Hoje, a Nostalgia veio me visitar! Trouxe consigo álbuns de uma memória fotográfica impecável, que, juntos, fomos folheando um a um. Nesse momento, um turbilhão de emoções e sentimentos foi invadindo-me e transformando, em um holograma, cada instante congelado nas fotografias.
Enquanto folheava, a Nostalgia fazia-me relatos de cada momento, como em uma narração simultânea, fruto de uma intensa observação in loco. À medida que ela narrava, eu vivenciava intensamente a tudo. Sabia que, cedo ou tarde, dentro dessa narrativa, a presença de alguém que me afetou, surgiria, e era essa incerteza do quando seria, que me angustiava.
Dentro de mim, uma voz clamava por vê-la, a Nostalgia estava como testemunha disso. Então, você surgiu deslumbrante, com seus adereços infalíveis de conquista, o sorriso contagiante e encantador, uma simpatia irresistível e um jogo viciante. Como esquecer de tudo isso, se ficaram entranhados em cada fibra do meu ser. Por onde passo os meus olhos, a sua agradável figura aparece, como a marcar a sua presença por todo lugar, fazendo-me companhia.
Foram tantas as lembranças suas nesse dia, que, algumas, em vez de descrevê-las aqui, eu preferi senti-las. É que foram tão intensas, que se tornaram relíquias particulares. Assim, não percebi que as Horas, com inveja, passaram ao largo dos meus devaneios, induzindo a Nostalgia a partir, já que se fizera tarde. Despedimo-nos, então, com a certeza de um novo encontro.
Criado em: 9/7/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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