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Mostrando postagens de 2019

PEÇA DEMOCRÁTICA

Roubo, bandidos, uma sirene que chora num ritmo de dor desesperado. Um comércio que fecha suas portas, deixando uma rua, antes, em efervescência, hoje, no ocaso.   Como uma flor que vegeta numa latrina, criaturas andam à procura de um abrigo, de um resto de comida, e, consorte, de um estado de oportunidades. Assistencialismo oportunista (populista)   Discursos políticos – cantos de sereias a ecoar – todo um povo a se encantar e a vibrar com as solidárias promessas.   Político, o teu discurso soa como música que faz cessar nos corações o amargor da vida marginal.   Mas, que lúgubre engodo! Cantavas simplórias soluções para as tragédias das massas falidas. Quando, na verdade, só pensavas em melhorar a tua vida. Que imperdoável papel!   Portanto, contra o teu veneno, estou vacinado. Somente um povo ignorante e alienado pode, a ti, dar sustento com galhardia. Ó encenação de paladino da democracia!   Criado em: 29/12/2019 Autor: Flavyann Di Fl

SOU MUSSEQUE

Minha essência é favela, onde, ao mesmo tempo, convive a plebe e o dono da cidadela. Onde ter fé é sinal de resistência, já que a distância entre o querer e o ter é a ilusão que alimenta toda crença. Onde de dia tem um povo que batalha, e à noite, outro que se impõe à base da metralha. Onde o sol nasce para poucos, enquanto a escuridão se institui para muitos. Onde a ação de agentes solitários acalentam a esperança de redenção de alguns jovens mercenários, que nos exercícios urbanos de combate, entre o poder paralelo e o oficial, são aliciados pelos detentores do vil metal. Criado em: 26/12/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

MARIZEUS

Da menina que conheço, os mares, PAI, sentem inveja! Não por ela, que, como eles, ciente do poder que detém, flui ininterrupta e absoluta por entre os obstáculos naturais. Nem por sua beleza aparente ou, tão pouco, pelos infindos mistérios que guarda em suas profundezas abissais. Mas por deter-se e reter o que desejar de onde quiser, para, só depois, seguir fluindo ao seu bel-prazer, sem rumo determinado. É isso que lhes causa inveja! Já que os mares não possuem o livre arbítrio, posto que seguem, cegamente, a lei natural da fluidez estanque do bastar-se a si mesmo.   Criado em: 21/12/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

A PESAR

Que relacionamento abusivo é esse?! É pressão vinte e quatro horas, do amanhecer ao findar do dia! Carga tóxica de angústia, de ansiedade sufocante, de aflição constante. Está representada pelos pensamentos negativos e repetitivos, pelo desinteresse à vida presente nos comportamentos destrutivos, e tudo isso em forma de ciclos constantes. Vaivém, sobe e desce, vira e mexe, curvas abruptas, mudanças bruscas, sequências de probabilidades, de incertezas e de possibilidades. E assim a vida nos chama para aventuras ou dramas infindos, atrevamo-nos, apesar da dor, de tudo! Criado em: 14/12/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

AO ENCONTRO DAS INCERTEZAS

O que é conhecer o outro, se não for estar atento às pistas que nos são dadas, de forma consciente ou inconsciente, durante uma intermitente convivência. Então, juntá-las e, em seguida, analisá-las com paciência, interesse e bom-senso, para, só depois, emitir um veredicto que, em nada, dará a você a certeza de ter achado uma boa companhia.   Criado em: 07/12/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

