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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

UMA PEQUENA INSPIRAÇÃO

Você é como o nascer do sol numa bela e calma manhã de domingo, que devagarzinho vem surgindo e, despretensiosamente, vai me despertando, de forma terna, para um novo e prazeroso dia. Ao contemplá-lo, sinto-me pequeno diante de tamanha riqueza em brilho e tons, porém, com o passar do tempo e da chegada da noite, tal pequenez se desfaz. Só, então, percebo que, na verdade, somos iguais, apesar de cada um ter o seu distinto e devido valor. Afinal, somos divinas criações do mesmo Criador.                  Criado em: 07/01/2006 Autor: Flavyann Di Flaff

QUANDO CHEGA A HORA DA VERDADE

Chega o dia em que você decide, de forma firme e convicta, que viverá única e exclusivamente em função do seu próprio mundo. Só que aí, depara-se com uma dura realidade, a de que o seu mundo não é mais aquele que tanto imaginara, é apenas um mundinho que não faz nenhuma diferença. Portanto, a sua decisão terá que ser outra, conformar-se ou se revoltar contra essa época presente, na qual fora forçado ou se deixara viver em função de outro(s) mundo(s). No seu pensar habita a vontade de mudar, mas, em seu íntimo, há um forte receio a inibi-lo. Tenta refletir, porém o peso de suas mais de três décadas vividas, sem que nenhum porto seguro tenha erguido, fá-lo ainda mais hesitar. Olha ao seu redor com olhos de apelo, sem que seja atendido, deparando-se com a presente solidão dos ambientes. Perturbado, decide pelo recolhimento, esquecendo-se de que ao se recolher ferido, em vez de cicatrizar, só aumentará o seu sofrimento. Na solidão, reconhece a angústia do fracasso, cai em prantos,

VOCÊ PODE VENCER

Há muito o semblante anda tristonho, e no coração, uma dor profunda e infinita, faz morada. Motivos para tanto, existem inúmeros, mas solução, até aqui, nenhuma. O desespero sempre bate à porta, que nunca abre, não por sabedoria ou convicção do inquilino, porém pelo desânimo, que já o vencera e o impede de executar o simples gesto de abri-la. O tempo se tornou o seu carrasco mor, pois só lhe faz sentir mais angústia, em vez de lhe trazer alguma salvação. Esse transcorrer lerdo, só lhe faz afundar ainda mais nessa realidade apocalíptica em que ele se deixou viver. Nunca haverá culpados para merecerem xingamentos, revoltas ou desforras. Uma vez que, intimamente, reconhece que só o que sempre existiu, foi o seu eu, este, o único e eterno culpado por essa derrocada fatal. Então, só resta a autotolerância, já que se autoflagelar em nada ajudará a transpor essa má fase, que parece ser eterna, no entanto tem um fim programado. Basta-lhe, apenas, que concentre todos os seus esforç

POR UM SEMPRE FELIZ DE ANIVERSÁRIO

Hoje é mais um daqueles dias em que muitos comemoram e outros tantos, tentam bobamente omiti-lo. Já que só em olhar os seus rostos se percebe o tempo transcorrido até esse presente dia. Comparo esse transcorrer de mais um ano vivido, com o nascer de mais um neurônio em nossas, quase sempre, cabeças ocas. Pois há uma mudança, às vezes, leve, que ocorre sim em nosso ser. Parece que ficamos mais espertos, centrados nas coisas e nas pessoas e conseguimos, finalmente, a ter o controle do que sentimos (raiva, desânimo, confiança, etc). Porém convenhamos, ainda existem aquelas pessoas que, mesmo com o pesar e o passar dos anos, resistem em mudar o jeito ranzinza de ser, “nascem tortos e morrem tortos”. Nesta data festiva, aproveite não só para comemorar, mas também, para fazer um balanço geral dessa vivência, e  se assim, você perceber que só teve mais erros que acertos, mais dores que sorrisos, mais fracassos que sucessos, não se desespere. Pare, reflita e perceba, que de alguma for

AMARGO APRENDIZADO

Por que há muito não lera as entrelinhas de tuas feiticeiras palavras? Com certeza, teria poupado horas de devaneios por ações que só agora percebi, que nunca seriam realizadas, já que elas foram apenas inventadas, com o único propósito de me fazer passar, por apenas um mero pseudo namorado teu. Quantas horas desperdiçadas, crendo que tudo o que dizias, era o mais puro e verdadeiro reflexo do que sentias. Quando, na verdade, era só mais uma ilusão que fiz crescer, alimentada pelo entusiasmo que as tuas palavras me faziam sentir e isso era o que te dava prazer, quando em minha companhia. Uma vez que jamais tiveste outra intenção, se não a de me fazer passar por tolo. Hoje, sei que fui só mais uma vítima de teus muitos ardis para seduzir e que o meu sincero intuito de ser o teu legítimo namorado, fora menosprezado em detrimento de teus desejos fúteis e egoístas. Pois enquanto eu só queria a recíproca no sentimento, que julgava existir em ambos, tu só querias mesmo, era diverti

