Ontem, terra firme, hoje, solo volátil do cair em um abismo sem fim! Já foi dono de si, sublimou vontades instintivas, subjugou-se a uma vida regrada por certezas indissolúveis, porém, depois, todas elas se mostraram frágeis diante do improvável.
Foi o que podia ser, dentro de metas forjadas por uma conjuntura culturalmente estabelecida, e nesse ser o que podia, foi um fracassado perante a cultura vigente. Nada é, nada tem! Só lhe restam as marcas no rosto a divulgar os caminhos que trilhou, e, no coração, o mapa por onde deve caminhar.
Agora, só espera ainda ter força suficiente para seguir em frente, sem desnecessárias paradas – hesitações por nada saber do que virá –, as quais só servirão para atrasar essa sua jornada. Seguirá com medo, e na fé, atormentado por centenas de chagas abertas por passos em falso que deu e que para lugar nenhum o levaram.
Criado em: 03/09/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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