SUBMISSÃO

A Humanidade há muito desaprendeu a ser livre! Hoje, busca incessantemente a quem servir. Busca inclinar-se àquele que é de consentimento universal, assim pode adorar, todos juntos, em uma mesma alienação. É inquietante para indivíduos e coletividade ter liberdade, pois o não ter a quem obedecer angustia-os. Na ânsia em suprir essa angustiante e patológica necessidade, o Homem transformou o vil metal na deidade Mamon – o pão da terra. Todo aquele que intercede à divindade em favor de si é venerado como um ídolo, é cultuado com o preço de sua liberdade, já que, para o Homem, o livre-arbítrio é doloroso labor. Portanto, confia-o a outrem, deixando-o ser confiscado. Torna-se, então, um fraco, revoltando-se por não saber lidar com aquilo que lhe é natural desde o nascer: a liberdade. Impotente, busca apoio na autoridade falsamente instituída e a ela se submete, pensando que assim será senhor de si. Toda essa covardia e fraqueza lhe custarão caras! O não tomar as rédeas de

NAUFRÁGIO

Por longos anos a fio fui forjado na convivência com a liquidez da vida. O fluxo tranquilo e perene que levava, fizera-me senhor dos lagos e rios, não havia, portanto, leito ou qualquer outro percurso fluvial que me surpreendesse. Certo dia, percorrendo as águas do flume principal do meu viver, dominado pela segurança frágil que por mim fora internalizada, não percebi que as águas se agitavam, como quando o amante encontra o ser amado, ficando em pleno estado de êxtase. Então o rio encontrou o mar! E eu que, naquela altura da vida, pensava ser um velho lobo, vi-me como um recém-nascido pronto para o batismo, não mais em águas tranquilas, mas em revoltas e inconstantes águas. As águas do mar da vida me receberam com severidade, dando-me uma pequena e breve demonstração de seus poderes. Dali em diante, nada do que vivera me serviu de instrumento para contornar as intempéries. Frustrações pessoais me levaram a um inevitável naufrágio e, até hoje, ainda me encontro à deriva, sem ter

OUTROS RUMOS

Enquanto em outros leitos já deitaram, correram, passaram e passam muitas águas, vamos tendo todo o cuidado para que águas mortas não contaminem os nossos. Já que preparamos a terra para novas colheitas, sendo, portanto, imprescindíveis águas de boa qualidade que venham ajudar a florescer as sementes de um novo e agradável amanhã. O pensamento e o olhar, antes fixos, estagnados em uma só forma, agora, começam a se libertar e a permitir outras paisagens. Criado em: 30/11/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

REALIDADE MELANCÓLICA

Rudes tempos nunca se viu nesta sociedade que se erigiu. Como símbolos de patologias sociais, as instituições se erguem e se comportam. Justiça cega ao que é de fato e de direito, mas aguçada para os interesses daqueles que a compõem. Política de discursos demagógicos e de atitudes torpes em relação ao coletivo. Ideologias baratas e de ocasião, ideólogos oportunistas e aproveitadores das mazelas institucionalizadas. Religiões repletas de doutrinas carnais nas quais imperam as vontades dos seus criadores e doutrinadores, mercadores da salvação para os diversos males materiais. Indústria do entretenimento – nichos de paixões patológicas causadoras de diversas e distintas perturbações. São tantos os símbolos desta sociedade doentia, que enumerá-los seria uma árdua tarefa. O que nos causa melancolia, é que não há perspectivas de vontade de mudar, deixando fluir o fluxo desregrado até a Humanidade consumir-se. Criado em: 23/11/2019 Autor: Flavy

AUTODERROTADO

O silêncio interior causa uma angústia imensa, não por nada mais ouvir, mas por calar as dores sentidas. Elas representam a realidade de um ser dolente que anseia por tempos fartos e não mais de permanência no deserto. Em um dia de devaneio, quis ouvir voz alheia, porém um silêncio perturbador fez alterar o humor e, acusticamente, isolou-se. Mais uma vez, deixou-se vencer pelo silêncio que cala suas dores e angustia sua alma. Criado em: 23/11/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

CÍRCULO VICIOSO

A infância, impulsiva e intrépida, gera uma subjetiva coragem, que só é, eventualmente, abalada pelos monstros criados por adultos assustados. Seres de raciocínio lógico-linear que são capazes de lidar com qualquer máquina ultramoderna, mas incapazes e ineficientes no convívio com seres humanos, criaturas contraditórias e inconstantes. Com isso, criam e retroalimentam um círculo vicioso, cruel e autodestrutivo. Criado em: 18/11/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

