Como pretexto para lembrarmos algumas pessoas que tanto fizeram e
fazem parte do nosso viver, rebaixamo-nos a ponto de limitarmos a nossa afeição
a meras datas comemorativas. É dia dos namorados, das sogras, das crianças, das
vovós, da mulher, das mães, dos pais e tantos outros.
Existem pessoas que incorporam, com afinco, este espírito
mercantilista que está subentendido nessas datas, a ponto de se chatearem, só
por não terem recebido presentes no seu dia respectivo. Vejo, nesse ato, uma
imensa falta de espiritualidade.
Já é sabido que todas aquelas datas foram criadas, não para que
pudéssemos expressar o nosso afeto às pessoas, porém para induzi-las a
consumirem mercadorias, proporcionando o aumento da receita dos lojistas e indústrias.
Não é que deixemos de comprar algo, mas que tenhamos a consciência de consumir
apenas o que é necessário, e para se demonstrar gratidão a alguém, não é
impositivo dar presentes, podemos demonstrar com reconhecimento e consideração.
Partindo do princípio de que nossos entes queridos são dignos de
demonstrações de afeto diárias, devemos entender que tais datas são oportunas,
apenas, àquelas pessoas falsas, que, presenteando, tentam expressar um
sentimento que não possuem, falseando-os para com o outro. Elas só aparecem
nessas ocasiões, como se, agindo assim, demonstrassem alguma consideração a seu
semelhante.
Homenagens, aos que somos eternamente gratos por nos dar belos e educativos exemplos, palavras de incentivo ou por alguns gestos de solidariedade, devem ser feitas em forma de demonstrações de carinho, respeito, consideração e reconhecimento mútuo no dia a dia. Nunca em dias programados pelos senhores do capital, que, em sua maioria, são insensíveis.
Criado em: 08/08/2004 Autor:
Flavyann Di Flaff
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