regime genocida da Alemanha. A Alemanha matou milhões na Europa e milhares na Namíbia, país africano como o Congo. O Congo teve dez milhões de mortos em um genocídio praticado pela Bélgica. A Bélgica exportou armas, nos tempos da campanha de Canudos, para o Brasil. O Brasil matou até crianças na guerra do Paraguai, conflito financiado pela Inglaterra. A Inglaterra, que promoveu as duas guerras do ópio contra a China, venceu, na guerra dos sete anos, a França, que em 1940 foi humilhada pelos nazistas, os quais em 1945 perderam para os russos, os quais na guerra de 1904-1905 foram derrotados pelo Japão. O Japão matou crianças na China e cometeu outros crimes de guerra no Camboja, na Coreia, na Malásia, em Cingapura, no Vietnã. O Vietnã derrotou os Estados Unidos. Os Estados Unidos financiaram ditaduras na América Latina e Osama bin Laden no Afeganistão. O Af