Um deus quis salvar o mundo! Para isso, designou como representantes, em vez de anjos, grandes Inquisidores. Esses perguntando, inquirindo, coercitivamente, livrariam o mundo dos hereges. E assim foi feito! Enquanto o deus, por intermédio daqueles, agia, o seu alter ego se nutria de tudo o que ele dizia, pensava e fazia. Assim que, depois de cem dias, o ócio do que pretendia, prevaleceu, o seu duplo aproveitou! Tudo que sabia do outro, distorceu: Disse que tudo estava errado e que só ele podia consertar. A massa do mundo – onda me leva, onda me traz –, deixou-se influenciar. E foi um rebuliço! Um tal de showmício, só para saber quem o mundo iria salvar. Que salvar que nada! Aquilo era conversa fiada, coisa armada pelo deus e o outro. Porque de bobos é formada a massa, e aquele(s) longe de princípios passa. Na malandra arte da retórica, é douto, exaltando apenas os próprios interesses, enquanto o povo lhe(s) fazem preces. Criado em: 28/04/2019 Autor: Flavyann Di Flaff