TRANSFORMAÇÃO PELA LEITURA

Quando a necessidade obriga o homem a labutar cedo demais, o entendimento das coisas ao redor fica parcialmente restrito e, assim, ele se torna mais um nessa imensa massa de manobra usada para os mais vis interesses. Ele vive, mas não participa. Executa, porém não questiona. Escuta e aceita, todavia não discorda. No final de tudo, reconhece-se como sendo, apenas, só um mero figurante nesse contexto social discriminatório neste país. O tempo passa e ele vai adquirindo conhecimentos de vida, entretanto sem o devido entendimento de sua causa e efeito. Nesse momento, percebe que necessita de conhecer o porquê das coisas e decide retomar o ofício de aprendiz. Com o devido domínio da escrita, abrir-se-ão as portas da leitura e, assim, ambas em perfeita sintonia, concorrerão para o seu pleno entendimento de tudo que rege o mundo ao derredor. No início, seguirá ajudado pelo saber alheio, mas logo estará a desvendar as maravilhas do conhecimento, com suas próprias convicções. Uma v

UM ALGUÉM PARA AMAR

Será que me amo de verdade? Pergunto isso, porque, às vezes, sinto-me impotente diante da possibilidade de amar alguém plenamente. Dizem que tudo começa a partir de si mesmo, então penso que deve estar acontecendo algo de errado comigo. No meu íntimo há um enorme desejo de poder amar, plena e verdadeiramente, um alguém, sem ter sobre mim, o peso do receio de certas consequências que trará este ato tresloucado. Já que o medo em demasia o aniquila ainda no ventre da mente, sem que tenha a mínima chance de ser concretizado. Nesse presente está latente em mim uma imensa vontade de se lançar nesta imprevisível aventura, que é amar loucamente alguém. No entanto, falta-me coragem, um incentivo, que me faça empolgar e entrar de vez, de cabeça mesmo, nessa façanha desvairada. Será que aparecerá alguém que me dará tal estímulo? Torço para que surja logo, posto que sei que tudo isso proporcionará um enorme prazer à alma e ao coração. Criado em: 29/01/2006 Autor: Flavyann Di Flaf

APENAS UMA COMPARAÇÃO

O felino, na sua astuta natureza pela sobrevivência, espreita silenciosamente a sua presa. Vai se movendo sorrateiramente, até se revelar bem no último instante, quando terá a certeza de que a caça não lhe escapará. Quem numa conquista se revela de todo, antes de ter a certeza de que o outro já sucumbira diante de seus apelos? Assim vemos o jogo da sedução, no qual podemos e usamos diversos e sutis ardis, com a única intenção de ter o outro ao nosso lado. Depois da conquista, alguns agem como as feras, que já saciadas, partem, deixando, para trás, o que restou de sua presa, esta, quase sempre, em pedaços. Já outros, mais humanos e, por isso, sensíveis, acabam se entregando ao desfrute dos prazeres proporcionados por quem fora conquistado, o que convenhamos, será sempre o melhor desfecho.  A vida e o ser humano serão sempre indecifráveis, pelo menos, àqueles que insistem em observá-los por um olhar pragmático. Criado em: 30/01/2006 Autor: Flavyann Di Flaff

A VERDADE DOS DISCURSOS POLÍTICOS

Nas palavras proferidas pelos políticos em época de eleição ou em pleno exercício de suas funções, só existe uma verdade e esta, infelizmente, poucos podem perceber. Já que é descrita de forma subliminar. No entanto, podemos resumi-la em uma única frase: é a divulgação sutil dos interesses pessoais que serão satisfeitos em detrimento do bem-estar social comum. Criado em: 05/08/2006 Autor: Flavyann Di Flaff