A RODA DA VIDA

E quando a gente pensa que perdemos e o jogo acabou, eis que a roleta da vida gira e uma nova partida começa, com novas oportunidades e possibilidades. Então os olhos brilham, e a derrota anterior, que tanto nos derrubou emocionalmente e psicologicamente, agora nos serve de motivação para capricharmos nessa nova partida. Criado em: 15/11/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

PROVOCADOR ALADO

... E num xô despretensioso, o passarinho se assustou e voou. Agora, só de pirraça, passa desfilando, aereamente, para lá e para cá, distribuindo simpatia e beleza com as suas penas de cores e brilho variado. Com seu canto mavioso, a cada amanhecer, vai provocando os sentimentos que ficaram no coração de quem, um dia, dera-lhe aconchego.   Criado em: 30/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

RESSACA MORAL

Em razão da mente estar cheia, embriagou-se o coração. Ébrio, ouviu o que não diziam, falou o que não devia. No dia seguinte, a ressaca bateu forte, mas não tanto quanto o arrependimento de ter cedido a pedidos que não fizeram e de ter declarado o que não tinha plena consciência.   Criado em: 30/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

VERBOSIDADE

Passada a euforia que fora motivada por vocábulos repletos de esperanças dúbias (ou terá sido dúbio o entendimento?), o bom senso se faz necessário para voltarmos à realidade. Um dos fatos a ser destacado, durante este episódio, foi a confirmação de que a vontade dá e logo passa, bem diferente de quando se quer algo verdadeiramente. O outro foi a face real que estava por trás da ação insinuada, deixando-nos espertos quanto a não abrir a guarda, tão ingenuamente, por meros sobejos. A partir de hoje, estejamos atentos ao que for dito, policiemo-nos para não cairmos diante daquele que, na sua elocução, expressa o bem. Mas que, em sua literalidade, só existe um sentido: o de nos provocar o mal. Criado em: 29/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

BELLICOSE MEMORY

Napalm da mão, mantenho o outro em submissão, para construir o meu castelo, monumento para o belo.   Napalm da mão, guardo um instrumento que proporciona a destruição de fora para dentro.   Napalm da mão, entre as linhas, te vi, mas não te enxerguei! E, contra ti, lutei.   Porém, que decepção, não consegui te derrotar! Então, fugi para jamais voltar! Criado em: 27/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

EXPECTATIVA FRUSTRADA

A noite insinuada chegou, mas a estrela não surgiu! A vontade tão bem expressada de sua vinda esmoreceu, a ponto de fazê-la desistir.  O eterno expectador, de ansioso, transformou-se em descrente. Não conteve a sua desilusão e dirigiu-se ao quarto, recolhendo-se. A mente a revirar os pensamentos na vã tentativa de entender o que se mostrava indesvendável, sem entendimento para o momento, porque lhe fugia e era coisa alheia, já não lhe pertencia. Parte superior do formulário Parte inferior do formulário Criado em: 27/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

FRUTO DO DESEJO

A Humanidade escolheu viver em uma constante e eterna perturbação geral, como se tivesse uma ferida, e ela ao parecer cicatrizada, fosse esfolada e inflamada novamente. É curar-se das patologias do caos, mergulhando no mundo abissal do próprio caos. É tudo fruto da prevalência hegemônica do Desejo, que para ver-se satisfeito, não recorre a valores morais ou éticos, mas, apenas, ao que seja conveniente ou não, para a sua plena realização. Logo saciado, parte em busca de outras fontes, sempre escondendo-se sob a máscara de um ser moral, quando, na verdade, age como um falso moralista. Criado em: 26/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

QUEDA PASSIONAL

Eis que mais um marujo, como tantos outros, é atirado às profundezas do mar revolto da paixão! Atraído pelo encanto sonoro de Loreley, ele perde a razão e segue seu desejo. Sem noção, arrisca a única coisa que possui, a sua sanidade. Louco, não mais se reconhece, apenas, sente, sofre e vive o outro. Criado em: 26/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

