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Mostrando postagens de julho, 2011

REVENDO NOSSOS CRITÉRIOS DE RELACIONAMENTO

Quando começamos a nos incomodar ou se angustiar, devido à solidão que estamos a vivenciar. Devemos, igualmente, rever os nossos critérios ou conceitos em relação a se comunicar com aqueles que nos cercam e desejam fazer parte do nosso círculo de amizades. Pois, muitas vezes, quando estamos nessa situação, somos nós que não permitimos uma maior integração com aqueles que se aproximam. Em vez de ficarmos lamentando, devemos nos abrir a todos que, porventura, cruze o nosso caminho, sem distinção. Sob pena de pensarmos em nos isolar e até cometermos o ato insano de tirar a própria vida.   Criado em:  05/10/2002  Autor:  Flavyann Di Flaff

SAUDOSOS TEMPOS DE PROVÍNCIA

Ai que saudade da minha cidadezinha provinciana de outrora, onde os meios de locomoção eram charretes, bondes e o caminhar descompromissado! Cidadezinha onde portas e janelas nada mais eram que, respectivamente, sinônimos de entrada e saída e de lugar de contemplação. Já que não havia a necessidade de serem obstáculos a evitar possíveis violações alheias, pois todos nos eram bem familiares, devido à amistosa convivência. Bons ares eram os que respirávamos nela! Cada brisa que adentrava nos ambientes familiares era como se anunciasse alguém que chegava para uma visita ou da labuta diária, para dizer que uma flor desabrochou nos jardins ou para avisar qual fruto imperava na estação. De tão puro que era, podíamos tudo isso perceber. Hoje choro essa saudade, pois não vejo mais a terra batida das ruas, já que o asfalto a cobriu, impedindo-me de sentir o cheiro forte de terra molhada pela chuva. Tudo isso ocorreu, só para dar passagem aos automóveis que desbancaram a charrete e o bonde, caus

QUANDO UMA ROSA ME FERIU

Rosa... lynna... linda... rosa! Estava a andar pelos caminhos traçados do destino, quando, de repente, nos campos distintos da vida encontrei uma flor. Era cheia de vida e cheirando ainda a um recém desabrochar. Fiquei encantado com tamanho desprendimento, que, logo de cara, quase me deixei cativar. O tempo passava, e com ele a minha timidez também se ia. Com isso, fui assumindo uma admiração por aquela rosa, e que antes era dissimulada. Desde então, fiz daquele caminho uma rotina diária, para assim, aproximar-me mais e mais daquela flor. Acabamos, devido a uma provocada convivência, por trocar confidências, mas não daquelas tão pessoais (porque essas, só sendo muito íntimos), apenas sobre amenidades da vida. Um dia, tomado por um inesperado desejo de enfeitar a minha casa-coração, pensei em colher aquela bela rosa, mas que decepção a minha! Não é que me feri, quando nela, com ternura, toquei. Senti assim toda a repulsa alheia, e isso me doeu mais no peito do que no dedo que s

CARTA A UMA DAMA

My lady, quanto tempo faz que não nos encontramos neste vasto reino virtual! Penso até que já perdemos a noção deste prazo. Sumiste sem deixar lembrança de uma despedida, simplesmente, desapareceste sem aviso prévio. Contudo, ainda restaram comigo resquícios de alguns poucos diálogos que tivemos anteriormente, através dos quais, em saraus irreais de esporádicos fins de semana, mantínhamo-nos cientes também da rotina de cada um de nós. Ainda cavalgo em meu corcel negro por este reino virtual, defrontando-me com dragões ferozes − pessoas falsas − mas também tenho encontrado e conhecido umas poucas pessoas possuidoras de fidalguia. Contudo, sempre evitando envolvimentos mais generalizados, pois para um cavaleiro como eu, da Ordem dos Amantes da Liberdade, não é permitido se prender a pilares, sejam eles coisas ou pessoas. Só abrindo exceção para se guardar no peito, apenas, os momentos que são desfrutados junto a alguém de distinção, aos quais recorro sempre que me pego só e é assim q

DO ALICIAR

Tu eras desconhecida para mim! Nenhum vínculo de amizade tinha contigo até aquele dia. Vieste como quem nada quer e devagar foste chegando, até ganhar a minha permissão para ficar. Em troca, deste-me atenção, compreensão e amizade. O tempo passou rápido e, com a mesma intensidade, evoluía a nossa relação. Desfrutando de certa liberdade, foste mostrando, de forma sutil, todo o teu lado mulher. Com isso, paulatinamente, notaste a minha admiração, já que eu não conseguia disfarçá-la. Intencionalmente, iniciaste os ensaios de uma maior e intensa aproximação. Uma vez que ficaste sabedora que eu ainda não experimentara o gosto de uma paixão. A insinuação fora a arma que encontraste para me enfeitiçar, coisa que já começava a dar certo. Visto que ficava a cada dia com a curiosidade e o desejo à flor da pele, apesar de ainda relutar em ceder a tal investida. Decidida e percebendo a minha hesitação, começaste a ser mais provocadora e, por fim, para me cativar de vez, fizeste promessas. Nas quai

DO FICAR OU FALSO AMOR

       Diante de mais uma decepção, do que pensava ser um amor ideal, recolho-me para sarar a ferida aberta. Nesse espaço de tempo, reflito sobre as outras formas menos doloridas de se relacionar com o ser oposto. Chega à minha mente, aquilo de que um dia discordei. Era o tal do “ficar” ou falso amor, coisa que, até no pensar, é passageiro. Mas que agrada logo de cara, já que não se cria nenhum vínculo sentimental, nem tão pouco há uma efetivação de compromisso ou de grande reciprocidade aos carinhos, às palavras e às carícias trocadas entre ambos. Com o passar lépido do tempo e a ferida já quase cicatrizada, cheguei à conclusão de que o “ficar” não tem poder suficiente para causar imenso sofrer como o amor que é imensamente propagado pelos enamorados. Logo, diante disso, descubro que não há nada melhor e mais oportuno, que desfrutar de alguns poucos falsos amores. Criado em: 03/07/2002 Autor: Flavyann Di Flaff

TENTANDO FALAR DE MIM

Como falar de mim, se meu eu é vasto? Ele vai além de cabeça, tronco e membros, pois não se restringe a meras observações descritivas. Sou repleto, como todos, de emoções, ações e reações diversas, às vezes, coerentes e outras nem tanto assim. Como os demais, também critico, no outro, o que quase frequentemente eu faço na vida. Pura hipocrisia de nós, pequenos seres humanos. Igualmente a muitos, resmungo do calor que faz no ambiente. Reclamo da difícil situação de nossas vidas, das inúmeras dores que atormentam nosso corpo, do nosso país entregue a governantes insensíveis às necessidades do povo. Enfim, sou igual a todos, que, insatisfeitos com a grande distinção social que sofremos, clamam por melhores dias. Uma vez que esta limita e destrói as nossas frágeis vidas. Desisto de tentar falar de mim! Dado que mal sei definir quem sou, de onde vim, como sou e para onde vou. Sem que aflore o meu descontentamento com as coisas que contribuem, de certa forma, para que a minha vida perm

O PASSIONAL

                 Passou em minha vida como uma estrela cadente encantando o meu ser e sumindo, quando eu ainda estava em êxtase, fazendo planos de comunhão. Agindo comigo como um meteoro que, quando cai na terra, causa imenso estrago, isso foi o que fizeste em minha alma. Aproximaste de mim sem nada aparentar, mas com o passar do tempo e da convivência foste, com tuas leves e breves insinuações, despertando um interesse em meu ser. Tentava ser o mais prudente possível, porém, quando me dei conta, já estava envolvido pelos teus planos e fantasias. Assim, deixei-me ser guiado pelos teus fingidos desejos e, em um desses caprichos do destino, descobri tarde demais para evitar que fosses o meu vil carrasco. Friamente, depois de ter me aliciado com tuas falsas palavras e ações, cravaste em meu peito o punhal da traição. Apesar de ela ter ocorrido depois de estarmos separados, devido a desentendimentos, muito me magoou. Passado algum tempo dessa insólita fase, ainda estavas viva em mim,

O TAL BEIJO TÉCNICO

Os lábios que ontem beijei e que outros beijaram não me pertenciam, pois eram de domínio público. Neles, procurei língua, mas não a encontrei. Procurei sentimento, mas só havia fingimento. Procurei sentir tesão, mas nada me tocou, nem sequer me emocionou. Um breve desejo em prolongá-lo, logo acabou, juntamente, com o tempo marcado da cena. Este tipo de beijo, não cria laços reais de intimidade, apesar das carícias que antecedem e sucedem à execução dele. Esse beijo é quase tão inverídico, que nos bastidores, todos sabem que se trata apenas de uma encenação, no entanto, os telespectadores confusos vivem a perguntar se ele não pareceu real demais. Porém, todos que o executam insistem em responder em um coro uníssono, que tudo o que ocorrera fora um mero beijo técnico. Criado em: 03/04/2002 Autor: Flavyann Di Flaff

DA PRIMEIRA DECEPÇÃO AMOROSA

      Na intenção de revelar o que dentro de mim nascera, rompi todos os obstáculos que meu ser colocara para não vivenciar a já inevitável descoberta do primeiro amor.           Sem pensar nas ferinas opiniões alheias − coisa típica de uma sociedade retrograda e hipócrita − expus o que, em meu coração, já transbordava. Era a imprevisível paixão por um ser adulto.   Sei que essa paixão, pouco normal de ocorrer entre distintas faixas etárias, contraria os padrões já estabelecidos e foge às normas vigentes da legalidade, especificidade que os homens nos impuseram. Mas por ser intensa nesse momento, não respeita mais limites ou regras, apenas deseja ser concretizada.           Ludibriando a ingenuidade habitual à minha idade, pensava ter a pronta recíproca a este súbito sentimento. Porém, esqueci de que já eras uma pessoa madura, por isso, tens o impulso natural de analisar e questionar, antes de poder aceitá-lo. E    isso, muito me incomoda, pois te quero para agora.           Na m

DOS ENCONTROS

             Como fugir de um possível encontro, se é nele que surgirão emoções diversas? Como temê-lo, se é nele que bateremos de frente com o ilusório ou o real? Como querer evitá-lo, se é só depois de passarmos por ele, que saberemos se seremos aceitos ou desprezados, compreendidos ou incompreendidos, amados ou magoados, queridos ou odiados? Como não o desejar, se é ele que ainda nos causa certo temor, por não termos a certeza da exata reação daquele a quem ansiamos por conhecer? Decididos, devemos enfrentá-lo. Pois os encontros, em geral, são sempre festejados. Logo, o nosso tão adiado encontro, enfim, será concretizado. Criado em:  31/08/2001  Autor:  Flavyann Di Flaff

AOS SOBERBOS

O que esperar mais da vida, quando já temos a certeza do caminho a percorrer? E que prazer podemos ter, quando temos toda a segurança nesse mesmo caminhar? Na verdade, o bom da vida é poder correr riscos, é andar por caminhos ainda a serem desvendados e trilhados. Nada sei a respeito das pessoas que possuem o dom de já conhecerem, com tamanha segurança, os caminhos que virão. Mas tenho certeza de uma coisa, que tais pessoas poderão ser dobradas pelas surpresas do destino que rege todas as vidas desse nosso planeta, e quando isso ocorrer, ainda resistirão em aceitar tal fato, já que estarão sob o domínio da soberba de suas certezas inquestionáveis. Mais cedo ou mais tarde procurarão por ajuda, só não sei se neste momento, estarei por perto. Mesmo assim, prometo que, pelo menos, tentarei ser um bom e passivo espectador. Espero não ser visto como um sádico, porém como um aprendiz das diversas e distintas fases da vida, sejam elas, perfeitas ou não. Aprendizado, diga-se, de passagem, m

SÓ DE PASSAGEM

  Se perguntares pelo que tenho, responderei dizendo-te: Nada tenho e coisa alguma terei nesta vida! Tenho plena consciência de que estou, nesta vida, só de passagem. Por que, então, apegar-me ou ter coisas materiais em excesso, se apenas o essencial me é necessário para sobreviver? Nesta estadia terrena, quero apenas ter a riqueza de sentimentos nobres e, quem sabe, também, o poder da solidariedade. Apegar-me, tão somente, às pessoas que por algum bom motivo me cativaram. Em excesso, quero ter apenas as boas amizades, os bons sentimentos, as vontades e realizações construtivas. Quero também ter um bom bocado de saudade − nostalgia dos bons momentos aqui desfrutados − e porque não dizer dos maus também. Visto que eles, de alguma forma, contribuíram para que eu desse o devido valor a essa minha estadia nesse viver terreno. Enfim, desta vida quero levar na mala do meu coração, apenas, o que me foi necessário − sentimentos e as sensações. Tudo isso, de uma forma ou de outra, contri

DESEJANDO A PAZ

                               No mundo em que vivemos, só haverá paz, um dia, quando cada um de seus habitantes conseguir transpor todos os obstáculos de suas vidas e, assim, conquistar a quietude interior. Então, quando isso ocorrer e todos estiverem em paz consigo mesmos, tal harmonia se espalhará com uma rapidez tamanha entre os homens, que não existirá mais motivos para justificar os presentes conflitos no mundo. Pois quando estamos em guerra com nós mesmos, estamos em confronto diário com os nossos semelhantes. Criado em: 13/12/2005 Autor: Flavyann Di Flaff

DESPERTANDO PARA A REALIDADE

     Nunca passou em minha mente viver uma ilusão e, nem tão pouco, um eterno sonho. Mas quis o senhor dos rumos da vida, o destino, que eu experimentasse tal sensação. Certo dia, o destino me apresentou a um ser virtual. Palavras foram trocadas em diversos e distintos diálogos e logo estávamos a ouvir as nossas vozes ao vivo. Horas e dias, que, rapidamente, transformaram-se em meses de convivência irreal. Com o desenvolver de tais diálogos − alimento para a minha alma solitária e carente − comecei a tentar imaginar como ela seria. Também como ocorreria um possível encontro e quais seriam as nossas eventuais sensações nessa ocasião. Meras suposições de alguém que ficou interessado por outro, que ainda nem conheceu. Sagrados para mim eram os fins de semana! Pois eram sempre neles que eu a encontrava no bate-papo virtual, escrevendo-me palavras adoráveis e a me enviar sonoros beijos. Tudo isso, causava-me uma forte impressão de estar vendo-a ao meu lado, a ponto de quase poder senti

DAS PALAVRAS

As palavras, quando ditas ou escritas isoladamente, quase nada significam. Mas ao serem unidas, formam enigmas a se desvendar. Às vezes, temos o auxílio daqueles que as proferiram ou as escreveram, no entanto, na grande maioria das vezes, temos é que nos esforçar para descobrir seus reais significados e, isso, sempre requer tempo e uma boa convivência com aqueles que as criaram. Já que apenas fazendo suposições, corremos o sério risco de as interpretarmos erroneamente, pagando, por isso, um alto preço. Principalmente, se elas saírem da boca de quem estamos a desejar. Nesse caso, este será dobrado, uma vez que será sentimental e isso machuca demais. Criado em: 19/09/2001 Autor: Flavyann Di Flaff

DA AFINIDADE

       Fazia um bom tempo que não nos víamos, então pensei em te ligar e imaginei que deverias está pensando o mesmo. Logo me empolguei e disquei o teu número, o telefone tocava insistentemente, mas só dava ocupado. Lembrei-me de que nos conhecíamos muito bem e, por isso, tinha a certeza de que estavas em casa, como eu também estava. Desse modo, percebi o que aconteceu: eu ligava para ti no mesmo instante em que também telefonavas para mim. Rapidamente, o meu semblante de tristeza se desfez. Dei aquele sorriso e mesmo que não tenhamos matado a saudade que sentimos um do outro, descobrimos que, ainda, continuamos nos querendo muito bem. Isso é o que chamo de grande afinidade.   Criado em:  30/04/2001  Autor:  Flavyann Di Flaff

