Houve um tempo em que era visível a guerra entre a natureza humana e o espírito. Nessas batalhas, não se distinguia vencido ou vencedor, mas era sabido que existia refém – um ser que sempre era seduzido e convencido a participar de escaramuças contra o espírito. No início, pensava ser real aquela relação, assim agia com afinco na tentativa vã de ser reconhecido como o ser amado. Mal sabia que aquele comportamento passional alheio nada tinha de verdadeiro, era só uma ação belicosa de alguém que se encontrava em conflito consigo mesmo e, por isso, em detrimento de outrem, só pensava no seu êxito, no seu bem-estar. O tempo seguiu, a guerra prosseguiu e nada mudou. Ainda como refém, permaneceu em redor, sem ter a devida noção do que acontecia de fato até ali. A natureza humana permanecia tendo o controle nas batalhas, apesar do espírito dar sinais de resistência e, às vezes, de ser possível mudar a situação. Quando isso ocorria, os vícios, em suas mais diversas modalidades, cessavam, e as