Pensavas ser forte e quiseste conquistar, mas foste
conquistada por um alguém que julgavas ser perfeito. Permitindo, assim, que uma empolgação momentânea e
ilusória te invadisse, fazendo-te esquecer que o ser conquistado passa de
cidadão livre a escravo subjugado, preso pelos grilhões de sua própria cegueira
sentimental.
Como todo servo passivo, submisso por sua livre
vontade, fazes o que o teu “amado” senhor decreta. De tão cega que estás,
ignoras o que bem está à sua vista, nem percebes que o teu “amado” senhor de
ironias nunca te poupa. Mas, mesmo assim, segues a dizer para todos do quanto tens
apreço por ele, a ponto de irritar os que te cercam, devido a esta tua desmedida hipocrisia.
Com o correr do tempo tiveste vontade de ter a
certeza do que vivenciavas, desejando saber se o teu senhor tinha igual apreço
por ti. Mas qual não foi a tua decepção ao ouvir daquele que diante de todos veneravas, que nada sentia por ti, a não ser a total falta de interesse
pelo sentimento que por ele nutrias. Com isso, percebeste então, o quanto
foras fraca, cega e iludida. Enquanto te esforçavas para que os outros, no
contrário, acreditassem.
Soube que depois do ocorrido o teu sofrer fora imenso
e que pensaste em soluções esdrúxulas para curar essa recente ferida, que
ainda sangra. No entanto, triste fiquei de verdade ao saber que de mim, nenhum pouco lembraste. Nem sequer para me contar essa história com a tua própria boca em
forma de desabafo, para que eu pudesse te dar o meu consolo e conforto.
Não me preocuparei demasiadamente com isso, pois sei
que, na vida, há momentos assim, nos quais, muitas vezes, as decepções parecem nunca
ter fim. Às vezes, mesmo estas nos sendo alheias, por amarmos muito a quem elas pertencem, rapidamente, passam a ser nossas também, e é assim que agora me
sinto, como a ti, igualmente decepcionado.
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