Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2013

DESPERTAS DO LOGRO

                  Vontade dá e logo passa! Portanto, não venha expô-la como algo duradouro, apenas para persuadir quem ouve. De início, pode até convencer, mas depois de um curto tempo, em razão dos comportamentos contraditórios àquela, logo o castelo de areia será desfeito. Não venha dar, em doses homeopáticas, como a testar com migalhas aquele que está ao seu lado, aquilo que já foi dado como certo, assim que se entendessem. Porque essa atitude só fará abrir as portas para a dúvida, não a sua, que já fora exposta, porém a alheia. Ela entrando, não restará pedra sobre pedra e tudo que arquitetou, ruirá. Abre os olhos e a mente, enquanto ainda há tempo, porque, depois, será tarde demais. Lembre-se de que, de migalhas, só se alimentam os cães cujos donos, os nobres, vivem de banquetes infinitos, sempre compostos por uma enorme variedade do que comer. Criado em: 30/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

ESPONTANEIDADE DE CRIANÇA

Hoje, a criança que fui e que estava adormecida, despertou! Acordou e, mansamente, surpreendeu-me conversando com a Paixão, aquela mesma que, outrora, tinha me visitado. Ato pueril que me deixou desconsertado, mas logo retomei o prumo e pude perceber nos olhos daquele inocente ser um brilho distinto. Como em toda criança a espontaneidade é predominante e para não fugir à regra, lançou-se em meus braços, perguntando se podia brincar com aquela que me visitava. Tenso, tentei dissuadi-la, de alguma forma, naquele momento, de tal vontade. Não lembro o que falei, porém a fez aquietar-se e não tirou os olhos da figura ali presente. Nesse instante, o diálogo que mantinha, já tinha ido para o espaço, pois a criança se tornara o centro das atenções. Na sala, só os olhares falavam, nada mais se fazia predominante. Tirei-a do colo e a pus no sofá, então me dirigi à Paixão, em tom de breve despedida, já que logo nos encontraríamos a fim de continuarmos a nossa intermitente conversa. Em seguida, a

CRENDO NA PERMANÊNCIA DO SENTIMENTO

Em uma cabana – símbolo da pequenez e fragilidade do que há pouco começara a sentir – o pescador aguarda a passagem da tempestade que, outrora, era só uma previsão. O céu escureceu rapidamente, os raios silenciaram os modernos meios de comunicação e a distância da costa só aumentou. Dias se passaram e um tsunami parece ainda varrer os mares inconstantes da vida, sem dar chances de retomar, urgentemente, a rotina prazerosa que se desenhava. O pescador medita e encaminha preces de saúde e força àqueles que sentem fortemente a tempestade como se estivessem no olho do furacão, pede para que não desanimem, pois as lutas fortalecem ainda mais a mente e o coração, quando temos com quem contar depois das batalhas. A tempestade cessará, o mar se acalmará e as redes serão lançadas para trazer o alimento que fortalecerá o que já fora plantado. Assim crê aquele que antes pescava e, agora, fora fisgado. Criado em:  22/12/2013  Autor:  Flavyann Di Flaff

AGUARDANDO O MOMENTO CERTO

Silenciar-me-ei, apenas o pensamento permanecerá ativo. Aguardarei, a partir de agora, sem ânsia, apesar das expectativas medidas, o momento adequado. Sem que haja nenhum resquício do peso das responsabilidades cotidianas e, muito menos, das pressões de tudo fazer ao mesmo tempo. Nas tempestades, nada se estabiliza, só reina o caos e, para resolvê-lo, mobilizamos todos os nossos recursos físicos e emocionais, não restando espaço para o que, no transcorrer da tormenta, nos traga a calmaria. Da qual não somos contrários, porém, é pela premente necessidade de vencermos primeiro a luta, para que, enfim, tenhamos um ambiente propício para os nossos sentimentos. Criado em: 20/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

NÃO DÁ MAIS PARA ESPERAR

  Até quando esperar? O tempo anda apressado nessas últimas décadas. Portanto, não dá mais para ficar sentindo a angústia da espera, fazendo do tempo algo vão. Quero, para ontem, o teu cheiro impregnando o meu olfato; quero, para hoje, saciar os nossos paladares com os sabores de nós dois; quero, para já, teus sussurros invadindo a minha audição. Por fim, com todo esse contato, sentir-te, sentirmos um ao outro, tato a tato.   Criado em:  18/12/2013  Autor:  Flavyann Di Flaff

DESFAZENDO ANTIGOS LAÇOS

Leve fico, não quando corto a corda, mas quando desfaço, com alegria e carinho, os laços que me prendiam àquilo que só tinha força para reter os passos, sem nada mais acrescentar àqueles que ficavam. Hoje, já seguimos caminhos conhecidos, porém rumo a destinos distintos, sem mágoas ou tristezas que firam nossos corações. Tendo plena convicção de que tudo fora uma troca de experiências, na qual um dos dois se doou mais, não por egoísmo do outro, todavia porque alguém tinha mais a repartir. Agora, sigo com empolgação e meta renovadas, não sei até quando, porém, plenamente confiante no que virá. Criado em: 15/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

LANÇANDO-ME À PAIXÃO

Agora é tarde, apesar de muito pensar, fechei os olhos e lancei-me no abismo nebuloso da paixão. Nada mais importa nesse instante, a adrenalina já me consome, o corpo sente a pressão de outro corpo junto. O olhar continua fechado, libertando a imaginação para os mais despudorados pensamentos − simulações de realizações plausíveis. Não tem como conter, a queda é lenta, o êxtase é a consequência de vários, distintos e pequenos atos a dois, e a ele chegaremos juntos, sem receios e com vontade, por querermos, como tínhamos combinado, mental e fisicamente, em um tempo desperdiçado no passado. Criado em: 15/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

EM ESTADO DE ENAMORAMENTO

Apesar de não sermos contemporâneos, é comum, quando estamos vivenciando este estado de êxtase, alçarmos voo, levados pelas asas frágeis de Ícaro. Posto que viver sob o signo da incerteza é a chave para melhor desfrutarmos este turbilhão de sentimentos-emoções, que é a descoberta contagiante do outro.  Teria algum encanto, sermos cientes de tudo, antes de experimentarmos? Não, nenhum! Então, como cego em tiroteio, lançar-me-ei rumo ao outro lado da rua. Não na esperança de logo alcançá-lo, são e salvo, mas pela adrenalina − prazer intenso e constante − que essa travessia me proporcionará. Mesmo não sabendo até quando, é bom sentir novamente o coração acelerar, as mãos gelarem, o corpo suar, a boca arder em beijos e, tudo isso, por um bom motivo. Uma vez que, se assim não fosse, não geraria inúmeras sensações agradáveis simultaneamente. Criado em:   14/12/2013   Autor:   Flavyann Di Flaff

CONHECER O OUTRO

O que é conhecer o outro, se não o estar atento às pistas que nos são dadas, de forma consciente ou inconsciente, durante uma intermitente convivência. A partir disso, então, juntá-las e, em seguida, analisá-las com paciência, interesse e bom senso. Para, só depois, emitir um veredicto, que em nada dará a você a certeza de ter achado uma boa companhia.   Criado em: 07/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff