Do reino de OTPA (Onde Tudo Pode Acontecer), chega o lépido mensageiro que, sem cerimônias, logo expõe o decreto: – Desde já, fica determinado que ninguém poderá concretizar os seus anseios, sendo permitido, apenas, possuí-los. Assim proclama a minha Senhora! Tendo isso falado, retirou-se. Naquele dia, lamentos preencheram os ares, não teve um único ser que não tivesse sentido a mesma dor. Desde então, a atmosfera daquele ambiente transfigurava-se, toda vez que recebia uma visita, esta, quase sempre, era a aspiração de algum residente. O clima ficava pesado e triste por imaginar alguém desejando imensamente o outro ser e não poder tê-lo consigo, apenas por capricho de uma figura tirana e que nada entendia de sentimento. A cada visita recebida, era como se cada habitante daquela aldeia perdesse um ano de sua existência, que por não poder ser divida com o outro, ficara sem sentido. Ali, naquela aldeia, existia um habitante que, desde aquele fatídico dia, dormia e acordava inconform
Que a solidão seja um encontro consigo mesmo para renovar a força interior, e, nunca, a medida exata do quanto estamos sós!