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LIBERTO

Enquanto com a tua beleza me encantava,
em um jogo rápido,
relaxei a guarda e deixe-me seduzir.
Vi-me guiado por tuas veleidades
a rumos desconhecidos.
Já não adiantava mais
tapar os ouvidos,
o som da tua airosa voz,
prontamente, enfeitiçou-me.
Segui, cegamente,
até as profundezas
de tuas loucas manias,
inconsciente das consequências.
Saciada, partiste sorrateira,
sem nenhum sentimento explicitado,
apenas declamado em falas vãs.
Cantilenas que, por enfadonhas repetições,
convencem até aos mais céticos.
Então, fiquei perdido
em um repetitivo ressentimento,
graças a uma culpa que não me pertencia,
mas que me torturou por tempos a fio,
até que me libertei e voltei a viver.
 
Criado em:
15/03/2020 Autor: Flavyann Di Flaff


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