DO ANTECEDER DE UM ENCONTRO

São pensamentos diversos que surgem a cada segundo. Todos eles feitos, desfeitos e refeitos, devido a uma indisfarçável e bem aparente insegurança. Inúmeros planejamentos que sempre esbarram nas muitas hipóteses do comportamento de outrem. Nas quais, nem sempre, uma primeira e simpática ação nossa corresponde a uma idêntica reação do outro. Todos os sentidos ficam na eterna busca da calmaria interior. Mas, como sempre, permanecem atolados no caos da ansiedade. É uma sudorese infinita a jorrar e regar as expectativas de um encontro, já em andamento.  Os olhos ficam perdidos na imensidão do local combinado, porém sempre atentos a quem passa, para dar a certeza da tão esperada chegada alheia. Quando, enfim, chega quem tanto se esperava. Consuma-se o estopim do explosivo barril de coisas, que sempre antecedem a um encontro com um novo e estranho ser.  Logo as palavras surgem partidas, os assuntos são vagos, os olhos tentam fitar o outro olhar, sempre retornando aos céus ou ao chão. São

TENTANDO O RETORNO

Larguei a minha condição de imortal e fugi do meu lar etéreo, para realizar um louco sonho, real, carnal. Por que só descobrimos que demos muito em troca de nada, quando não há mais tempo e nem jeito para recuperarmos o que perdemos? Como é injusta essa vida terrena! Por que os seres humanos são tão vis, quando dizem respeito a relacionamento? Por que são tão cheios de terceiras intenções, quando se interessam por alguém, sendo que só bastaria uma única e sincera atitude para a conquista? Dei o que de mais valor eu tinha, em prol de um relacionamento que pouco durou, mas que deixou uma imensa e irrecuperável saudade. Não sei o que irei fazer para reaver a minha imortalidade e retornar ao meu etéreo lar. Entretanto, se for necessário ficar de joelhos diante do Supremo Criador, isso farei, sem hesitar. Uma vez que sei que Ele é misericordioso e o perdão foi criado para ser dado a todo ser humano que reconhece seus erros. Essa condição é a que me encontro.   Criado em: 04/03/2001

QUANDO OS NOSSOS DESEJOS SE ENCONTRARAM

O tempo e a distância sempre foram nossos fiéis companheiros no dia a dia. O tempo, mesmo passando depressa por nós, deixava lembranças do muito que conversamos. A distância, mesmo estando presente entre a gente, falou-nos que poderia, quando bem entendêssemos, ser extinta. Com a ajuda do tempo e das palavras os nossos papos ficaram mais intensos, soltos e diretos. Sempre que um disfarçava algo, o outro logo reivindicava a verdade. A distância ainda continuava entre nós, mas dava sinal de que em breve findaria. Então, marcamos o nosso primeiro encontro e a consumamos de uma vez. Quando os nossos desejos se encontraram pela primeira vez, ocorreram tentativas e discordâncias, porém, nunca desistências ou frustrações. Os limites impostos delicadamente foram todos respeitados, sempre sabendo de que, em breve, seriam provocados. No entanto, ainda não seriam saciados. O tempo continuava a passar por nós dois, alertando-nos para que não o deixássemos fluir em vão. Então, foi marcado u

DESCULPANDO-ME

Benquista jovem, se as minhas outrora rudes palavras te feriram como uma fria e mortal espada, não fora por vil intenção esse meu gesto. É que este guerreiro de insanas e antigas batalhas, às vezes, esquece-se de que delas não mais participa, apesar dos tempos de hoje serem da mais pura violência. Sei que reagi como se estivesse a enfrentar um cruel oponente ao te desferir tais golpes fatais. Esqueci-me de ver, que, por trás do teu ser, apenas, tratava-se de uma donzela a me dar atenção. Minha cara senhorita, se eu for ainda merecedor da tua piedosa compreensão, então, não me furte de a ter. Mas se, por ventura, não a quiseres dar, recomponho-me e, em meu corcel negro, seguirei rumos desconhecidos. Fazendo-me ausente destas plagas e levando, comigo, a infeliz certeza de que deixei, para sempre, uma mágoa incrustada em um coração de uma púbere figura.   Criado em:  14/09/2001  Autor:  Flavyann Di Flaff

