Ah, as quatro estações! Quando elas se alternam, muda o tempo, o vento, o jeito dos seres a recebê-las. As árvores mudam as suas folhagens em cor e cheiro, renasce o que antes parecia morto. São fases majestosas que se completam a cada ciclo encerrado. Por mero capricho, tende o homem a querer imitar o que a natureza para si criou e, por isso, cheio de pretensão, pensa em fazer melhor. Rapidamente, começa a mudar as coisas que regem a sua existência, fazendo daquilo que ontem era uma solução, em um novo problema; daquilo que só lhe causava alegrias, em uma tristeza sem fim. Fazendo, também, renascer expectativas pessoais sobre o que mal conheceu, provocando o surgimento de frustrações para si. Por fim, antecipa sofrimentos em relação a coisas que inexistem em sua vida, uma vez que só habitam a sua mente e, assim, fazendo inversões de valores, mudando o que não devia, vai interferindo, erroneamente, no ciclo natural e perfeito das coisas que regem a sua vida, para, só depois, ver-se
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!