A Vida é uma mulher temperamental! Estamos
juntos, literalmente, até que a morte nos separe. Testemunha ocular de tudo o
que fazemos e/ou aprontamos, comporta-se como um estranho que a tudo
observa, mas que em nada se intromete. Até que, num belo dia, quando decidimos
dar um rumo certo a dita cuja, eis que surge o repentino desacordo. Queremos
nos aliar a outro ser, porém ela, revanchista, mostra o fruto dos nossos
descasos, e, sem razão, murmuramos, pois, no calor da desilusão, perdemos a
capacidade de refletir sobre eles.
Ah, mulher cruel! Por que não nos censurou, quando cometíamos os desatinos? Assim, poupar-nos-ia de tamanha e oportunista desfaçatez. Gesto pensado de uma mulher calculista cuja pretensão é só a de nos cercear a liberdade de escolher com quem bem quisermos viver. Contudo, escuta, já que bem lhe dizemos, você venceu agora, porém, a partir de hoje, mais atentos, não cometeremos os absurdos e, assim, terá que permitir o seguir natural das coisas, sem revanches, desforras ou retaliações. Portanto, uma vez que plantaremos boas ações, pela Lei, dar-nos-á bons frutos.
Criado em:
19/07/2014 Autor: Flavyann Di Flaff
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