PELA INFORMALIDADE DE UMA PAIXÃO

Nunca assuma que sou a sua paixão de forma convicta! Pois prefiro que continue na eterna dúvida, porque é nela que nos entendemos muito bem. É na ansiedade de obter uma certeza, que cometemos os maiores e mais prazerosos atos. Fazemos tudo para que o outro se agrade e nessa ação natural, quase inconsciente, praticamos o gesto mágico do dar e receber, sem a sensação da obrigatoriedade. Nem percebemos a breve partida, visto que nos alegramos com a volta do outro. Enfim, toda essa festa só acontece, devido ao fato de se manter a informalidade na afeição. Quando cometemos o ato de reconhecer a paixão, damos a ela uma formalidade que não convém a esse sentimento, já que isso é altamente nocivo à sua sobrevivência. A esse gesto, comparo com a formalização de uma sociedade em contrato jurídico, uma vez que é a partir desta ação, que tudo terá que seguir um conjunto de regras preestabelecidas a fim de aquela ser duradoura. Mas como esse sentimento foge a regras, agindo de forma espont

MURMÚRIOS E SUPLICAS DE UMA VIDA SOFRIDA

Nessa vida – via crucis – em que vivo, o fardo que carrego sobre o corpo parece não ser meu, mas sim, de um Golias, tamanho é o sofrimento que me causa. Mesmo trocando constantemente de ombros, as chagas já se fazem presentes, as pernas vacilam, pondo ao chão os joelhos, ferindo-os. A cabeça dói, como se me coroassem rei de todos os pecados absurdamente mortais, coroa de espinhos que não mereço de todo. Ao longo da caminhada, escuto comentários maldosos que açoitam o meu ser, como se fora o chicote de um carrasco, e como se tudo isso não bastasse, diante de mim, ainda zombam do jeito que levo a vida, equivalendo tal ação a uma cusparada na face. Não suportando tamanha aflição, exponho aqui o meu murmurar. Sei que só dais o fardo de acordo com a capacidade de cada um em carregá-lo. Mas como somos carne, fraquejamos e, antes mesmo de iniciarmos a caminhada, supomos não suportar a carga. Por isso, dai-nos forças para iniciar e suportar tal missão, porque na vida cada um é responsáv

A COMPLICADA ARTE DE TERMINAR UMA RELAÇÃO

Eis que chega o dia em que temos de nos apartar, até mesmo, daqueles que nos fizeram bem! Este dia veio numa frase dita meio que de supetão, não importando quem fora, se um ou o outro, o seu emissor ou o receptor. Mas, apenas, que ela soou assim: “melhor terminarmos tudo!”. Logo um silêncio sepulcral imperou, e uma angustiada reflexão, em ambos, instalou-se. Enquanto um pensava que ali se efetivava a sua liberdade, o outro só imaginava o quanto sofreria por tal perda. Todos evitam ter que enfrentar esse dia, já que ninguém quer assumir que será o algoz do outro, pois esse, geralmente, é quem mais arcará com as consequências ruins de tal ato. Na cabeça, só há um pensamento, o de que mesmo ciente que maltratará o que era querido, tudo findará de uma forma satisfatoriamente racional. Bom seria se nesse caso existisse uma afinidade, suficientemente, capaz de fazer-nos pressentir a estagnação da relação e, assim, ao dialogar, cada um seguisse seu próprio caminho, sem muitas, longas e d

A INCAPACIDADE DE MUDANÇA DO VOTO

Andam propagando aos quatro cantos do país que o voto é a arma do cidadão! Como se o mesmo tivesse algum poder perante as verdadeiras quadrilhas organizadas instaladas nas sedes dos três poderes. Todo político, por bonzinho que seja, jamais chegará a ser um “santo”, já que mesmo em suas mais ínfimas ações, sempre prevalecerá o seu interesse particular. Isso explica porque nem todo empresário pode ser um ótimo político, já o oposto é, com toda certeza, mais provável. Sempre faremos essa pergunta que parece não ter resposta: será mesmo que votar implica na melhoria dessa secular e corrupta classe política? A única certeza que temos é que o voto muda apenas as pessoas que ocupam o cargo, mas nunca mudará a consciência usurpadora dos bens públicos que impera na grande maioria daqueles que ocupam os gabinetes das câmaras e assembleias desse país. De nada adiantará votar noutra sigla partidária ou mudar de candidato, porquanto o descaso e o desmando com a coisa pública continuarão a ac

