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Mostrando postagens de março, 2020

A RAÇA HUMANA

Desde o início desse mês, indiscriminadamente, você vem enviando mensagens de boas festas. São palavras pré-fabricadas de carinho, otimismo, felicidade, entusiasmo etc., muitas delas nem são lidas antes de serem enviadas, apenas foram escolhidas pelos enfeites coloridos que possuem. Todavia, você e milhões de outras pessoas foram motivadas por essa histeria chamada modismo, um gesto comum a toda uma multidão que sequer se preocupa em ser autêntica, pelo menos, uma vez por ano. Mas como ser autêntico não agrada a todos, é melhor e mais sociável agir com a conveniência de uma comodidade mais “humanamente” gentil de demonstrar o que deveras sentimos para com os nossos, imagine para com os demais. Diante de tantas demonstrações afetuosas de uma falsa consideração, fico a pensar se todos estão realmente prontos para dar tanto, sem sequer sentirem um pouquinho de receio de nada receber de volta. Coisa difícil para uma raça que vive constantemente a exigir atenção daqueles que a cercam, se

PORTUGUÊS À BRASILEIRA

De uns tempos para cá, precisamente, há uns 18 anos, tivemos aulas práticas de como utilizar certos substantivos no grau diminutivo, empregando o sufixo -inho / a , e, a partir da aplicação deles no discurso, a diferença entre sarcasmo (deboche) e ironia. Quando utilizaram o substantivo no grau diminutivo como defesa, foi ironia. Quando o usaram como ataque, foi sarcasmo. Agradeço, apesar da ignorância teórica insinuada, às aulas dadas por V. Ex. a s. Criado em: 31/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

TEOREMA

O dobro da ignorância do povo é igual à soma dos dois  supostos opostos. Criado em: 31/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

EXISTÊNCIA IRÔNICA

A vida real é dura! Nascer num berço sujo, frio e rijo. Desapego ao imaterial em detrimento da ganância pelo desnecessário excesso de coisas. E mesmo assim, ela perdura. A voz da vida real ecoa pelo mundo afora em forma de gritos, através de bocas aparelhadas em decibéis inaudíveis. A vida real é democrática. Basta ver a igualdade presente nessa vida cotidiana. A violência é para todos, sem distinção. Como também são: a doença, a marginalidade, a impossibilidade de ascensão social e etc. A vida real é custo de vidas. Custa não votar, Custa não questionar, Custa aceitar o imposto, Custa ser conivente. Custa, mas o custo lhe chegará. O que é de grátis nesta vida real É contribuir com a democracia, votando. É agir como lagartixa diante dos discursos, É alienar-se às migalhas do executivo legislador. Da vida real não se pode fugir. Tão pouco fingir que nela não se vive. Quanto mais se cresce, Tudo nela fica menor.

FRUSTRAÇÃO REVISITADA

Como em um álbum de velhas fotografias, ali estava ela estática a me olhar. Um holograma que reproduzia, perfeitamente, alguém presente em uma fase da minha vida. Não mudara em nada no que diz respeito à época vivida, como se quisesse levar-me, conscientemente, a um tempo de muitas descobertas. Não me assustei, talvez por estar com a sensibilidade aflorada devido às baladas de outrora, as quais estava a escutar vorazmente. Ela continuava ali, presença insistente, querendo convencer-me a embarcar nesta viagem saudosista e eu, que pelo momento quase fui traído, tenho um lapso de consciência, o que faz lembrar-me do exato instante em que a vi pela primeira vez. Tudo veio à tona em segundos e o que prevaleceu naquela época, também foi mais forte no presente: a timidez. Essa indelicada conselheira me fez hesitar novamente e vi toda a frustração de outrora se repetir. Nessa hora, a música que começa a tocar é a mesma daquela circunstância, o que faz com que retorne à realidade e chore, só

A PERVERSÃO DO OLHAR

Certo dia, um espírito que muito tempo passara no eterno, com o intuito de evoluir, decidiu vir à Terra para exercer com sabedoria e justiça tudo o que adquirira, certo de que não mais seria corrompido pelas ações mundanas de outras reencarnações. Lá se foi ele, cheio de expectativas esperançosas, fartas de boa vontade e ânimo. Todavia, esquecera de um detalhe, por sinal, muito relevante: o de que, como em toda reencarnação, voltaria em um corpo material. Daí entender o porquê da fartura daquelas em seu espírito, agora evoluído. Assim que se acomodou em seu novo envoltório, a viagem começou! Chegou ao mundo como todos chegam, afinal, a vida segue seu curso natural e a primeira parte consiste em nascer, em seguida, o crescer. A ampulheta do tempo por várias vezes fora virada, sinalizando o prosseguir da segunda fase de sua estada no plano terreno. Logo tomou consciência de tudo e de todos ao seu redor. Então a hora tão esperada, chegou! Qual perspectiva do mundo seria exposta? As l

