Um
deus quis salvar o mundo!
Para
isso, designou como representantes,
em
vez de anjos,
grandes
Inquisidores.
Esses
perguntando,
inquirindo,
coercitivamente,
livrariam
o mundo dos hereges.
E
assim foi feito!
Enquanto
o deus,
por
intermédio daqueles,
agia,
o seu alter ego se nutria
de
tudo o que ele dizia, pensava e fazia.
Assim
que, depois de cem dias,
o
ócio do que pretendia, prevaleceu,
o
seu duplo aproveitou!
Tudo
que sabia do outro, distorceu:
Disse
que tudo estava errado
e
que só ele podia consertar.
A
massa do mundo – onda me leva,
onda
me traz –, deixou-se influenciar.
E
foi um rebuliço!
Um
tal de showmício,
só
para saber quem o mundo iria salvar.
Que
salvar que nada!
Aquilo
era conversa fiada,
coisa
armada pelo deus e o outro.
Porque
de bobos é formada a massa,
e
aquele(s) longe de princípios passa.
Na
malandra arte da retórica, é douto,
exaltando
apenas os próprios interesses,
enquanto
o povo lhe(s) fazem preces.
Criado em:
28/04/2019 Autor: Flavyann Di Flaff
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