Nesse
momento da vida, sou um mero espectador sentado à beira do caminho, sem tino e
sem destino. Na cabeça mil pensamentos a me torturar, que mais parecem um monte
de sonhos irrealizáveis, como tantos que já tive nesta presente existência. Impraticáveis
não por mera falta de vontade, mas devido a outras ausências que sempre
fogem ao alcance do nosso querer, já que independem de nós.
Hoje,
ainda enquanto espectador, vejo pessoas distintas a passar por mim, como
desiguais também são os seus comportamentos e rumos. Vendo-me, assim, ficando para trás,
sinto uma imensa tristeza me corroendo por dentro, querendo envenenar a minha
alma, entretanto não posso, não devo permitir tal desfecho.
Quando
chega a noite e, interiormente, recolho-me ainda mais, ergo o olhar há muito
desanimado ao céu. Como última tentativa de obter uma solução para este
presente estado de estagnação, em que se encontra a minha vida. Tomara
que tal auxílio divino não demore, a ponto de um alguém conhecido dizer que
fora tarde demais para me salvar.
Criado em: 28/08/2005 Autor:
Flavyann Di Flaff
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