NOS BRAÇOS DO OCASO

Com a morte, quantas vezes tenho flertado, só porque a aflição de viver uma vida que não desejei, sufoca-me. Mas aquela não é dama de fácil conquista, pelo contrário, requer sedução mais apurada, e não um pretexto qualquer. Súplicas doridas, sussurros melancólicos, nada disso a convence a nos levar para um passeio sem volta. Jogamo-nos a seus pés, implorando uma migalha de sua atenção, mas nada parece atraí-la, e como desesperados, loucos por romper a relação com a vida inviável que as circunstâncias nos impuseram, apelamos. Até que, cansada de tão enfadonha pantomima, pois não sentira verdade em nossos propósitos, resolve dar-nos o ar de sua graça, e assim, caímos em seus braços, já esgotados pelo esforço em resistirmos ao peso existencial. Criado em: 25/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

ESPONTANEIDADE

O que sempre me leva até você é a incerteza do pertencer, a dúvida do corresponder e a insegurança do querer. Se de tudo isso tivesse certeza, convicção e segurança, seria perfeito! Mas, como alguém já falou, toda perfeição é artificial; então prefiro a naturalidade do meu sentimento por você, que tantas emoções controversas causam.   Criado em: 22/10/2013 Autor: Flavyann Di Flaff

RESTAURAR-ME É PRECISO

Já fui Gigante, agora estou Davi! Não na sua glória, no seu esplendor, mas no momento de suas provações, quando exposto e suas fraquezas são descobertas. As consequências são as mais variadas possíveis, desde as emocionais e espirituais, até as físicas. Restaurar-me dependerá, não só de mim mesmo, mas também de fatores externos. Reconhecer as minhas limitações, concorrerá, positivamente, para este processo de restauração pessoal, que tomara, inicie-se logo. Já que não possuo as características da Fênix, que renasce assim que fenece. Criado em: 13/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

UM DIREITO QUE CUSTA CARO

O único momento em que os políticos parecem ser acometidos por uma pretensa consciência pública, é no período eleitoral. De tão ensaiada que é, até parece ser o esboço de um governo idealizado por todos nós, no qual a sociedade é tratada como sujeito no processo democrático de governar. Nesse, o chefe do executivo vai até o povo e ouve atentamente as queixas de suas reais necessidades, prometendo, afirmativamente, que as suprirá. Mas que doce e fugaz ilusão! Tão logo cedemos os nossos votos, voltamos a vivenciar a cruel realidade cotidiana da nossa democracia.   Vemos que o valor que nos fora dado até sairmos da cabine de votação, rapidamente, diluiu-se e, novamente, somos jogados ao ostracismo a que a praticidade no uso das urnas nos impõe. Eis um preço alto demais a se pagar para exercermos um direito que nos é imposto “democraticamente”, a cada dois anos, por um capataz de luxo que cumpre as ordens de um sistema eleitoral cheio de vícios. Criado em: 07/10/2012 Autor: Flavyann

PUTARIA OBRIGATÓRIA

Mais uma vez estarei indo à zona! Agora não mais como um jovem iniciante que viaja em como satisfazer seu humano desejo de ser correspondido, proporcionando, assim, um prazer imensurável, mas só equiparável, com certeza, e somente à intensidade do prazer coletivo. Coisa esta que hoje, já maduro nesta missão, descobri ser impossível de alcançar, já que a obrigatoriedade que sempre regeu e rege o ato de ir à zona, não permite o efeito final – o dito êxtase coletivo. Quisera um dia poder sentir o verdadeiro prazer ao me dirigir à zona, totalmente liberto de dogmas hipócritas, produzidos por representantes públicos dúbios, oportunistas e aproveitadores, os quais vivem em um país de estruturas e sistemas viciados. Expurgá-lo, só a longo prazo e ao custo de inúmeras gerações. Criado em: 06/10/2012 Autor: Flavyann Di Flaff

