Em uma cabana – símbolo da pequenez e
fragilidade do que há pouco começara a sentir – o pescador aguarda a passagem
da tempestade que, outrora, era só uma previsão. O céu escureceu rapidamente,
os raios silenciaram os modernos meios de comunicação e a distância da costa só
aumentou. Dias se passaram e um tsunami parece ainda varrer os mares
inconstantes da vida, sem dar chances de retomar, urgentemente, a rotina
prazerosa que se desenhava.
O pescador medita e encaminha preces de saúde e força àqueles que sentem fortemente a tempestade como se estivessem no olho do furacão, pede para que não desanimem, pois as lutas fortalecem ainda mais a mente e o coração, quando temos com quem contar depois das batalhas. A tempestade cessará, o mar se acalmará e as redes serão lançadas para trazer o alimento que fortalecerá o que já fora plantado. Assim crê aquele que antes pescava e, agora, fora fisgado.
Criado em: 22/12/2013 Autor: Flavyann
Di Flaff
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