ÚLTIMOS PASSOS DE UM SUICIDA

Eis que, no Vale das Sombras e da Morte, chega mais um novo visitante! Com passos decididos, caminha sem pressa; seu nome, ninguém sabe. O porquê de estar ali, só ele mesmo sabe; pois, aos seus, nada insinuou ou comentou. A sua aparência demonstra uma tranquilidade rotineira àqueles que sempre fizeram parte de sua convivência, mas, em seu interior, uma batalha já está praticamente decidida. Restando, apenas, seguir o  script  existencial de sempre, só que de forma derradeira, para que ninguém pressinta o que já está por vir. Sobram apenas dois dias, o suficiente para se despedir daqueles que, de alguma forma, foram-lhe camaradas. Escondidas sob frases de agradecimentos, são declarações sutis de um adeus. O tempo parece colaborar como se fora um mero figurante, restando, agora, algumas horas para o desfecho inevitável de uma vida. O semblante está sereno como nunca estivera antes, mesmo naquelas suas raras situações de extrema calmaria existencial. Porém, antes da autoexecução sumária,

CONTRADIÇÃO

No cotidiano da dura e presente realidade, confirmei que a tua tão propagada paixão por mim não era mais que meras palavras virtuais. Pois bastou apenas uma breve ausência minha no ciberespaço, para ter a certeza desta tua encenação sentimental.  Até então, pensava que a ponte construída entre nós fosse de mão dupla. Entretanto, na distância, percebi que ela era de sentido único, apenas de mim para ti. Se sempre desejavas ações da minha parte, devias ter a consciência de que também esperava um retorno teu para com as minhas, principalmente, estando afastado. Por isso, estou muito decepcionado, mas, de certa forma, conformado. Uma vez que vi cair a tempo, a máscara que tanto usavas para me iludir. Talvez esteja a me angustiar antecipadamente, apenas por algo insinuado e ainda não concretizado de fato. Contudo, para quem se acostumara a só ler palavras elogiosas e cheias de paixão, uma atitude como esta se apresenta como um claro sinal de contradição entre o teu pensar e o teu agir,

DA SEDUÇÃO

Sinto que andas por demais presunçosa, sinal de que pensas que já conquistaste o que traçaste por meta, mas te digo que gente é demasiadamente diferente de coisas. Logo, quando pensares que conquistaste, fora aquela quem te conquistou ou escapara da tua armadilha de sedução. Ando fingindo-me de fácil, para que te sintas a grande conquistadora, entretanto, jamais pensei que isto te faria se sentir a todo-poderosa. Agora vejo decepcionado o quanto és vacilante no conquistar, pois enquanto és a pomba posando de águia, eu sou a serpente se fingindo de morta. Qual será das duas, que sairá vitoriosa? Faça a sua aposta! Aprendi que em uma conquista, devemos ser sempre claros e transparentes, para que logremos êxito sem consequências maléficas. Jamais devemos usar de algum tipo de artimanha, visto que teremos enormes chances de sermos vítima de outras tantas. Criado em: 09/10/2005 Autor: Flavyann Di Flaff

CERTEZA DA REALIZAÇÃO

Minha vida agora é uma eterna espera, na qual o coração se desespera, devido a uma imensa ânsia de tê-la bem perto, só para poder tocá-la, senti-la, amá-la. Olho ao redor e você ainda não se faz presente! Mesmo aguçando os demais sentidos, ainda assim, permanece imperceptível a sua presença. Então, caio na real e tomo consciência de que ainda não faz e não faço parte de uma realidade só nossa. Contudo, de certa forma, fazemos parte, por enquanto, de uma rotina virtual, na qual pomos à prova e exercitamos sentimentos, sensações, impressões e emoções, que já estão presentes em nosso ser. Torço para que essa prática virtual não venha a se tornar algo conveniente para ser usada como uma possível autodefesa. Com o único intuito de encobrir uma insegurança, que, por ventura, venha a perturbar a existência de fortes sentimentos de um para com o outro. Não quero ter reservas e nem espero ser recebido com elas, já que prefiro e desejo correr os riscos de uma entrega mútua. Sem exigências

REFLEXÃO SOBRE A MORTE

A morte está em derredor com suas garras mortíferas − prenúncio de um ataque feroz e fatal. Sempre à espreita, sem nenhum senso de escolha, surpreende até os mais precavidos. A única coisa de racional que nela existe, é o que ela representa, o término do ciclo da vida de cada um de nós mortais. Fora deste contexto, tudo não passará de mero devaneio de algumas mentes insanas. Há quem tenha plena consciência de que seu dia chegará! Alguns ainda tentam fingir que não irão e outros, apavoram-se apenas em pensar nisto. Como se assim, pudessem adiar ou impedir tal desfecho. A verdade é que ela sempre rondará as nossas vidas, como em um vil jogo de “roleta russa”, no qual nunca se tem a certeza de quando será abatido ou se escapará ileso. Resta-nos aproveitar a nossa existência da melhor e mais sensata forma possível, sob pena de sofrermos, mutuamente, o arrependimento por não termos desfrutado o tempo em que convivemos com os outros. Criado em: 27/06/2005 Autor: Flavyann Di Flaff

ÚLTIMA TENTATIVA

Nesse momento da vida, sou um mero espectador sentado à beira do caminho, sem tino e sem destino. Na cabeça mil pensamentos a me torturar, que mais parecem um monte de sonhos irrealizáveis, como tantos que já tive nesta presente existência. Impraticáveis não por mera falta de vontade, mas devido a outras ausências que sempre fogem ao alcance do nosso querer, já que independem de nós. Hoje, ainda enquanto espectador, vejo pessoas distintas a passar por mim, como desiguais também são os seus comportamentos e rumos. Vendo-me, assim, ficando para trás, sinto uma imensa tristeza me corroendo por dentro, querendo envenenar a minha alma, entretanto não posso, não devo permitir tal desfecho. Quando chega a noite e, interiormente, recolho-me ainda mais, ergo o olhar há muito desanimado ao céu. Como última tentativa de obter uma solução para este presente estado de estagnação, em que se encontra a minha vida. Tomara que tal auxílio divino não demore, a ponto de um alguém conhecido dizer qu

QUASE SEDUZIDO

Que feitiço é esse que em mim lanças e, aparentemente, parece ser desprovido de alguma pretensão? Coisa forte que invade e já toma a mente, espalhando-se, paulatinamente, por todo o meu corpo. Cada vez que converso contigo, uma nova porção me lanças, chegando em forma de frases melosas, provocantes, que, sutilmente, vão penetrando no âmago deste ser carente. Quando, às vezes, a ti, me revelo, inspiro ainda mais o teu proveito em mim. São imagens que atiçam tua astúcia, a ponto de te fazer formular uma nova trama para mais me prender.  Quase me sinto vencido pela tua sedução.  Esta luta é injusta, pois, enquanto tento não ceder, também quero, em ti, perder-me.  Quanta confusão pode causar uma virtual e provável presença! Mesmo, assim, ela ainda pode ocorrer, principalmente, se a eventual vítima for uma pessoa já há muito solitária e sedenta de vontades carnais.   Criado em: 11/09/2005 Autor: Flavyann Di Flaff

SENTIMENTO RENOVADO

Na juventude, os romances se sucedem igual a vestuário em guarda-roupa feminino. Dando-nos uma falsa certeza de que jamais nos afeiçoaremos ou valorizaremos alguns deles. O tempo passa, as pessoas mudam fisicamente, e suas vidas evoluem ou se estagnam, mas suas essências permanecem quase intactas. Tornando fácil a lembrança daqueles que, de algum modo, fizeram parte de suas vivências e quando isso ocorre, é celebrado como um grande e inesperado encontro, no qual tudo ou até mesmo nada pode acontecer. Quando vi e de você fiquei perto, senti que fora um encontro especial. Uma vez que sensações passadas foram aflorando em mim. Estranhei a princípio, mas me recordei que as senti, quando nos conhecemos pela primeira vez. Pensar que, apesar de tanto tempo afastados e de nossas vidas terem tomado rumos distintos, ainda fosse sentir algo que sempre julguei comum a todos os outros relacionamentos vividos. Justamente, por alguém que outrora convivera e que tratara da mesma forma terna, com

QUERENDO VÊ-LA E TÊ-LA COMIGO

Se for a palavra que lhe elevará e a trará para mim, então, será com ela, se preciso for, que irei até seu mundo e levarei como presente o meu. Desta união, formar-se-á o nosso mundo, que terá a dimensão que os nossos sonhos e desejos determinarem. Você falou que para vislumbrá-la, fazia-se necessário dar toques ao celular. Então, melhor que o som dele, é a palavra escrita. Esta sim! Toca mais e fundo qualquer ser, por isso, escrevo: hoje pensei em você! Sigo tocando-a incessantemente, pois anseio por demais, vê-la. Por isso, digo que pensar em você, jamais será um ônus, mas, sempre, uma contribuição voluntária e contínua para ganhar um grande bônus final, que será a igualdade no olhar. É crendo na esperança prazerosa de sermos premiados, que não deixo de tê-la em minha lembrança. Vou mudando as palavras, como quem alterna os tipos e a intensidade dos toques, para, assim, mais e melhor agradar. Porém, sem jamais perder a sensibilidade e a ternura que os caracterizam. Faço, fiz

