Pular para o conteúdo principal

REFLETINDO

A despeito de denominação, há muito amor dentro das igrejas nas horas em que dura o culto/a missa. Assim que a celebração termina, as pessoas entram em seus carros ou pegam o ônibus e retornam à rotina diária de suas vidas, sem vivenciarem aquele clima terno existente nos templos, até que chegue o dia do(a) próximo(a) culto/missa.
É triste, pois, nas igrejas, as pessoas, independentemente do que são, ficam lado a lado, abraçam-se, dando um sinal de paz, de compreensão, de tolerância. Quando, na realidade, elas não agem dessa forma no cotidiano.
Afinal, de que adianta, tal comportamento amoroso, permanecer apenas dentro daquele recinto? E apenas entre os seus pares? Qual a contribuição, para uma convivência saudável entre os seus semelhantes, que isso trará? Eis as questões com as quais tenho me confrontado, sem que consiga, até então, respondê-las.

Criado em: 07/03/2015 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

ALICIADORES DA REBELDIA

         Nasce no asfalto quente, entre gritos roucos e cartazes mal impressos, o suspiro inaugural de um movimento popular. É frágil, mas feroz feito chama acesa em palha seca. Ninguém lhe dá ouvidos; zombam de sua urgência, ignoram sua fome de justiça. É criança rebelde pulando cercas, derrubando muros com palavras – ferramentas de resistência.           Mas o tempo, esse velho sedutor, vai dando-lhe forma. E o que era sopro, vira vendaval. Ganha corpo, gente, força, rumo. A praça se enche. Os gritos, antes dispersos, agora têm coro, bandeira, ritmo, batida. E aí, justo aí, quando a verdade começa a doer nas vitrines do poder, surgem os abutres engravatados — partidos, siglas, aliados, palanques — com seus sorrisos de vitrine e suas promessas de espelho, instrumentalizam o movimento para capitalizar recursos e influência política, fazendo-o perder a essência.           Chegam mansos, como quem só...