Toda vez que vejo o teu corpo despido em uma fotografia, tenho a nítida impressão de que desejas mostrar tudo, menos as tuas formas. Ao retirares a tua pele artificial – tecidos multicores e facetados –, queres que leiam as tuas particularidades e não o senso comum do que é feminino. O teu cotidiano se insere nas entrelinhas do não verbalizado, revelando as tuas intimidades indiscretas para os amantes das minúcias do viver. Quem para ti olhar, só com desejo, atesta a sua patologia ocular, já que nada mais verá a não ser o que está próximo, uma vez que enxergar o distante ficará imperceptível. Enquanto quem ver a ti, através da janela da alma, logo verá os relatos de alguém que conheceu e sabe as dores e o prazer de viver. Criado em: 30/09/2020 Autor: Flavyann Di Flaff
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!