Chega
o dia em que você decide, de forma firme e convicta, que viverá única e
exclusivamente em função do seu próprio mundo. Só que aí, depara-se com uma
dura realidade, a de que o seu mundo não é mais aquele que tanto
imaginara, é apenas um mundinho que não faz nenhuma diferença.
Portanto, a sua decisão terá que ser outra, conformar-se ou se revoltar
contra essa época presente, na qual fora forçado ou se deixara viver em função de
outro(s) mundo(s).
No
seu pensar habita a vontade de mudar, mas, em seu íntimo, há um forte receio a
inibi-lo. Tenta refletir, porém o peso de suas mais de três décadas vividas,
sem que nenhum porto seguro tenha erguido, fá-lo ainda mais hesitar. Olha ao
seu redor com olhos de apelo, sem que seja atendido, deparando-se com a presente solidão dos
ambientes. Perturbado, decide pelo recolhimento, esquecendo-se de que ao se
recolher ferido, em vez de cicatrizar, só aumentará o seu sofrimento.
Na
solidão, reconhece a angústia do fracasso, cai em prantos, entretanto não se deixa
vencer pelo desespero. Ergue a cabeça, solta um forte suspiro, ainda não
foi o derradeiro. A cabeça parece pesar toneladas, não pelo peso físico, porém pelo psicológico, uma vez que tem que organizar, urgentemente, uma reação! Ainda
não pediu ajuda, não por orgulho, todavia por vergonha de ter se
deixado fracassar.
Estas
horas que antecedem um desfecho incerto, mais parecem com o passar de mil dias, tamanha é a sensação de nunca findarem. Contudo, eis que chegará a hora da verdade, na qual o fraco não é aquele que se deixou
vencer. Entretanto, aquele que se deixou abater pela derrota e dela,
ninguém escapará, nem mesmo você!
Criado em: 21/05/2006 Autor:
Flavyann Di Flaff
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