Penso em tentar te convencer a mudar de decisão, mas toda vez que
te olho, desanimo. Porque vejo o quanto és frágil emocionalmente. Tento não
desistir, tarefa quase impossível, já que não sinto a presença, em ti, de uma
força interior acerca de nós dois, o que me faz hesitar.
Fico a me perguntar, se me desejaste realmente, sabendo que estás
ainda em desenvolvimento e tudo é apenas novidade. Talvez tenha sido este o
motivo pelo qual, rapidamente, desististe da nossa relação. Mas digo que isso
não era desculpa, já que é desde cedo que se aprende a lutar pelo que se
deseja.
Se acaso incorporasses o espírito de Joana d’Arc, uma guerreira
que tanto lutou pelos seus ideais, sem se importar com os obstáculos que
surgiram, visto que sempre os superava. Sei que para isso ocorrer, terias de
ter um ideal ou, talvez, um sentimento a concretizar, coisa que nunca
demonstraste ter por mim.
Por tua presente indiferença, percebo que já não sou mais um motivo forte e convincente para que possas mudar de opinião. Diante disso, partirei, porém não sei ainda se logo me conformarei com essa situação. Só sei que tentarei me aquietar, sem ter que expor a dor que estou sentindo. Como, também, não esperarei por um milagre, coisa pouco provável de acontecer. Já que o teu coração é um ser inconstante e o que ele, outrora, sentia por mim, há muito já se desfez.
Criado em: 08/06/1998 Autor: Flavyann
Di Flaff
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