É SÓ PAIXÃO O QUE SENTIMOS

Já é sabido que o amor é o maior de todos os sentimentos, pelo simples fato de ser universal, tratando de um todo e não de um só. É através do amor que se pode unir os mais distantes e distintos corações. Nele, tudo se renova e se completa. O homem por ter uma visão quase sempre periférica, não entende a magnitude do amor. Pensa que o que ocorre, às vezes, em seu interior, pode ter a mesma denominação. Mas, na verdade, o que ele sente mesmo é uma passageira atração pelo seu oposto, que por ser inicialmente forte, parece ser para a eternidade e isso pode ser chamado, apenas, de paixão. Pois este estado físico, no qual alguns impulsos do corpo se alteram,  não é reconhecido como sendo uma imagem fiel do amor. Portanto, reiterando, o que todo ser humano sente pelo seu oposto, quando este desperta o desejo daquele, nada mais é, que um intenso desejo. Uma paixão sim! Uma vez que estando enamorado, queremos o outro de forma exclusiva. Privando-o de manter a sua convivência com os demais. E

DA LUTA PELA FELICIDADE

Vou embora, para onde, não sei! Apenas tenho a certeza de uma coisa: Que seguirei caminhando sempre, até chegar a algum lugar ainda desconhecido por mim. Sei que lá chegando, terei que conquistar novos amigos, um novo espaço na sociedade local, a confiança e o respeito de todos que ali habitarem. Será um tempo difícil, verdadeiro tempo de guerra, no qual, a cada dia, terei que vencer uma batalha. Sei que não sou invencível, terei derrotas em alguns combates, é nessa mescla de vitórias e de derrotas que o ser humano cresce. Uma vez que a bonança e a adversidade ajudam a moldar e a lapidar o caráter desse ser. Quando tudo tiver superado, irei saborear o gosto doce deste novo viver. Contudo, sem nunca esquecer das lutas vividas, todas elas, feitas em prol desta tão desejada felicidade. Criado em:  23/04/2001  Autor:  Flavyann Di Flaff

REVOLTA EM MIM

Intranquiliza-me ouvir aquela desdenhosa frase: “Que vida boa, hein!”. Ela é de uma ironia tamanha, que chego a perder o senso das coisas, a ponto de pensar em esganar todo aquele que a profere. Ah, se soubessem o quanto labuto na vida e o que se passa realmente em mim! Quem sabe, pensariam duas vezes, antes de me açoitarem com estas palavras. Devido a esta nulidade social, há dentro de mim uma revolta silenciosa, apenas esperando o momento para explodir. Mas para não me tornar uma pessoa insuportável àqueles que me cercam, a contenho até hoje. Criado em: 07/05/2001 Autor: Flavyann Di Flaff

DA ANGÚSTIA DE ESTAR SÓ

Hoje, percebi, vi e senti o quanto estou tremendamente só! Tentei rasgar meu peito ao meio, para, assim, arrancar meu sofrido coração e estraçalhá-lo. Pensei também em vários outros tipos de morte, mas arrependido a tempo, vi que nenhum deles me daria a certeza de que teria, depois, a oportunidade de estar com alguém, exterminando esta imensa solidão que me angustia. Pelo contrário, só me mostraram que levariam, tão somente, tal sofrimento e a mim, para dentro de uma cova rasa, sem mais nenhum outro direito. Persistirei nessa aparente e vã tentativa de ter uma companhia! Sei que é difícil manter um relacionamento, porém resolver problemas a dois é bem melhor do que enfrentá-los a sós. Não entendo como ainda existem pessoas que pensam que estar sozinhas é melhor que estar acompanhado. Talvez, elas ainda não experimentaram uma solidão de verdade, quando passarem pelo que estou passando, com certeza, ficarão piores do que estou. Mais um dia que passo tendo, como companhia, essa fri