UMA FANTASIA DE CARNAVAL

Como estão próximos os dias momescos, percebo uma alegria fugaz presente nas pessoas que por mim passam. Até parece que tais dias realmente serão os últimos de suas vidas, já que tudo se findará numa quarta-feira de cinzas. São programações, preparativos e prévias só para aprimorar essa animação breve, que nesse período os contagia. Entorpecendo-os e dando lenitivo para as dores, frustrações e males da rotina diária em que se tornaram as suas vidas. Não tenho o menor jeito para esses festejos carnavalescos, mas adoro o clima que eles proporcionam. É nesse período que a sensualidade mais aflora, ficando quase explícita, sem esquecer da alegria contagiante e intensa nesses três dias, que tanto faz lembrar o poetinha, quando escreveu: "que seja eterno, enquanto dure". Pois é, dura a prazerosa eternidade do tempo que se leva, para chegar à quarta-feira. Esta semana, não sei porquê, veio-me a ânsia de encontrar alguém que me desejasse e, assim, presenteasse-me com a fantasi

À ESPERA DE UMA INICIATIVA

Não te conhecia, é bem verdade! Mas te encontrando sempre a esmo, findou por surgir um interesse de minha parte. Algo silencioso, somente exposto, às vezes, em forma de sutis olhares, os quais tinha a breve impressão de que nunca os notaste. Penso que temos algo em comum: o fato de termos uma expressão facial séria, muitas vezes, até dura demais, perante os olhares e comentários alheios. Causando àqueles que nos veem, uma falsa impressão de que somos orgulhosos, insuportáveis e antissociais. Quando, na verdade, somos, apenas, pessoas normais, cheias de insegurança e carências diversas. Por isso, usamos tal semblante, estrategicamente sisudo, com a única finalidade de nos autodefender. Tenho certeza de que em nós existe um desejo de contato, primeiramente, verbal, depois, quem sabe, brota a oportunidade de nos conhecermos melhor. Só não sei de quem partirá tamanha iniciativa, prefiro pensar que ambos estão a se esforçar para que isso ocorra. Assim sendo, existe uma grande chance de

APENAS POR DESEJO

Hoje a solidão me assusta e o ócio sentimental me devora! São tempos intermináveis de inércia das mãos, do olfato, dos lábios e das emoções. Ando sem motivação para buscar algumas breves companhias, pessoas que podem satisfazer em tempo, tais momentos de apetite lascivos. Apesar da tamanha falta do ser oposto, não queria comprometer-me de todo, nem tão pouco, induzir alguém a me assumir. Sem que existisse um sentimento recíproco, verdadeiro e duradouro. Porque o que desejo agora é saciar essa lascívia que me consome. Queria hoje, beijar e ser beijado, acariciar e ser acariciado, desejar e ser desejado, saciar e ser saciado. Enfim, poder conviver numa eterna troca com distintas pessoas, sem que, para isso, tenha que assumir um acordo formal de comunhão, por escrito ou verbalmente. Mantendo somente, o presente pensamento de saciar estes desejos mútuos, que em nós são muitos e bem latentes. Criado em: 14/03/2005 Autor: Flavyann Di Flaff

DO SAUDOSISMO

Toda vez que te vejo e isso ocorre esporadicamente, sinto-me torturar por um desejo incontrolável de querer voltar ao passado, só para poder fazer parte deste teu presente. Só assim, seríamos totalmente compatíveis, posso estar cometendo, com isso, um grave equívoco de pensamento, já que, hoje, existe uma democrática e tolerável convivência entre as faixas etárias na sociedade. Mas é este pensar, que me dá forças para tentar aceitar o fato de não termos sido mais que conhecidos. Jamais entenderei o porquê dessas forças sobrenaturais, que tanto impulsionam certos fatos a ocorrerem, não terem contribuído positivamente para conosco. Tal inconformidade se perpetua há anos neste meu ser, sem que haja uma esperança viva de resignação. Queria não mais te ver, só para não ter que sentir aquele friozinho na barriga, o corpo transpirar e o coração acelerar, toda vez que preenches a minha retina. Entretanto, milagres são para poucos! Até me atrevo a dizer, que é só para os mais “santos” e d