PARA REFLETIR

Aqui, no Brasil, é interessante vermos que, nesses tempos de pandemia, os países estrangeiros são aludidos como exemplos positivos a serem seguidos. Enquanto em tempos de "normalidade", por outro motivo qualquer, quem assim fizer, é logo taxado de possuidor do "complexo de vira-lata". O que vemos então, é que tudo depende da conveniência dos interesses alheios. Criado em: 22/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

VIDA VAZIA

Oh, como fui perder-me por esta estrada da vida! Talvez tenha sido, demasiadamente, ingênuo, a ponto de não perceber que o que escolhi, não seria o suficiente para evoluir o meu ser. Escolhas, algumas feitas inconscientes, outras acossadas por uma segurança frágil, que muito me iludiram, já que pareciam, de certa forma, garantir alguma coisa, mas que, no fundo, não garantiam nada. Por elas, deixei de seguir meus impulsos, que tanto me exigiam ação, todavia, devido aquelas, pensei e, por fim, hesitei, sem tomar consciência do que me causariam. O tempo passou e paguei um alto preço! Hoje, já não tenho base sólida para decidir. Sofro angustiante arrependimento, seguindo vida afora sem norte. Vida vazia de sentidos, mas repleta de traumas existenciais. Manancial de onde bebem os meus piores fantasmas. Criado em: 21/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

LIBERTO

Enquanto com a tua beleza me encantava, em um jogo rápido, relaxei a guarda e deixe-me seduzir. Vi-me guiado por tuas veleidades a rumos desconhecidos. Já não adiantava mais tapar os ouvidos, o som da tua airosa voz, prontamente, enfeitiçou-me. Segui, cegamente, até as profundezas de tuas loucas manias, inconsciente das consequências. Saciada, partiste sorrateira, sem nenhum sentimento explicitado, apenas declamado em falas vãs. Cantilenas que, por enfadonhas repetições, convencem até aos mais céticos. Então, fiquei perdido em um repetitivo ressentimento, graças a uma culpa que não me pertencia, mas que me torturou por tempos a fio, até que me libertei e voltei a viver.   Criado em: 15/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

A DOR DO DESAPEGO

Ao nascermos o mundo nos impõe como verdade para vivermos de forma plena, a necessidade / dependência das coisas. Porém, não nos alerta acerca dos rituais que as cercam e que acabam por nos aprisionar, física e mentalmente. Libertarmo-nos então, implicaria em entrarmos em um estado psíquico de dor, moral e social, afinal, tornar-nos-íamos diferentes do já estabelecido. Oh, como dói viver minimalistamente! Criado em: 15/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

LAMENTO

Quando finda mais um dia, retorno para casa, meu lote de solidão. Retiro enfim a máscara do politicamente correto, como um pobre coitado de um palhaço que agradou a todos, menos a si mesmo. Cansado de tudo, lamenta por ainda viver em um mundo onde a hipocrisia pós-moderna impera.   Criado em: 08/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

REFLETINDO

A despeito de denominação, há muito amor dentro das igrejas nas horas em que dura o culto/a missa. Assim que a celebração termina, as pessoas entram em seus carros ou pegam o ônibus e retornam à rotina diária de suas vidas, sem vivenciarem aquele clima terno existente nos templos, até que chegue o dia do(a) próximo(a) culto/missa. É triste, pois, nas igrejas, as pessoas, independentemente do que são, ficam lado a lado, abraçam-se, dando um sinal de paz, de compreensão, de tolerância. Quando, na realidade, elas não agem dessa forma no cotidiano. Afinal, de que adianta, tal comportamento amoroso, permanecer apenas dentro daquele recinto? E apenas entre os seus pares? Qual a contribuição, para uma convivência saudável entre os seus semelhantes, que isso trará? Eis as questões com as quais tenho me confrontado, sem que consiga, até então, respondê-las. Criado em: 07/03/2015 Autor: Flavyann Di Flaff

ILUDINDO-NOS

Discurso político só serve para alienar. Já que não voga quando não há vaga de trabalho, não paga ao homem da venda e não enche barriga quando não se tem salário. Afinal, a vida é prática e utilitária, mas insistimos em ignorar tal verdade. Criado em: 03/03/2019 Autor: Flavyann Di Flaff