Estava há muito enclausurado no recinto da solidão, até que, inesperadamente, tocaram a campainha do coração. Uma ansiedade me invadiu, perguntando quem seria, mas como saber se faz tempo que a ninguém via. Essa interrogação se fez curiosidade ofegante, e enquanto hesitava se atendia ou não, o chamado se fez insistente ao som do turu turu do coração. Então, afobado, corri em direção ao portão, na expectativa de encontrar, ali, à minha espera, o tão esperado amor. Contudo, tão logo o abri, dei de cara com a calçada vazia, e ao olhar rua abaixo, uma criancinha de loiros cachos, asas de alvas penas e um pequeno arco e flecha sumia célere sem olhar para trás. Entristecido fiquei, pois, naquele infante, vi o amor fazendo troça de minha solitária condição.
Criado em: 25/07/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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