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Mostrando postagens de setembro, 2013

COISAS DO CORAÇÃO

Já se diz, há séculos, que ninguém é dono de ninguém e que nada é para sempre! Portanto, esse negócio de sair por aí dizendo que fulano ou sicrana me perdeu é puro engodo para atrair apoio emocional à causa perdida. É retórica de quem ainda não se conformou que, nesta vida, tudo é passageiro, restando, apenas, as marcas indeléveis na memória de cada um, que tanto podem ser boas ou ruins, dependerá, na ocasião, do ponto de vista e do sentimento dos envolvidos. É típico do ser humano, quando uma relação termina, seja de que tipo for, falar horrores dos que decidiram partir sozinhos noutra direção, e depois que o mundo dá voltas, acabar se envolvendo, de novo, com aqueles que partiram e foram execrados. Essa ação é denominada de “ cuspir no prato que comeu ”, portanto, solteiros(as), recentes ou não, acalmem-se e vivam as oportunidades que a vida proporciona, porque as que já se foram não voltam mais. Contudo, as coisas do “coração” são imprevisíveis, de repente, aquelas voltam refeitas

DE UMA BATALHA PERDIDA

Só podia fazer parte do séquito de Lúcifer – o mestre da dissimulação! Dessa forma, o Cavaleiro tentava entender os últimos acontecimentos. Queria imaginar outras coisas que justificassem tamanha urdidura em que foi envolvido, mas tudo caminhava somente àquela justificativa. Como pôde? Por que dissimular? Por que não usar de honestidade? O Cavaleiro se questionava, pressionado pela dor que agora sentia. Era duro crer que tudo fora tramado pelo seu fiel escudeiro, uma pessoa acima de qualquer suspeita. Agora, a máscara caiu e não dá mais para remediar o estrago deixado em seu ser, resta-lhe suportar e superar a perfídia sofrida. Superação lenta e dolorosa, pois, em seu peito, agora arde o fogo da vingança, e se o destino – sempre senhor das coisas – o tivesse aludido pelo menos uma vez, teria enfiado a lâmina de sua espada até sentir bater o cabo na carne do infiel. Assim, por toda a confiança que depositara naquele e que fora relegada a nada, lavaria a sua honra para todo o sempre. De

EXPONDO A [SUA] NATUREZA

Deixes a beleza das flores encantar a paisagem, sem que haja por trás desse natural encanto uma intenção de quinta, só para atrair presas incautas e fragilizadas. Não alies palavras, reconhecidamente, doces e persuasivas, às flores incólumes ao anseio carnal dos homens predadores, se apenas procuras uma aventura. Cedo ou tarde, o teu verdadeiro interesse será exposto e o malogro não tardará. Pois, quem na sua essência é predador, mesmo que use disfarces, não conseguirá esconder, por muito tempo, a sua natureza. Criado em: 19/09/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

COISA DE CRIANÇA

Brinquedo esquecido, logo substituído por um novo. Brinquedo comprado, devido à persuasão contínua de um senhor da lábia. Homem dissimulado de palavras ternas e encantadoras. Canto de sereia aos ouvidos do cliente desejoso. Esquecido dos fortes e antigos laços com o brinquedo ofertado de coração. Criança perversa que, com pressa, negligenciou a presença do brinquedo, outrora amado. Brinquedo abandonado, parado, vendo a vida passar. Tristeza tamanha, dor sem fim, pois, noutro lado daquele mundo, criança necessitada não pode brincar. Brinquedo não pode comprar, mas se a criança perversa o brinquedo desprezado doar, a felicidade vai até à outra criança, assim que o brinquedo desejado chegar. Criado em: 11/09/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

DA ESPERA DE TODOS OS DIAS

Esperar cansa! Esperar tendo a certeza de que nenhuma alteração acontecerá, é ainda mais desanimadora. Esperar como coisa que foi esquecida num canto, não produz a mesma expectativa que se sente, quando se espera por aquele que deseja chegar. Essa sim, é a espera que alimenta todo aquele que aguarda a chegada prometida e cumprida. Esperar por nada é como morrer à míngua, alimentado, apenas, pela pretensa e dissimulada promessa de um retorno que nunca acontecerá. Antes procurar outro rumo, que perecer desse mal. Criado em: 12/09/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

COISAS DE QUEM PERDEU O BONDE DA HISTÓRIA

O que perdi? O que não posso ver? O que não ouvi? O que não percebi? O que não é para saber? O que fazer diante de tudo isso? Alguém pode me dizer? Criado em: 11/09/2013 Autor: Flavyann Di Fla ff

FINAL INDESEJADO

Como o agricultor sertanejo que, só com um olhar breve no céu, sabe se o plantio vai vingar ou não, pressinto a seca mortal no campo outrora fértil das relações! Como o jogador que antevê o próximo lance, prevejo a má sorte à espreita do que virá! Como a fera faminta que prevê o bote certeiro na presa desatenta, sinto que qualquer ação, neste momento, será vã! Tudo isso concorre para comprovar o que, há muito, já ocorre subliminarmente. Sinto-me só, pois apenas a Incerteza ronda faminta ao redor, implantando o terror no que já se encontra frágil, quase sem vida. Ser vítima daquela é só questão de tempo e este acelera seus passos rumo ao desfecho esperado, mas não desejado por quem, um dia, pensou ser eterno. Criado em: 11/09/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

POR UM DESCANSO COM AFETO

Neste presente, o que desejo é ter um porto verdadeiramente seguro para aportar minha nau − corpo cansado − e descansar da jornada no vasto Mar da Vida, local de inúmeras batalhas diárias. Sinto-me esquecido, abandonado pelo Destino, este, que sempre nos reserva situações imprevisíveis. Sou todo dor e "toda dor vem do desejo de não sentirmos dor", portanto, só desejo agora, descansar o corpo exausto, abastecendo-me de todo afeto possível de ser doado e retribuído. Porque nem só de pão vive o homem, mas de todo o afeto que ele puder dar e receber! Criado em: 07/09/2013 Autor: Flavyann Di Flaff