COMO CHUVA DO CAJU

Surge no horizonte dos nossos corações, a perspectiva de uma nova paixão! Mas não sabemos ainda, com quais feições apresentar-se-á. Pouco ou quase nada sabemos sobre ela, nos restando apenas, o pensamento, que sempre está a vagar solto por feições e formas, por palavras e ações, continuamente insinuadas e ainda meio desconhecidas, dando a entender que são provocações, e ele as tem, meio a contragosto do coração, o qual, por receio, parece querer nos prevenir. Será que tal paixão não passa só de uma chuva passageira a querer saciar de forma breve, os nossos sequiosos corações? Não sabemos! Mas se for como uma chuva breve, que seja feito como a chuva do caju, que logo depois da seca, rega a terra e vai embora, nos deixando, pelo menos, mesmo que por um tempo determinado, bons e doces frutos para aplacar a nossa grandiosa fome de paixão, e embora tenhamos experimentado tão saborosos momentos, em tão curto espaço de tempo, nos sentiremos felizes e realizados, uma vez que pudemos, nesta v

DESEJO DE MUDAR

O destino é uma coisa incerta, pois só o conhecemos de forma paulatina. O que esperar de uma vida que por ele já fora traçada? Qual a certeza que temos de que os nossos esforços empregados em lutas vãs não serão meros desperdícios? Digo vãs, porque aquele já as definiu como vitoriosas ou perdidas de acordo com a sua vontade. Gostaria que minha vida fosse como uma pintura em tela, que, ainda estando nos primeiros rabiscos, poderia fazer leves ou enormes mudanças, até transformá-la numa obra de arte perfeita de realizações concretizadas. Um retrato fiel da mais completa felicidade!   Criado em:  18/08/2001  Autor:  Flavyann Di Flaff

RESGATE DE UMA AMIZADE

Por que me atormenta esta presente e insistente angústia de estar perdendo a sua (in) constante amizade virtual? Será que é por causa de uma quase ausência de comunicação entre nós, revelando a culpa de um e do outro por não tentar manter um diálogo? Sei que sozinho não acharei tais respostas. Tenho certeza de que mesmo procurando encontrar algumas respostas em uma caixa postal, possivelmente, repleta de e-mails, não as acharei. Uma vez que a mesma, na realidade, mostra-se sempre vazia. Não apelarei ao nobre destino, já que ele fez a sua parte, quando nos apresentou, um ao outro, em um bate-papo de um provedor qualquer. Resta-nos reconhecer que o que se sucede conosco é em decorrência de nossas eventuais e presentes ações. Logo, apressemo-nos a desfazer tal desencontro de ações, a fim de continuarmos com aquilo que nos motiva a ficarmos conectados: a nossa amizade. Porquanto esta fora interrompida, abruptamente, quase sem querer.     Criado em:  04/09/2001  Autor:  Flavyann D

APELANDO A TI

Hoje, o tempo passa de forma acelerada. É o domingo que se transforma em quarta-feira e, logo em seguida, refaz-se domingo. Os meus dias são, em sua maioria, vazios, rotineiros, enfadonhos e cheios de solidão. São dias, horas e minutos intermináveis que passo sem um abraço, um carinho, uma palavra amiga ou mesmo sem uns cálidos beijos. Nos fins de semana então, parece que tudo vem à tona de uma só vez! Não sei por quanto tempo suportarei essa insólita fase, mas tenho consciência de que não quero findar em um canto de um lugar desconhecido qualquer da vida. Antes que me acostume com essa monotonia em que estou, irei apelar a ti na esperança de que me ouças e venhas resgatar-me. Nesse apelo, perguntarei também por onde andaste, porque não apareceste até agora e se ainda te lembras de mim! Torço para que atendas esse meu chamado, com muita urgência, pois solidão em demasia nos faz ficar indiferentes às companhias, deixando-nos distante do meio social. Criado em:  23/03/2000  Aut