À sua maneira, inventou o amor! Antropomorfizou o escolhido e o levou para casa. Deu-lhe água, comida e cama quente. Todo dia tinha recompensa: uma companhia, um ouvinte atento, lambidas capciosas e nada de discórdia, tudo perfeito em seu mundo incriado. Tendo um dia ruim, fazia daquele amor uma terapia, livrando-se de toda carga negativa. Depois, vinha o seu queridinho, pelo afeto submisso, dar-lhe ternura. Era um aconchego, uma esfregação, sem ressentimentos, pura devoção. O tempo passou, seus desejos satisfeitos, criou abuso do, agora, seu desafeto. Colocando-o em uma caixa, deu-lhe um destino indeterminado, largou-o na rua da amargura, seu nome era Amor customizado. Criado em : 31/07/2020 Autor : Flavyann Di Flaff
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!