O RECONHECIMENTO

Hoje, estando em meu canto, veio me assediar uma lembrança viva de uma época irreal e não muito distante. Há tempos evitava tal momento, já que sabia que isso me transformaria em um incomodado saudosista. Bons tempos em que éramos apenas palavras inconsequentes, em um plano puramente fictício. Ainda inseridos nele, fizemos a triste descoberta de que anos-luz nos separavam física e mentalmente, mas sei que nunca nos importamos com isso. Tal lembrança viva me fez sentir inúmeras emoções, entretanto, apenas uma ficou a perdurar até hoje e esta é a de tê-la comigo, desejo  que nunca se concretizou. Hoje posso afirmar, que foram vários e distintos motivos a impedir essa realização. Para não me torturar vida afora, conformei-me com a simples explicação de que se não nos entendemos, foi porque não era para isso ocorrer. Muito embora, existisse um forte indício de interesse em ficarmos juntos. Descobri que o tempo nos fez evoluir, pois nos proporcionou a chance de percorrermos novos ca

EM NECESSIDADE

Quanta dor suporta um coração? Será que uma dezena, uma centena, uma milhar ou pouco mais que uma só? Hoje com tristeza, descubro que o meu coração, já dá sinais de enfado. Parece não mais suportar a carga que lhe é imposta. Foram e são tantas as aflições que me atormentam, que não estranho o seu enfadar. Não ando encontrando soluções para tantos pequenos infortúnios, dizem que não há solução sem Deus. Então, descubro, assim, que ando por demais longe dEle. Penso em recorrer à divindade, mas desanimo, pois é como um constante pecador que me encontro. Por isso, murmurando, questiono-me: como clamar pela redenção dos meus pecados, se em fração de segundos eu os renovo? Ah, quanta confusão em mim! Sofro e não consigo achar solução, necessito de ajuda, no entanto não clamo. O que faço agora?! Criado em: 23/04/2004 Autor: Flavyann Di Flaff

SOBRE A ADOLESCÊNCIA

Adolescer é perigosamente complicado! A adolescência, geralmente, é ligada ao aspecto físico e emocional do ser humano. Os seres nela envolvidos se destacam pelo belo porte físico, pelo bom desempenho de atração e pelo poder de ser o centro das atenções. Causando sempre, para quem não se encaixa nesse perfil, sérios traumas psico-sociais. Podemos citar dois deles: o isolamento, onde o indivíduo inferiorizado se afasta dos demais e a rebeldia, sempre em forma de uma pessoa antissocial, onde o indivíduo quer mostrar a sua aversão a tal padrão e/ou, simplesmente, assim se comporta, por estar carente de uma maior atenção. O adolescente, mesmo sendo um ser em completa transformação, se imagina ser autossuficiente. Os adultos, muitas vezes, tentam não relevar tal comportamento, como forma de manter uma melhor convivência. Mas atualmente, o adolescente anda muito arredio, quase sempre, quer impor as suas incompletas considerações, sobre assuntos que não domina ou não tem o devido conhecime

DA MINHA GUERRA INTERIOR

Aqui estou! Não como um cavaleiro de armadura reluzente assoberbado em seu posto de comando, apenas dando ordens em vez de estar combatendo nas fileiras. Mas, sim, como um incansável guerreiro, com trajes já totalmente rotos, esfarrapados em batalha, que por serem tantas, fazem com que as feridas se acumulem em meu corpo fadigado, sem que possa ou haja tempo para cicatrizá-las. Posso até distinguir as mais recentes sob estes trapos que as protegem, pois o sangue escorre em porções generosas, mostrando, com isso, que essas manchas em minha armadura não são de sangue inimigo, porém de mim mesmo. A dor também é uma companheira fiel e rotineira, no entanto não devo desistir ou me entregar, não posso, pelo menos, não agora! Foram tantas causas perdidas, todavia nelas não havia inimigos a combater. Existia apenas eu, sempre a me enfrentar, muitas vezes, de maneira sórdida, sarcástica. Venci uma vez e, em algumas outras, vi-me derrotado. Eu, guerreiro sempre ferido, inúmeras vezes me ajo

CANSADO DE VOCÊ

A minha quota de aceitação da sua pessoa se esgotou! Não apareça na minha frente, pois a sua presença me causa repulsa. Nada fale, uma vez que a sua voz, agora, irrita-me. Não quero saber mais dos seus problemas de relacionamento, porquanto não mais me interessam. Não venha com seus desabafos, que eles não me fazem compadecer mais. Não venha chorar perto de mim, visto que isso, agora, faz doer os meus ouvidos, tirando a minha paz. Cansei de ser o compreensivo, de ser aquele a quem você recorria toda vez que algo lhe incomodava. Cansei de ser aquele que você dizia, para muitos, ser seu apaixonado, mas que nunca foi verdadeiramente reconhecido como tal. Agora, não quero saber de nenhum pedido de perdão seu, recurso que sempre utilizava, quando percebia que eu estava irritado por mais uma de suas sarcásticas brincadeiras. Hoje, eu quero ser livre das amarras desta díspar amizade. Buscarei uma em que haja troca de sentimentos, de confiança, de lealdade, tudo isso na mesma medida.

