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Mostrando postagens de outubro, 2021

A COP AGORA É POP (Parafraseando a banda Engenheiros do Hawaii)

  Todo mundo tá revendo O que nunca foi visto, Todo mundo tá comprando O que é notícia.   A COP é Pop, A COP é Pop, A COP não poupa ninguém! A COP levou um tiro à queima roupa (da China!) A COP não poupa ninguém ? Será? Terá sanções? OMC, cadê você? Só quero ver! A solução é pra agora! Agora é 2030 como META. O Xi, no Jeep, assim falou: Agora já era, só em 2060! O Mundo queira ou não queira.   Toda causa universal é Populista é Pop, É motivo pra oportunista s! Mas afinal? O que é essa COP? Uma falácia ou encontro POP de líderes VIPs?   Criado em: 30/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

AO CAIR A LONA

  Primeiro vieram os anúncios, depois o circo foi montado. Assim que a lona foi erguida, fomos à lona diariamente, sempre colocados no corner por anúncios ininterruptos das performances circenses. Não havia um dia sequer em que a atmosfera apelativa do espetáculo indoor não invadisse a nossa rotina, causando incômodos alvoroços por entre as gentes da cidade. Mesmo quando os reclames não se faziam presentes, o assunto se perpetuava nas rodas de conversa fiada. Mas como bem dizem há tempos, não há bem que dure e nem mal que ature. Assim o espetáculo mingou, a repercussão cessou e o fuzuê acabou, então o circo arrancou as estacas, desmontou as torres e recolheu a lona. Encerrando, assim, a representação de uma realidade sistematizada e naturalizada há séculos. Nos dias seguintes, os anúncios sobre a turnê funambulesca ficaram escassos. Sem o circo montado, todo o resto da vida cotidiana não possuía sentido, era dessa forma que os anunciantes desejavam engendrar, em nossa consciência

PARA REFLETIR...

 

FACE DA PRÁXIS

  Ah, mal dita tecnologia! Veio com ar alvissareiro, revelando o mundo a partir do nosso próprio terreiro.   Escondendo, em si, um estranho paradoxo: Faz do distante, o próximo; do já perto, o distante. Dos laços, uma rede de encosto para os futuros desenganos.   Como substância botulínica, promete esconder os traços de tristeza presente, simulando uma felicidade perene.   Simulacro de outra realidade, conceito bizarro do eu mesmo; Mostruário de capas e carapuças de caimento perfeito em um qualquer.   Roteirizando a vida, banalizou-a literalmente, eliminando qualquer resquício de novidade. Simultaneamente, sei de tudo, porém nada guardo. À fartura de informações, assim me enquadro.   Então, o que era novidade, virou rotina açodada, que, antes era malvista, agora é compartilhada.   Criado em: 17/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

CARA DE PAU

  Naquele tempo, chegaram os homens avant-garde e desprezando a ornamentação, natural e bela, que a terra exibia, pintaram-na de suor, sangue e lágrimas às custas de uma liberdade vigiada. O tempo passou, o mundo evoluiu e a terra, cara pálida, pelos contínuos “sucessos” dos herdeiros daqueles homens, foi maquiada com o último modelo democrático de marketing, ficando com a cara lambida e cuspida de quem a governa. Com o rei morto, outro é posto! Logo a maquiagem é desfeita e, com a cara limpa, a terra aparece. Demaquilada, exibe, nua e crua, a verdadeira face daquele que se esconde sob os convenientes enfeites. Mas, volta e meia, inicia-se um novo governo e o velho modelo oficial de maquiagem administrativa é aplicado. Criado em: 16/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

ESSENCIAL

  Tudo o que foi vivido, ficou escrito, não tem mais como apagar. Remoer o passado nem sempre é bom, imagine remoer somente aquilo que nos machucou? Esse tipo de atitude só atrapalha o presente e acaba com as possibilidades de algum futuro para a nossa vida. Quando o amor que foi jurado e construído a dois desmorona, resta-nos sempre o nosso porto seguro – o amor-próprio – para renovarmos as energias e seguirmos fortes vida afora. Afinal, quando um relacionamento não dá mais certo, bola pra frente, amar-se em primeiro lugar é a essência para qualquer recomeço. Criado em: 13/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

ENQUANTO GIRA O MUNDO

  Assim que desembarcou no mundo, ele começou a dar voltas. A infância passou como um meteoro repleto de momentos inesquecíveis, a adolescência fluiu como barquinho de papel carregado de experiências significativas no agitado mar da vida. Seguiu girando, sob seus pés, o mundo. A maioridade chegou com o peso que a gravidade lhe deu. Era como se todas as horas leves e agradáveis – suspiros doces – tivessem permanecido na memória enquanto os instantes duros dela saíssem e se materializassem em um grande fardo a ser levado jornada afora, com o agravante de aumentar a cada década vindoura. Seguia girando, sob seus pés, o mundo. A maturidade veio como jiló! Foi com um sabor amargo que se fez presente. Desembrulhado sem uma expectativa sã, pois a experiência de outros carnavais deixou marcas profundas. Parecendo brinquedo quebrado produzido em escala industrial e que passou despercebido pelo controle de qualidade, precisando, agora, de um recall que em nada muda, só causa a falsa impress

AVISO AO MAR RASINHO

  Ó mar rasinho, eu rio de ti! Marulhar-se por tão pouco, um simples gracejo de alguém da corte da dama da venda, quase chega a ser um abuso de autoridade. Olha que podes passar a sensação de falta de ética aos mais legalistas. A pitoresca comparação do que estás a fazer com o espetáculo burlesco de um circo mambembe, só revela a versatilidade das tuas ações e das de teus iguais, que transformam movimentos corriqueiros em grande novidade. Acalma a tua sanha, volta ao teu leito esplêndido e murmureja a teus pares que conseguiste transformar aquela marolinha na maior onda do momento. Criado em: 06/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

QUEDA DO SISTEMA

  Por não se reconhecer instável, ela caiu em si! A máquina do sistema tropeçou na própria soberba, ficando ao rés do chão por alguns minutos, tempo suficiente para que a vida despertasse por entre o asfalto da consciência há muito sufocada. Porém, parte dela, fragilizada, diante do sol inclemente da realidade, desesperou-se e, murmurando, reivindicou a volta imediata de quem lhe oportuniza a servidão voluntária, hoje e sempre. Então, como por encanto, a máquina se levantou e, poderosa, com sua retórica algorítmica, reconquistou os recém-desamparados da praticidade e da comodidade modernas. Criado em: 05/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

MICROCONTO I

 

BOCAS APOCALÍPTICAS

  Não me venha com discursos prontos sobre temas universais, escritos sob a conveniência de interesses vis. Transcrevê-los não os renova, pelo contrário, só evidencia o quanto estão surrados como modelos únicos de um mundo ideal. Fantasia burlesca de um desejo coletivo que nunca se concretiza de fato, mas é sempre atiçado por aliciadores em busca de apoio eleitoral. Vendedores de ilusão, que, em nada, perdem para aqueles de indulgências no passado. Criado para obter vantagens durante o período eleitoral, esse mecanismo devora as esperanças dos que ainda sonham com um país mais justo e harmônico socialmente. Aquelas cantilenas em vez de me entorpecerem, fizeram-me despertar, mas logo me tacharam de louco, uma vez que, por estar consciente, rompi com o inconsciente coletivo. É esse que alimenta o mercado de ilusões, trazendo à tona tudo aquilo que nos foi herdado por meio dos nossos ancestrais, que, enganados, nos legaram o engano. Portanto, agora desperto, protejo, com questioname