O
amor que sinto por ti, nada mais é que o sentimento humano de posse, de
obsessão ou de desejo. Pois enquanto estiveres comigo, terás que realizar os
meus disfarçados e íntimos anseios carnais. Sob pena, se assim não procederes,
de seres logo substituída por outra. Sem direito a explicações ou
justificativas plausíveis, nem tão pouco a desculpas ou perdões.
É
assim que funciona este amor pregado e festejado entre os seres opostos. No
qual a satisfação pessoal vale mais que a mútua, e quem por ele foi abandonado,
que junte seus pedaços bem longe de quem o seduziu.
Quando
sós, os seguidores desse amor ficam a falar em sensibilidade e exaltam o
romantismo, cruéis ardis que só servem para atrair novas vítimas. Estas candidatas a
futuras frustrações, traumas que carregarão para sempre em suas vidas.
Continuaremos a agir assim até que despertemos para o outro amor, o universal, este sim, o verdadeiro, o único que cresce toda vez que se doa. Não está condicionado ao retorno de suas ações para com o outro. Portanto, quando o reconhecermos como sendo o mais adequado à convivência e começarmos a agir de acordo com os seus preceitos, notaremos a mágica mudança no jeito de nos relacionarmos não só com o ser oposto, mas também com todos aqueles que nos cercam.
Criado em: 22/10/2004 Autor:
Flavyann Di Flaff
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