Hoje
a solidão me assusta e o ócio sentimental me devora! São tempos intermináveis
de inércia das mãos, do olfato, dos lábios e das emoções.
Ando
sem motivação para buscar algumas breves companhias, pessoas que
podem satisfazer, em tempo, tais momentos de apetite lascivos.
Apesar
da tamanha falta do ser oposto, não queria comprometer-me de todo, nem, tão
pouco, induzir alguém a me assumir, sem que existisse um sentimento recíproco,
verdadeiro e duradouro. Porque o que desejo, agora, é saciar essa lascívia que me consome.
Queria
hoje, beijar e ser beijado, acariciar e ser acariciado, desejar e ser desejado, saciar e ser saciado. Enfim, poder conviver numa eterna troca com distintas
pessoas, sem que, para isso, tenha que assumir um acordo formal de comunhão, por
escrito ou verbalmente. Mantendo, somente, o presente pensamento de saciar estes
desejos mútuos, que, em nós, são muitos e bem latentes.
Criado em: 14/03/2005 Autor:
Flavyann Di Flaff
Comentários
Postar um comentário