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AMOR AO SEMELHANTE

      Procurando um modo de fugir desta vida de gente, transformei-me em pássaro nômade. Conhecendo novos céus e novas terras, presenciei, bem de perto, o romper da aurora. Qual ser humano não gostaria de isso presenciar?

        Nesse meu voo errante, sobrevoei suas terras e, nelas, encontrei o meu destino, pois fui perseguido até a morte. Porém, antes que a minha vida se esvaísse, reuni as últimas forças que me restavam e me tornei novamente ser humano. Nesse momento, pedi a Deus por você e chorei! Vi a perplexidade em seu rosto diante da morte e senti que você queria fazer algo por mim, já que, em seu íntimo, a dor do arrependimento crescia. Não mais suportando essa dor, colocou-me nos braços e as lágrimas começaram a rolar em seu rosto. Revelando, com isso, o verdadeiro sentimento que lhe habitava, e não era o ódio nem a indiferença pelas coisas e, muito menos, pelos seres. Era o amor pela vida do seu semelhante!

Criado em: 10/08/1996 Autor: Flavyann Di Flaff

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