CICLO VICIADO

Nesta eleição como na regular, percebemos, de forma descarada, a atuante presença do mirífico corporativismo das necessidades individuais. Essas subjugam, subvertem e relegam a utilidade coletiva do órgão (Conselho Tutelar) a mero puxadinho (vínculo) empregatício, no qual são recebidos e colocados os amigos e parças da administração pública municipal, como nos tempos de outrora. Criado em: 06/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

CONTROLE REMOTO

A tecnologia homogeneizou a Humanidade! Transformando-a em uma criança mimada, que, uma vez sem o seu brinquedinho favorito, entra em estado convulsivo de birra. Revolta-se com tudo e com todos, até que consiga, por meio dessa circunstância afetada de exasperação da sensibilidade alheia, reaver o seu controle remoto. Criado em: 17/09/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

O QUE PASSA E FICA

O afeto, o sorriso, a boa palavra, o acolhimento. Enfim, tudo aquilo que não cause patologias para os outros e para si. Criado em: 05/10/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

CONVERSA AFIADA

Discutir sobre os nossos políticos, hoje em dia, com qualquer pessoa, é como falar de um vizinho insuportável em todos os sentidos atitudinais, porém, com a sensação factual de que o outro interlocutor é o próprio, ouvindo e recebendo as arguições com uma despudorada e apologética censura. Portanto, harmônico, o diálogo não será, já que transcorrerá por vias tortuosas até o seu encerramento, reverberando, ainda, por um indefinido tempo. Criado em: 29/09/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

SERENGETI INCANDESCENTE

Vem! Vamos sentar à beira do abismo, a visão fica sempre mais clara quando estamos fora da bolha. Veja como o inferninho repartido fica mais inflamado, flamejante, fruto do desvario coletivo. Cada um certo de estar em pleno céu – paraíso fabricado por pregadores da última hora, que, fomentando a paz, instigam a guerra. Esse caos é o cosmo mais que perfeito para o Construtor profanamente benevolente, disponibilizando as opções, concedendo a escolha para os seus – poder democraticamente reivindicado e conquistado. Veja os Senhores dos discursos-catarse – palavras milimetricamente adocicadas – certeiras para abelhas sedentas e acossadas pela ansiedade de uma exterminação, proporcionando o arguto propósito. Gado e gente encantados pelos mesmos fonemas, respectivamente, em frases e aboios feitos para conduzir por meio da sedução sonora. Neste Serengeti incandescente, apesar de diversos e distintos, pertencemos à mesma manada, cumprindo, todos, o mesmo ciclo da vida. Todavia, aqueles sen

DOS ÚLTIMOS HOMENS

Chego à conclusão de que estas dualidades antitéticas que sempre nos foram apresentadas, consistem, apenas, em um subterfúgio para omitir uma verdade. Ofuscando, iludindo o nosso discernimento, levando-nos a discutir, reiteradamente, a mentira da existência de forças opostas, defendendo irracionalmente uma à outra. Quando, na verdade, elas não passam de faces da mesma moeda – eis a “verdade” dos últimos homens.   Criado em: 24/03/2019 Autor: Flavyann Di Flaff

ESPERANÇA PANGEICA

Nesta terra pátria, de pessoas conterrâneas e de filhos gentis, um destes é subentendido como estrangeiro. Deste solo pátrio, o sentimento de pertencimento é o que ainda resiste, apesar destes tempos estranhos, bicudos. E como saudade remete ao que se foi, o presente faz-se imperativo, enfatizando a mudança no ambiente. A esfera, antes em harmonia, agora tem clima molesto. Trafegar por vetustos caminhos, que tanto levaram a alegrias, vendo-os hoje como veredas impiedosas, causa profunda melancolia. Com solo desprezado pelos seus e a consanguinidade idem, resta ao filho gentil, com resiliência, aguardar que a consumação parafrástica de pangeia, revele novas fronteiras a seguir. Criado em: 24/09/2019 Autor: Flavyann Di Flaff