Esqueci-me de
quantos encontros marcamos, sem nunca termos realizado nenhum. Não sei, até
hoje, de quem fora a culpa por inúmeros desencontros, mas isso, já não importa.
Passado um
ano, marcamos mais um encontro, só que, desta vez, tudo ocorreu como há muito e
muito planejamos. Vieste até mim com ar displicente, roupa leve e olhar fixo
ao nosso redor. Pois parecias cismada com uma possível presença de algum
conhecido, por isso, pediste para andarmos um pouco. Aproveitando, te falei de
um lugar mais calmo, discreto. Censuraste-me imediatamente, acho que por puro e
justo receio, já que nos conhecemos naquele momento. Continuamos a andar e a
dialogar, com isso, foste cedendo, até que, concordaste comigo. Seguimos para
onde te dissera e lá chegando, conversamos mais um pouco e certo clima começava a rolar entre nós. Ainda resistindo, foste mantendo um jogo duro, que, aos poucos, ia ruindo. Trocamos olhares, toques, até nos beijarmos.
Sentimos o quanto estávamos atraídos um pelo outro, mas quando o fogo do desejo
nos convidava para mais algumas horas de ardor, quiseste partir. Fiquei
perdido, pensando que não agradara, mas logo em seguida, percebi que tinhas me
reservado uma prazerosa surpresa. Ao tentar fechar a porta, vieste por trás e
me abraçando, começaste a acariciar o meu membro, que, devido aos ensaios
anteriores, já se fazia ereto. Senti o tesão me consumir e, novamente, voltamos
ao interior da casa. Ainda agarrada em meu falo e pronunciando palavras maliciosas,
sentamos no sofá. Eu em teu colo sentindo tua mão a me acariciar, já quase delirava de prazer. Tu, a sussurrar
em meu ouvido, pediste para que eu gozasse mais e mais. Meu membro, já em fogo,
realizou o teu desejo, mas ainda, quiseste bis. Respondi que o terias, entretanto, de uma
forma calma e prazerosa, dizes então, que já se faz tarde. Decidimos
partir, já com o pensamento em uma outra excitante oportunidade.
Noutro dia,
conversamos a respeito do ocorrido e insinuamos o que poderia ocorrer em uma próxima
vez. Ideias foram surgindo, a partir do momento que tu me instigavas a criar
novas situações. Ficava louco, tamanha era a excitação que me provocavas com
este teu atiçar.
Quando
novamente nos encontramos, já não havia mais jogo difícil a se fazer, mas um
momento a se aproveitar. Novamente ali, naquele conhecido lugar, mal entramos e
já nos abraçamos ferozmente, trocamos beijos ardentes, roçamos nossos corpos em
amassos distintos. Até que o desejo nos tomou e eu, sem me conter ou me inibir, fiz-me desnudo, trazendo-te para mim. Tu, apesar de vestida, entraste na dança
e sem temor, encenaste comigo, doces e distintas posições, que só me faziam
delirar. Com a malícia de uma ninfeta, castigavas deliciosamente o meu falo,
que já vibrava com o toque do teu corpo em cima dele. Ah, como era bom te ver
ali, ao vivo, a executar o que tanto planejáramos! Ver o teu rosto com aquele
ar sacana, provocando-me, tocando-me, roçando em mim, como gata matreira e
carente.
Tinhas uma
aparência, que, ao primeiro olhar, insinuava fragilidade. Puro engano de uma
primeira impressão, que logo se dissipou, a partir do momento que nos tocamos. Já que descobri que tinhas um jeito decidido, uns toques firmes e precisos, que
tanto me fizeram murmurar de prazer.
Não esquecerei
jamais esses nossos encontros, uma vez que, em tão curto espaço de tempo, nunca
apareceu alguém que causasse tamanho furor em meu carente ser. Foram momentos
breves, mas que, por terem sido tão intensos, provocantes e prazerosos,
deixaram uma enorme vontade de quero mais. Todavia, infelizmente, se esvairá
numa longa, interminável e incerta espera, porque, de certo mesmo, só existe a
lembrança do que foi realizado por nós dois.
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