DA TUA [NOSSA] DECEPÇÃO

Pensavas ser forte e quiseste conquistar, mas foste conquistada por um alguém que julgavas ser perfeito.  Permitindo, assim, que uma empolgação momentânea e ilusória te invadisse, fazendo-te esquecer que o ser conquistado passa de cidadão livre a escravo subjugado, preso pelos grilhões de sua própria cegueira sentimental. Como todo servo passivo, submisso por sua livre vontade, fazes o que o teu “amado” senhor decreta. De tão cega que estás, ignoras o que bem está à sua vista, nem percebes que o teu “amado” senhor de ironias nunca te poupa. Mas, mesmo assim, segues a dizer para todos do quanto tens apreço por ele, a ponto de irritar os que te cercam, devido a esta tua desmedida hipocrisia. Com o correr do tempo tiveste vontade de ter a certeza do que vivenciavas, desejando saber se o teu senhor tinha igual apreço por ti. Mas qual não foi a tua decepção ao ouvir daquele que diante de todos veneravas, que nada sentia por ti, a não ser a total falta de interesse pelo sentimento que

DA TUA DESAGRADÁVEL AUTODEFESA

Conhecida amiga, quero pensar que o que estás sempre a fazer àqueles que te cercam, são fruto de pequenos distúrbios emocionais provenientes desta fase adolescente em que te encontras. Passados alguns anos de convivência, percebo que as tuas fugas da responsabilidade em assumir alguns atos falhos são constantes. Como quando ficas desatentas às incômodas situações criadas por ti; quando das tuas constantes explosões emocionais em algumas pequenas discussões, das quais sempre és a protagonista; quando da tua presente facilidade em se ofender, toda vez que discordam de ti; quando da tua sempre desagradável mania de querer chamar a atenção a qualquer custo; quando da tua desprezível empolgação de contar vantagens sobre os outros em tudo; quando das tuas fatigantes e frequentes reclamações de fracassos sentimentais ou em outro campo pessoal; quando dos teus constantes esforços em se justificar, quando cometes certos deslizes, que nunca assumes. Tudo isso são coisas comuns a quem quer dar

TEU NOVO COMPANHEIRO

Por uma fraqueza de sentimentos me deixei ser conquistado por ti e me envolveste com tuas falsas promessas de um amor verdadeiro. Infelizmente, só fui descobrir que me enganavas, depois de um longo tempo de convivência e de total entrega e, isso, muito me feriu para sempre. Não é possível que o dia em que te arrependerás e chorarás por teres despedaçado inúmeros corações, que para ti, sem mistérios, se entregaram, não chegue. Todos crendo em uma recíproca que nunca tiveram, já que sempre estavas envolvida numa próxima conquista. Não sei como consegues olhar nos olhos de quem está ao teu lado, enquanto, sutilmente, finges uma correspondência sentimental que, na verdade, não existe, uma vez que interiormente já o rejeitaste. Só sendo por puro sarcasmo, que executas tal façanha. Sei que alguém te perguntará, em poucos anos, pelas pessoas que cruzaram teu caminho e que pensaram em seguir harmoniosamente contigo e, mesmo assim, as desprezaste. Sei que nada responderás, neste momento,

ANJO CAÍDO

Do nada apareceste salvando-me deste presente abandono! Brincando de seduzir, envolveste-me. Fazendo com que o meu coração te escolheste. Nas tuas asas voei na paixão, conhecendo o prazer e a luxúria. Tinhas o dom da palavra, sabias falar tão bem e mansamente, que, em certos momentos, mais parecias um anjo. Encantado que estava, comecei a gostar de ter sido cativado por ti, porém no auge desta empolgação, da mesma forma como apareceste, sumiste. Deixando-me, de novo, imerso na solidão. Passado algum tempo, fui percebendo que não eras dessa terra, mas que pertencias a outro mundo. Juntando todas as evidências, descobri que eras realmente um anjo, entretanto, não qualquer um. Eras sim, um anjo caído e, por isso, já não tinhas uma boa índole. Com certeza, devido a um grave erro, foste expulso do paraíso, perdendo os teus dons celestiais. Já segregado, recebeste “qualidades” humanas e, sem saber, foste enviado ao meio terreno, a fim de ter a tua última chance, sim, a última, porque o