Conhecida amiga, quero pensar que o que
estás sempre a fazer àqueles que te cercam, são fruto de pequenos distúrbios
emocionais provenientes desta fase adolescente em que te encontras.
Passados alguns anos de convivência,
percebo que as tuas fugas da responsabilidade em assumir alguns atos falhos são
constantes. Como quando ficas desatentas às incômodas situações criadas por ti;
quando das tuas constantes explosões emocionais em algumas pequenas discussões,
das quais sempre és a protagonista; quando da tua presente facilidade em se
ofender, toda vez que discordam de ti; quando da tua sempre desagradável mania
de querer chamar a atenção a qualquer custo; quando da tua desprezível
empolgação de contar vantagens sobre os outros em tudo; quando das tuas
fatigantes e frequentes reclamações de fracassos sentimentais ou em outro campo
pessoal; quando dos teus constantes esforços em se justificar, quando cometes
certos deslizes, que nunca assumes. Tudo isso são coisas comuns a quem quer dar
uma resposta a alguma inferioridade sentida, provocada, talvez, por alguém
desconhecido ou de sua própria convivência. Como somos compreensíveis,
entendemos como uma autodefesa, mas que bem poderia ser uma autodestruição, já
que podes perder para sempre as pessoas que te cercam. Elas adorariam obter uma
singela recíproca tua.
Como sempre, nos esforçamos para sermos, constantemente, compreensíveis contigo. Cremos que tudo isso é só uma fase, que quando começares a te tornar um ser adulto (quiçá, não demore tal transformação), ela logo se dissipará e poderás, enfim, retribuir esta nossa solidária compreensão.
Criado em: 13/05/2004 Autor: Flavyann Di Flaff
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