Pular para o conteúdo principal

BOCAS APOCALÍPTICAS

 

Não me venha com discursos prontos sobre temas universais, escritos sob a conveniência de interesses vis. Transcrevê-los não os renova, pelo contrário, só evidencia o quanto estão surrados como modelos únicos de um mundo ideal. Fantasia burlesca de um desejo coletivo que nunca se concretiza de fato, mas é sempre atiçado por aliciadores em busca de apoio eleitoral.

Vendedores de ilusão, que, em nada, perdem para aqueles de indulgências no passado. Criado para obter vantagens durante o período eleitoral, esse mecanismo devora as esperanças dos que ainda sonham com um país mais justo e harmônico socialmente.

Aquelas cantilenas em vez de me entorpecerem, fizeram-me despertar, mas logo me tacharam de louco, uma vez que, por estar consciente, rompi com o inconsciente coletivo. É esse que alimenta o mercado de ilusões, trazendo à tona tudo aquilo que nos foi herdado por meio dos nossos ancestrais, que, enganados, nos legaram o engano.

Portanto, agora desperto, protejo, com questionamentos, os meus ouvidos, sempre que os pretensos legisladores abrem suas bocas, trombetas enunciadoras do apocalipse terreno.

Criado em: 01/10/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANDAR NA LINHA

  Quem se disfarçar por entrelinhas, um dia, o trem pegará!   Flavyann Di Flaff      03/10/2020

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff